Glossário

Glossário de Termos Técnicos

A MGT Nutri disponibiliza um glossário de fácil manuseio para que os leitores possam entender termos técnicos de menor ou maior complexidade na Área da Saúde, muito comuns em artigos de Nutrição, Bem-estar e Qualidade de Vida.

Os verbetes, armazenados em ordem alfabética, foram elaborados com base em livros de Nutrição Clínica e Dicionários de Termos Técnicos de Medicina e Saúde altamente recomendados na área.

 

  • A
  • B
  • C
  • D
  • E
  • F
  • G
  • H
  • I
  • J
  • K
  • L
  • M
  • N
  • O
  • P
  • Q
  • R
  • S
  • T
  • U
  • V
  • W
  • X
  • Y
  • Z
  • Alimentação Saudável: O Prato Colorido

    De acordo com o Ministério da Saúde, praticar uma Alimentação Saudável é ter um Padrão Alimentar que atenda às necessidades biológicas e socioculturais do indivíduo, de acordo com cada Fase da Vida.

    Principais Características da Alimentação Saudável

    Alimentação Saudável é um direito de todo cidadão, que para alcançá-la necessita de:

    1. Variedade

    Ao variar, é possível incluir todos os grupos alimentares, facilitando o acesso a todos os Nutrientes Essenciais ao funcionamento do organismo e à manutenção da Saúde;

    2. Alimentação Colorida e Saborosa

    A multiplicidade de cores é importante para garantir uma boa diversidade de Micronutrientes e, assim, prevenir as doenças carenciais, como Anemia Ferropriva (falta de ferro) e Raquitismo (falta de cálcio);

    3. Alimentação Equilibrada e Harmoniosa

    A harmonia em relação à Quantidade e à Qualidade dos alimentos consumidos é fundamental para prevenir Doenças Crônicas Não Transmissíveis, muito comuns na atualidade, como:

    1. Hipertensão Arterial;
    2. Doenças Cardiovasculares;
    3. Diabetes Mellitus;
    4. Dislipidemias;
    5. Doenças Gastrintestinais;
    6. Doenças Inflamatórias Intestinais;
    7. Obesidade.

    4. Moderação

    Não consumir alimentos exageradamente, respeitando-se as porções recomendadas para cada grupo de alimentos, o que irá prevenir os Distúrbios Nutricionais, como:

    1. Bulimia;
    2. Compulsão Alimentar;
    3. Anorexia Nervosa;

    5. Segurança

    Alimentação segura do ponto de vista da ausência de contaminação Física, Química e Biológica dos alimentos, para não oferecer riscos à Saúde, que podem conduzir às Doenças Veiculadas por Alimentos, como:

    1. Intoxicações Alimentares;
    2. Intolerâncias Alimentares;
    3. Alergias Alimentares.

    Resumidamente 

    Praticar uma Alimentação saudável é manter uma dieta equilibrada e bastante variada, baseada em alimentos selecionados e seguros, para fornecer ao organismo todos os Nutrientes Essenciais, na quantidade ideal, com o objetivo de obter um Estado Nutricional e Ponderal Adequados.

  • Alimentos Minimamente Processados

    Alimentos Minimamente Processados são aqueles retirados diretamente da Natureza e que, antes de serem comercializados e chegarem à mesa de seus consumidores são submetidos a um conjunto mínimo de métodos (processamento mínimo) considerados essenciais para:

    1. Garantir a Higiene desses alimentos;
    2. Garantir a Segurança Alimentar;
    3. Manter a Qualidade Nutricional;
    4. Viabilizar o Consumo de determinados alimentos, como o café;
    5. Viabilizar o Transporte Seguro de determinados alimentos, como mel, ovos e leite;
    6. Garantir a Conservação desses alimentos por um determinado período.

    Alimentos Minimamente Processados: Características

    O Processamento Mínimo produz alterações mínimas nos alimentos, como: trituração, separação de resíduos para retirada de sujidades, pasteurização para o leite, secagem e torrefação para o café.

    Principais características de um Processamento Mínimo de Alimentos

    Os Processos utilizados devem garantir que os alimentos mantenham a maior similaridade possível com o seu estado in natura. Isto é, causam alterações mínimas sobre o que a Natureza produziu. 

