Proteínas: Muito Além de Músculos!

As Proteínas, Macronutrientes abundantes em alimentos de origem animal, são biomoléculas essenciais para formar, manter e reparar células e tecidos que formam o corpo. Após serem ingeridas, digeridas e metabolizadas pelo organismo, as proteínas são absorvidas pelo sangue sob a forma de aminoácidos, que são considerados os “tijolos construtores do corpo”

Entre as funções destas biomoléculas estão: construir e manter a funcionalidade do organismo. Isto é: formar estruturas fundamentais das células (anticorpos: as células de defesa, enzimas e hormônios, entre outros), músculos, ossos, peles, cabelos e unhas; participar ativamente da comunicação e transporte entre as células; atuar na formação, renovação e reparo de células, tecidos e órgãos do corpo; promover desenvolvimento e crescimento do organismo.

Classificação das Proteínas Alimentares

As Proteínas presentes nos alimentos são formadas por unidades denominadas aminoácidos. Há vinte e dois aminoácidos que se unem das mais diferentes formas, em número e tipos, para compor as proteínas, dentre estes: oito são Essenciais. Isto é: não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isso, devem ser fornecidos diariamente pela alimentação.

Logo, uma proteína será considerada completa, quando contiver esses oito aminoácidos em quantidade ideal para sustentar a vida. Do ponto de vista nutricional, as proteínas podem ser classificadas a partir de dois critérios: sua origem alimentar e seu valor nutricional.

1. Quanto à Origem Alimentar

De acordo com as fontes alimentares originais, são divididas em Proteínas Animais e Vegetais.

1) Proteínas de Origem Animal

São proteínas encontradas em alimentos de origem animal e que, de modo geral apresentam qualidade superior às de origem vegetal, por possuírem composição mais equilibrada em Aminoácidos Essenciais.

Suas principais fontes são:

Carnes vermelhas e brancas em geral, aves, peixes, crustáceos, ovos, leite e seus derivados.

2) Proteínas de Origem Vegetal

São proteínas consideradas de qualidade inferior, por apresentarem, quando ingeridas isoladamente, uma quantidade menor dos oito Aminoácidos Essenciais.

Suas principais fontes são:

1) Leguminosas: feijões, grão-de-bico, ervilhas, lentilha, soja, fava;

2) Cereais: arroz, aveia, centeio, cevada, painço, trigo;

3) Frutas Oleaginosas: amêndoas, avelãs, amendoins, nozes e castanhas;

4) Sementes: chia, gergelim, girassol e linhaça;

5) Tubérculos e Raízes: como batata doce, batata inglesa, inhame, cará, mandioca (aipim ou macaxeira), batata salsa (cenoura amarela ou batata Baroa) são as proteínas vegetais mais “pobres”, que existem.

6) Pseudocereais: como quinoa, amaranto e maca peruana, que são as proteínas vegetais tidas como as mais completas encontradas em alimentos vegetais isolados. Pratos que combinam esses pseudocereais com hortaliças, frutas oleaginosas ou sementes também formam Proteínas Completas.

2. Quanto à Qualidade Nutricional

Levando-se em conta o valor nutricional apresentado, as proteínas são divididas em: Proteínas de Alto Valor Biológico ou Completas e Proteínas de Baixo Valor Biológico ou Incompletas;

1) Proteínas de Alto Valor Biológico ou Completas

São proteínas que mesmo quando consumidas isoladamente são capazes de fornecer os oito Aminoácidos Essenciais, na quantidade ideal para a sustentação da vida. São, basicamente, as proteínas animais e os pseudocereais que, conforme vem sendo confirmado por pesquisas mais recentes.

2) Proteínas de Baixo Valor Biológico ou Incompletas

São proteínas que quando consumidas isoladamente, não conseguem fornecer os oito Aminoácidos Essenciais, na quantidade necessária à vida. É o caso das proteínas vegetais de modo geral.

Contudo, é possível tornar as Proteínas Vegetais Completas (com alto valor nutricional), ao misturarem-se os cereais (arroz, aveia, trigo, milho e outros) com as leguminosas (feijão, fava, ervilha, lentilha, soja e grão-de-bico) na mesma refeição. Essa mistura complementa o teor de Aminoácidos Essenciais, tornando-o ideal para a manutenção da vida. Além de incluir os Pseudocereais na alimentação cotidiana.

Logo, é perfeitamente possível ter hábitos Vegetarianos e obter todos os Aminoácidos Essenciais, através da dieta. Ressaltando-se que as proteínas de origem vegetal também são fontes de fibras, vitaminas, sais minerais e fitoquímicos (os Micronutrientes), fundamentais para o bom funcionamento do organismo.

Exemplos:
  • Cereais + Leguminosas: arroz com feijão, polenta com lentilha, macarrão com ervilha, etc.;
  • Proteínas dos Pseudocereais: quinoa, amaranto e seus derivados.

Mas, qual a Importância das Proteínas?

A principal função das Proteínas é construir e estruturar o corpo. Entretanto, sua importância para o organismo vai muito além de formar músculos!

As proteínas são os Nutrientes responsáveis por garantir a funcionalidade do organismo, além de mantê-lo e repará-lo sempre que se fizer necessário. Ou seja, além de formar músculos, ossos, peles, cabelos e unhas, também formam as estruturas fundamentais para a manutenção do corpo e da vida, como células de defesa (anticorpos), enzimas e hormônios, dentre outros.

Além disso, as Proteínas participam ativamente da comunicação e do transporte entre as células e, atuam na formação, renovação, manutenção, recuperação e reparo de células, tecidos e órgãos promovendo o desenvolvimento, o crescimento, a manutenção e a restauração do corpo.

Por isso, as crianças, por estarem em fase de crescimento e desenvolvimento, necessitam ingerir maior quantidade de proteínas diariamente, do que os adultos, que utilizam esses nutrientes apenas para fazer manutenção e reparação das estruturas do organismo.

Considerações Finais

É muito importante lembrar que, a despeito do grande papel das Proteínas, não se pode esquecer, que comer bem é garantir a ingestão de todos os Nutrientes, uma vez que cada um exercem funções específicas e tem sua importância para o bom funcionamento do organismo. Portanto, alimentar-se bem é garantir a presença de todos os Nutrientes (Macro e Micro) na alimentação diária.

Por isso, Nutricionistas recomendam sempre “um Prato Colorido”, que garante variabilidade na composição da alimentação diária, devendo conter: hortaliças, frutas, cereais e grãos integrais, frutas oleaginosas e óleos vegetais, em especial o azeite de oliva. Pode ainda conter carnes magras, peixes, aves ou ovos. A prática desse tipo de alimentação propicia a manutenção do peso ideal e garante uma sensação de bem-estar físico, mental, intelectual e emocional.

Contudo, para ser saudável e envelhecer com qualidade de vida, não basta alimentar-se bem. É essencial também: praticar, diariamente, uma atividade física; manter-se longe do stress, através de atividades prazerosas e relaxantes; estar em Paz com nós mesmos, com a Natureza e todos à nossa volta e; especialmente, buscar estar sempre em Sintonia Com O Grande Arquiteto do Universo: o Nosso Criador!

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