    Estes Processos Industriais são destinados à melhoria da apresentação dos alimentos, bem como ao aumento de sua durabilidade ou vida útil, que constitui o tempo de prateleira do alimento. Por isso:

    1. Utilizam somente Processos Mecânicos – a única exceção é o leite, que sofre Pasteurização;

    2. Não permitem o acréscimo de nenhuma outra substância – durante o processo;

    3. Não permitem o uso de Processos Térmicos – exceções: Pasteurização do leite e Torrefação do café.

    É importante lembrar que a Pasteurização é um processo industrial que visa destruir micro-organismos nocivos à Saúde e causadores de doenças, empregado no tratamento de alguns alimentos e bebidas.

    Pasteurizar consiste em ferver um alimento até que atinja uma temperatura entre 65 ºC e 85 ºC e, em seguida, resfriá-lo rapidamente. Neste processo, apenas os micro-organismos patogênicos são mortos, com preservação de Bactérias que podem trazer benefícios à Saúde Humana.

    A Pasteurização é, ao mesmo tempo, um importante método de conservação de alimentos e uma medida higiênica fundamental para preservar a Saúde do consumidor e manter a qualidade dos produtos alimentícios.

    Por isso, para o leite, este processo é permitido e considerado um Processamento Mínimo Essencial.

    Quais são os Alimentos Minimamente Processados?

    processamento mínimo de alimentos garante segurança, qualidade, durabilidade, armazenamento e viabilidade de transporte, além de proporcionar praticidade e facilidade para o consumo dos alimentos:

    1. Grãos Secos inteiros (cereais e leguminosas) selecionados e empacotados
    2. Grãos Secos moídos sob a forma de farinhas
    3. Sementes e Frutas Oleaginosas
    4. Raízes e Tubérculos lavados
    5. Raízes e Tubérculos lavados, descascados e cortados, frescos ou congelados
    6. Hortaliças lavadas e empacotadas frescas ou congeladas
    7. Cortes de carnes, aves e pescados resfriados ou congelados
    8. Cogumelos selecionados e empacotados, secos ou frescos
    9. Frutas Secas a granel ou envazadas
    10. Especiarias, como cravo, canela e cardamomo, entre outras
    11. Ervas Secas e empacotadas para o preparo de chás
    12. Água Potável, como Água Mineral envazada
    13. Café torrado, moído e empacotado
    14. Leite Pasteurizado
    15. Ovos embalados
    16. Mel envazado
  • Alimentos Processados

    Alimentos Processados são fabricados essencialmente com adição de temperos culinários, sal, açúcar, óleo ou vinagre a um Alimento Natural ou a um Alimento Minimamente Processado.

    Esses alimentos são processados por meio de Técnicas Dietéticas industriais, que se assemelham às técnicas culinárias, podendo incluir cozimento, secagem e fermentação.

    De um modo geral, os Alimentos Processados são acondicionados em latas ou vidros e os métodos de preservação utilizados são salga, salmoura, cura e defumação. Estes alimentos são muito facilmente reconhecidos como versões modificadas dos alimentos originais. 

    Importância e Benefícios dos Alimentos Processados

    No dia a dia, a maior parte dos alimentos passa por algum tipo de processamento, seja para consumo em residências ou para comercialização, em serviços de alimentação e indústrias alimentícias.

    Na verdade, o processamento de alimentos vem sendo realizado desde a Pré-história da Humanidade.

    Basta um olhar sobre a História da Alimentação para perceber que, ao longo do tempo, por meio de tentativa e erro, mas com criatividade e talento, os métodos de preparo e conservação de alimentos vieram sendo descobertos e aprimorados. Muitos destes métodos alimentícios são utilizados até hoje.

    Baseada em Química de Alimentos e Estudos Científicos avançados, essas técnicas foram aprimoradas, servindo de base para a Tecnologia de Alimentos utilizada para processar alimentos na atualidade.

    Além da utilização no fabrico de ingredientes e produtos alimentícios, muitas dessas técnicas são utilizadas também para conservação e acondicionamento de alimentos processados.

    Este processamento de alimentos é importante e essencial para:

    1. Melhorar a Digestibilidade de diversos alimentos;

    2. Reduzir a quantidade de Fatores Antinutricionais presentes em certos alimentos; 

    3. Melhorar a Palatabilidade de diversos alimentos; 

    4. Promover Variedade de consumo;

    5. Viabilizar o Consumo de determinados alimentos;

    6. Prevenir ou Conter a Contaminação Microbiana dos alimentos;

    7. Melhorar o Aproveitamento das partes comestíveis dos alimentos;

    8. Disponibilizar Alimentos para além de suas safras;

    9. Facilitar o Transporte Seguro de alimentos;

    10. Garantir a Conservação dos alimentos por maior tempo;

    11. Garantir a Segurança Alimentar;

    12. Manter a Qualidade Nutricional dos alimentos.

    Quais São os Alimentos Processados?

    processamento alimentos garante variedade, com segurança, qualidade, durabilidade, armazenamento e viabilidade de transporte, além de proporcionar praticidade e facilidade para o consumo dos alimentos:

    1. Conservas de alimentos inteiros preservados em salmoura ou em solução de sal e vinagre;
    2. Conservas de alimentos inteiros preservados em solução de água e açúcar;
    3. Frutas inteiras preservadas em açúcar;
    4. Conservação de vários tipos de carne adicionada de sal;
    5. Peixes conservados em sal ou óleo;
    6. Queijos à base de leite, sal e micro-organismos usados para fermentar o leite;
    7. Pães feitos de farinha de trigo, água, sal e leveduras usadas para fermentar a farinha;
    8. Manteiga;
    9. Azeite de oliva;
    10. Azeitonas.

    Quando Consumir ou Evitar Alimentos Processados

    Um dos consumos mais interessantes dos Alimentos Processados é como ingredientes de preparações culinárias, como no caso do queijo ralado adicionado a um prato à base de legumes, para gratinar.

    Outro consumo interessante, seria utilizar Alimentos Processados como complemento de refeições baseadas em Alimentos in natura ou Minimamente Processados. Como por exemplo, uma refeição contendo: arroz, lentilhas, abobrinha refogada e salada crua de cenoura, tomate e acelga, na qual peixes enlatados seriam incluídos para complementar a parte proteica da refeição.

    O consumo de Alimentos Processados passa a ser inadequado e contraindicado quando isolados, pois sem Alimentos in natura e Minimamente Processados, tornam-se incompletos e prejudiciais à Saúde.

    Consumir este tipo de alimento torna-se ainda mais prejudicial quando são combinados com outros Alimentos Processados ou com os Ultraprocessados, pois passam a substituir os Alimentos Naturais ou in natura. Isso acontece, por exemplo, quando preparações culinárias são substituídas por sanduíches, pães de queijo, pacotes de salgadinhos, pães combinados com enlatados e envidrados, dentre outros. Este seria o pior consumo para este tipo de alimentos e, portanto, totalmente contraindicado.

    Deve-se Limitar o Consumo de Alimentos Processados

    Apesar de os Alimentos Processados manterem grande parte dos nutrientes e a identidade básica dos alimentos que os derivaram, os métodos de processamento utilizados na sua fabricação alteram de forma desfavorável a sua composição nutricional.

    Além disso, a adição de sal, açúcar ou óleo ocorre em quantidades superiores às utilizadas em preparações caseiras. Isso leva ao consumo de alimentos com maior densidade calórica e ao excesso dos ingredientes adicionados, o que está associado ao risco de desenvolvimento de doenças crônicas como, as Doenças Cardiovasculares, Diabetes Mellitus e Obesidade, entre outras.

    Por tudo isso, o consumo de Alimentos Processados deve ser limitado a pequenas quantidades, tanto usado como ingredientes de preparações culinárias, quanto como acompanhamento de refeições baseadas em Alimentos in natura ou Minimamente Processados. É importante lembrar que este consumo exige a consulta do rótulo, para dar preferência àqueles com menor teor de sal, açúcar ou óleo.

  • Alimentos Ultraprocessados ou Produtos Alimentícios

    Alimentos Ultraprocessados são aqueles cuja fabricação além de adicionar temperos, sal, açúcar, vinagre e óleo, também inclui substâncias de uso exclusivamente industrial, como: proteínas de soja e soro de leite; amido de milho; extratos cárneos; amidos, açúcares e gorduras modificadas; além de substâncias sintetizadas em laboratório, a partir de alimentos e de outras fontes orgânicas, como petróleo e carvão.

    Este tipo de alimentos geralmente são fabricados por indústrias de grande porte, por envolver diversas etapas e uso de técnicas mais sofisticadas de processamento, com inclusão de variados ingredientes.

    Grande  parte dessas substâncias sintetizadas atuam como aditivos alimentares cuja função é estender sua durabilidade ou, mais frequentemente, dotá-los de propriedades organolépticas ou sensoriais, como sabor, aroma, cor e textura, que os tornem extremamente atraentes aos olhos de seus consumidores.

    Características dos Alimentos Ultraprocessados

    Alimentos obtidos por ultraprocessamento são considerados “produtos alimentícios”, uma vez que:

    1. São muito diferentes dos verdeiros alimentos, os naturais;
    2. São nutricionalmente pobres e desbalanceados: não nutrem; 
    3. São pobres em fibras e desreguladores do funcionamento intestinal;
    4. Contêm elevados teres de: sódio, açúcar, gorduras e farináceos;
    5. Seu consumo frequente afeta negativamente a Saúde dos consumidores;
    6. Grande parte desses alimentos são Energias Vazias;
    7. Muitos deles são desvitalizantes e intoxicantes;
    8. Geralmente são alimentos viciantes e geradores de compulsão alimentar;
    9. Suas formas de produção, distribuição e comercialização agridem o meio ambiente;
    10. Sua forma de consumo afeta negativamente a vida sociocultural.

    Distúrbios Associados ao Consumo destes Alimentos

    O consumo de Alimentos Ultraprocessados afeta negativamente a Saúde, devendo ser evitado, por:

    1. Prejudicarem os mecanismos indicadores de fome e saciedade;
    2. Favorecerem o acúmulo de gordura corporal;
    3. Favorecem desenvolvimento de alergias e intolerâncias alimentares;
    4. Prejudicarem o funcionamento dos rins;
    5. Sobrecarregarem o funcionamento hepático;
    6. Causam distúrbios estomacais e intestinais;
    7. Favorecem o surgimento de doenças carencias como Anemias e Desnutrição;
    8. Favorecem o desenvolvimento de Diabetes, Hipertensão e certos tipos de Câncer;
    9. Favorecem o ganho de peso e a Obesidade.

    Quais São os Alimentos Ultraprocessados?

    Há grande variedade desses alimentos, com embalagens e divulgação atraentes, destacando-se:  

    1. Biscoitos recheados
    2. Sorvetes e picolés
    3. Sobremesas lácteas
    4. Balas e bombons
    5. Barrinhas de cereais
    6. Bolos e biscoitos açucarados
    7. Produtos de confeitaria
    8. Salgadinhos “de pacote”
    9. Sucos de caixinha
    10. Sucos em pó
    11. Sopas de pacote
    12. Macarrão “instantâneo” 
    13. Embutidos, como salsichas, mortadelas, apresuntados
    14. Temperos, como caldos e destacadores de sabor
    15. Produtos “Diet, Light e Zero”
    16. Pipoca de microondas
    17. Achocolatados
    18. Refrigerantes
    19. Margarinas
  • Amido Resistente

    Por definição, “amido resistente (AR) é a soma de amido e produtos da degradação de amido que não são absorvidos no Intestino Delgado de indivíduos saudáveis”.

    O Amido Resistente apresenta alta fermentabilidade (fibra prebiótica) com efeitos positivos sobre a Saúde Humana, como: a saciedade, o funcionamento intestinal e a melhora da resposta glicêmica.

    O termo Amido Resistente (AR) considera basicamente os 4 tipos de amido citados a seguir:

    1. AR Tipo 1: Amido Trancado dentro das Paredes Celulares não-digeríveis de Células Vegetais – é um amido fisicamente inacessível, presente em grãos integrais intactos, leguminosas e sementes parcialmente triturados, devido à presença de uma Parede Celular intacta.

    2. AR Tipo 2: Grânulos de Amido Resistente Nativo – presentes na batata doce crua, banana verde e amido de milho in natura, rico em polímeros de amilose; é intrinsecamente não-digerível no estado cru, devido ao alto conteúdo de cadeias de amilose. Este tipo de Amido Resistente se torna digerível quando aquecido, mas é retrogradado ao sofrer resfriamento em geladeira ou congelamento, voltando a ser resistente à ação das enzimas gastrintestinais humanas.

    3. AR Tipo 3: Amido Retrogradado – alguns amidos, depois de terem sido brevemente cozidos, resfriá-los (no freezer ou geladeira) muda a sua estrutura e os torna mais resistentes à digestão; encontrados em grãos, batatas e leguminosas que foram cozidos e depois resfriados. Há também amilose e amilopectina retrogradadas formadas nos alimentos processados (como pão e “corn flakes”) e alimentos cozidos e resfriados (batata cozida). O amido é insolúvel em água fria, porém se gelatiniza em presença de água e calor; durante o resfriamento, ocorre a retrogradação do amido, tornando-o resistente à ação da alfa-amilase (enzima presente no Trato Gastrintestinal Humano).

    4. AR Tipo 4: Amido Resistente Industrializado – não ocorre naturalmente, é um amido que foi modificado quimicamente pela indústria e inclui éteres e ésteres de amido, amidos com ligação cruzada e amidos pirodextrinizados; encontrado no “amido de milho resistente”.

    Quanto ao Conteúdo de Amido Resistente presente nos alimentos em refeições:

    O conteúdo de AR presente nos alimentos às refeições é bastante variável, pois é afetado por:

    • Grau de maturação do alimento;
    • As diferenças genéticas das fontes produtoras do amido;
    • As variadas condições de armazenamento do alimento: e
    • Os diferentes tipos de processamento para o preparo do alimento.

    Alimentos sob aforma de grãos integrais e as leguminosas apresentam naturalmente alto conteúdo de AR, contudo, esse conteúdo pode ser afetado significativamente pelo tipo de processamento do alimento.

    Quanto à Fermentação do Amido Resistente: é importante saber:

    Durante a fermentação do AR, há produção de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC), principalmente o Butirato, que contribui imensamente para a Saúde do Cólon, pois inibe o crescimento de células cancerígenas, devido à redução do pH no Intestino Grosso.

    Outra característica importante do Amido Resistente é a maior quantidade de Butirato produzida pela fermentação, quando comparado a outras fibras. Além disso, devido à sua fermentação lenta, não causa o desconforto comum da produção de gases e pode ser ingerido sem limite, o que lhe permite alcançar os mesmos níveis dos demais AGCC presentes em outras fibras.

  • Amido: Polissacarídeo de Reserva dos Vegetais

    O Amido apresenta grande importância nutricional e industrial, sendo a fonte mais importante de carboidratos na alimentação humana. Encontra-se amplamente distribuído em diversas espécies vegetais, como carboidrato de reserva, sendo abundante em grãos de cereais, raízes e tubérculos. 

    Do ponto de vista Bioquímico, é considerado um Polímero Natural, abundante na Natureza,  formado por milhares de moléculas de Glicose unidas através de simples ligações, para compor os Carboidratos Complexos presentes nos alimentos de origem vegetal.

    Por outro lado, do ponto de vista Nutricional, é considerado como Nutrientecomponente alimentar classificado como Carboidrato de muito rápida assimilação e que deve ser consumido com equilíbrio.

    Estrutura Química e Principais Fontes de Amido

    Estruturalmente, o Amido é uma macromolécula ou “polissacarídeo gigante” pouco solúvel e de elevado peso molecular, formado por várias sequências dos polissacarídios menores: Amilose e Amilopectina, ambos formados por inúmeras moléculas de Glicose unidas por ligações químicas simples.

    Na verdade, é o Polissacarídeo Natural mais importante e abundante encontrado em alimentos.

    Por sua vez, Polímeros Naturais são Polissacarídeos cujos Monômeros são Carboidratos Simples.

    Entre os Polímeros Naturais mais importantes estão:

    1. Celulose;
    2. Glicogênio;
    3. Quitina;
    4. Amido.

    I. Propriedades e Estrutura Química do Amido

    Amido é um Homopolissacarídeo, ou seja, constituído de repetições de um único Monômero: a Glicose.

    Os Grânulos de Amido são constituídos por uma mistura de dois tipos de polímeros menores. Isto é, são formados pela união de moléculas de Glicose, conforme mostrado abaixo:

    1. Amilose ou Polímero de Cadeia Linear

    Amilose representa os polímeros mais simples entre os dois tipos. É constituída de 250 a 300 resíduos de Glicose, unidos por ligações glicosídicas α-1,4, que resultam em uma estrutura linear.

    2. Amilopectina ou Polímero de Cadeia Ramificada

    Amilopectina representa polímeros mais complexos, que são constituídos por mais de 1400 resíduos de Glicose, unidos por ligações glicosídicas α-1,4 e α-1,6, resultando em uma estrutura ramificada.

    Polímeros de Amilopectina constituem cerca de 80% dos polissacarídeos presentes em Grânulos de Amido.

    A proporção desses polímeros nos alimentos resulta em Grânulos de Amido com diferentes propriedades físico-químicas e funcionais, que variam de acordo com o grau de maturação da planta e diferem:

    1. Entre os Diversos: Alimentos Fonte de Amido;
    2. Entre Variedades: de uma mesma espécie de Alimento Fonte;
    3. Em uma Mesma Variedade: de Alimento Fonte.

    Isso afeta a utilização do Amido na indústria alimentícia e em outras aplicações industriais.

    II. Principais Alimentos Fontes de Amido

    Entre os Principais Vegetais Armazenadores de Amido estão: 

    1. Cereais: arroz, trigo, centeio, cevada, milho;
    2. Leguminosas: ervilhas, lentilhas, favas, feijões, grão-de-bico;
    3. Raízes: batata doce, batata salsa, mandioca;
    4. Tubérculos: inhame, cará e batata inglesa.

    Classificação e Principais Tipos de Amidos

    A classificação do Amido leva em conta os propósitos Nutricionais e Comerciais.

    1. Classificação Nutricional

    A princípio, o Amido é potencialmente digerível pelas enzimas amilolíticas (α e β-amilases) secretadas no Trato Gastrintestinal Humano. Até a década de 1970, considerava-se que este polissacarídeo era completamente hidrolisado por essas enzimas, sendo absorvido no Intestino Delgado, sob a forma de Glicose.

    Estudos realizados revelaram que certos fatores podem interferir na digestão do Amido, como:

    1. Relação entre seus Polímeros construtores: Amilose/Amilopectina;
    2. Forma física do alimento: como o tipo de processamento sofrido;
    3. Presença de Fatores Antinutricionais: como os Inibidores Enzimáticos, entre outros.

    Assim, quantidade significativa de Amido pode escapar à digestão no Intestino Delgado e alcançar o Cólon, no Intestino Grosso, onde será fermentado pelas Bactérias Probióticas da Microbiota intestinal.

    Para a Nutrição, o Amido pode ser classificado de acordo com sua digestibilidade em:

    1. Amido Glicêmico

    É aquele que consegue ser digerido e degradado a glicose por enzimas do Trato Gastrintestinal Humano. Assim, podem ser classificados de acordo a velocidade de sua digestão no Intestino Delgado, em:

    1. Amido Rapidamente Digerível; e
    2. Amido Lentamente Digerível .
    2. Amido Resistente

    É aquele que resiste à digestão por enzimas Gastrintestinais humanas no Intestino Delgado, mas é fermentado no Intestino Grosso pela microbiota bacteriana local.

    2. Classificação Comercial

    Para a Indústria de Alimentos, o Amido é o principal responsável pelas propriedades tecnológicas que caracterizam grande parte dos Alimentos Processados e dos Alimentos Ultraprocessados.

    3. Classificação Segundo a Legislação Brasileira

    A legislação brasileira, em portaria do Ministério da Saúde, determina que a denominação:

    1. Amido: refere-se ao polissacarídeo de reserva de partes aéreas dos vegetais;
    2. Fécula: ao polissacarídeo proveniente das partes subterrâneas dos vegetais;
    3. Farinha: é o produto obtido pela moagem da parte comestível de vegetais, podendo sofrer previamente processos tecnológicos adequados.

    No Brasil, são considerados oficiais, por constarem da Farmacopeia Brasileira, os amidos e as féculas:

    1. Os Amidos de: Milho, Arroz e Trigo; e
    2. As Féculas de: Batata Inglesa e Mandioca.

    Importância e Principais Funções dos Amidos

    O Amido é produzido pelas plantas, através da Fotossíntese, a reação que transforma a Energia Solar em Carboidratos, gerando os alimentos, para suprir as Necessidades Nutricionais de Plantas e Animais.

    Isto é: as necessidades de Energia = Carboidratos, que sustentam os animais e mantêm a vida no Planeta.

    1.  Armazenamento de Energia em Plantas

    O Amido é a principal forma de armazenamento de energia das plantas. A maioria das células vegetais tem a capacidade de sintetizá-lo, sendo encontrado em grânulos intracelulares nos:

    1. Nos Cloroplastos: como Amido de Assimilaçãopara nutrição da própria planta, principalmente em épocas de dormência, germinação e desenvolvimento do  vegetal;
    2. Nos Leucoplastos: como Amido de Reservaou seja, sob a forma de Alimentos e, por isso, este tipo pode ser encontrado em frutos, raízes, tubérculos e sementes.

    Os Leucoplastos possuem plasticidade morfofuncional e, portanto, podem se diferenciar gerando formas diferentes, essenciais ao Metabolismo e relacionadas com o conteúdo do material de reserva, como:

    1. Amiloplastos: contêm reservas de Carboidratos;
    2. Elaioplatos: contêm reservas de Lipídeos;
    3. Proteinoplastos: contêm reservas de Proteínas.

    2. Armazenamento de Energia em Animais

    Entretanto, o Amido também pode ser reservado no organismo animal.

    Após as refeições, quando parte da Glicose produzida a partir da combustão dos alimentos ingeridos, é transformada em Glicogênio, conhecido como Carboidrato de Reserva dos Animais ou Amido Animal.

    Glicogênio é a reserva energética dos animais, que é armazenada principalmente em Fígado e Músculos.

    Dessa forma, quando o organismo entra em déficit e necessita de Energia, o Glicogênio é hidrolisado, liberando Glicose, que é transportada pelo Sangue até os tecidos, onde é oxidada, para liberar Energia.

    Aproveitamento do Amido Dentro do Organismo

    Durante a digestão, o Amido é decomposto, através de sucessivas reações de hidrólise, uma “quebra química” auxiliada por enzimas em presença de água, gerando Carboidratos de cadeias menores.

    Esta decomposição se inicia na Boca e termina no Intestino Delgado, até a transformação em Glicose, que é a fonte primária de Energia utilizada para manter a vida dos organismos vegetais e animais, no Planeta.

    A quebra ou hidrólise é realizada por enzimas denominadas Amilases:

    1. Amilases Salivares: presentes na Saliva;
    2. Amilases Pancreáticas: presentes no Suco Pancreático.

    Os Principais Produtos obtidos a partir desta Hidrólise são:  

    1. A Enzima α-Amilase quebra as ligações glicosídicas:

    1. α-1,4 da Amilose: originando uma mistura de Maltose, Amilopectina e Glicose;
    2. α-1,4 da Amilopectina: originando uma mistura de polissacarídeos denominadas Dextrinas.

    2. A Enzima β-amilase: quebra as ligações α-1,4 dos polissacarídeos resultantes da hidrólise do polímero Amilopectina, originando puramente o dissacarídeo Maltose.

    Importância do Amido para a Indústria de Alimentos

    Além de sua finalidadede fonte de energia biológica, o Amido é utilizado de muitas outras formas.

    Na indústria, o Amido é utilizado na fabricação de diferentes tipos de alimentos, como molhos, bebidas lácteas, sopas e farinhas. Praticamente, todos os setores da indústria alimentícia empregam o Amido ou seus derivados, utilizados também na construção civil e nas indústrias têxtil, metalúrgica e farmacêutica.

    Contudo, para gerar melhores resultados em sua utilização, o Amido normalmente é modificado na indústria, sofrendo processos químicos, físicos e térmicos. A modificação do Amido garante, por exemplo:

    1. Aumento na Solubilidade;
    2. Ação Emulsificante;
    3. Resistência ao Cozimento;
    4. Mudança de Viscosidade.

    O Amido é o principal responsável pelas propriedades tecnológicas que caracterizam grande parte dos Alimentos Processados e dos Alimentos Ultraprocessados ou Produtos Alimentícios.

    Na indústria alimentícia, devido ao seu baixo custo, especialmente quando extraído a partir do milho, o Amido é utilizado para alterar ou controlar diversas características alimentares, como por exemplo:

    1. Texturas
    2. Teor de Umidade
    3. Consistência
    4. Aparência
    5. Estabilidade
    6. Composição de Embalagens
  • Aminoácidos Essenciais

    Os Aminoácidos Essenciais são aqueles que o organismo humano não consegue sintetizar.

    Como são Nutrientes essenciais à Saúde devem ser consumidos diariamente, através da alimentação, em quantidades suficientes, para o desenvolvimento e a manutenção do organismo.

    São oito os Aminoácidos Essenciais

    1. Fenilalanina
    2. Isoleucina
    3. Leucina
    4. Valina
    5. Triptofano
    6. Treonina
    7. Metionina
    8. Lisina

    Aminoácidos Condicionalmente Essenciais: são aqueles que se tornam essenciais em estados especiais de vida ou sob vigência de doenças; são dois: Histidina (especialmente para as crianças) e Glutamina.

  • Anemia Perniciosa ou Deficiência de Vitamina B12

    Anemia Perniciosa é um tipo de Anemia de origem autoimune, caracterizada pela diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos no Sangue, causada pela deficiência de Vitamina B12, cujo sintoma inicial é o cansaço.

    A Vitamina B12 ou Cobalamina é uma Vitamina Hidrossolúvel essencial para:

    1. Formação, integridade e maturação das: Hemácias, Eritrócitos, ou Glóbulos Vermelhos do Sangue, e  responsável, em parte, pela síntese da Hemoglobina, que transporta o oxigênio no Sangue;
    2. Desenvolvimento e manutenção das funções do: Sistema Nervoso. A Vitamina B12, é essencial para a formação da Mielina que recobre os Neurônios, protegendo-os como “uma capa contra choques”.

    Principais Características da Anemia Perniciosa

    O termo Anemia se refere a uma condição clínica caracterizada pela diminuição da concentração de Hemoglobina por unidade de volume de Sangue, a qual varia de acordo com:

    1. Idade;
    2. Sexo;
    3. Tensão de Oxigênio do ambiente;
    4. Causa Específica: que leva à diminuição da concentração de Hemoglobina.

    Fisiologicamente, Anemias levam à redução da capacidade transportadora de oxigênio. No organismo humano, esta é a principal função da Hemoglobina, presente nas Hemácias: Glóbulos Vermelhos do Sangue.

    Os Sintomas das Anemias resultam da diminuição dessa capacidade transportadora de oxigênio.

    No caso da Anemia Perniciosa, tem-se uma condição clínica na qual o organismo não consegue produzir Células Vermelhas do Sangue Saudáveis, em quantidade suficiente. Isso ocorre devido a uma carência de Vitamina B12, por falta de produção do Fator Intrínseco, que é essencial para absorção desta vitamina.

    A absorção da Vitamina B12 é dependente do Fator Intrínseco: uma proteína de transporte que é especialmente produzida pelas Células Parietais do Estômago. Durante o processo digestivo, a Vitamina B12 precisa se ligar ao Fator Intrínseco que a encaminha para receptores específicos na Mucosa Intestinal, no Íleo Terminal, por meio dos quais será absorvida pelas Células da Mucosa.

    Em um organismo carente de Vitamina B12, as Hemácias ou Glóbulos Vermelhos do Sangue:

    1. Não se dividem de forma normal;
    2. Tornam-se muito grandes: conhecidas como Megaloblastos;
    3. Têm dificuldade de sair da Medula Óssea: local onde são produzidas;
    4. Há Acúmulo de Hemácias Disformes: na Medula Óssea
    5. Sem Hemácias Suficientes: para transportar oxigênio, o indivíduo se sente fraco e cansado.

    Anemia Perniciosa é Macrocítica e Megaloblástica:

    1. Macrocítica: por que ocorre aumento do tamanho das células;
    2. Megaloblástica: caracterizada por células grandes, imaturas e disfuncionais (Megaloblastos).

    Fisiopatologia da Anemia Perniciosa

    A Anemia Perniciosa é resultante de um mecanismo autoimune, pelo qual a própria atuação do Sistema Imunológico destrói as Células Parietais do Estômago, que produzem o Fator Intrínseco e formam as Glândulas produtoras do Suco Gástrico necessário à digestão.

    Em consequência, instala-se uma Gastrite Atrófica, que se caracteriza por inflamação crônica da Mucosa Estomacal e não há produção do Fator Intrínseco necessário à absorção da Vitamina B12 ingerida.

    Isso ocasiona a Deficiência de Vitamina B12, levando à Anemia Perniciosa.

    Outros fatores e condições que também podem causar Deficiência de Vitamina B12 incluem:

    1. Cirurgias: que reduzem as dimensões do estômago, como Gastrectomias e as Cirurgias Bariátricas;
    2. Doenças Inflamatórias do Intestino: que provocam má absorção;
    3. Uso Crônico de Medicamentos para reduzir a concentração de ácido no suco gástrico, como Omeprazol e Ranitidina ou o uso de Metformina para o tratamento do Diabetes Mellitus;
    4. Alimentação Deficitária: vegetariana desbalanceada ou pobre em alimentos de origem animal;
    5. Filhos de Portadoras de Deficiência de Vitamina B12: se alimentados exclusivamente com leite materno, a partir dos quatro meses de idade, podem apresentar Anemia Perniciosa.

    Sintomas e Tratamento da Anemia Perniciosa

    Os principais sinais e sintomas da Anemia Perniciosa são:

    1. Perda de apetite;
    2. Perda de peso;
    3. Fraqueza e cansaço;
    4. Coração acelerado;
    5. Dores abdominais,
    6. Enjoos e diarreia;
    7. Alterações de pele e cabelo;
    8. Boca e língua mais sensíveis.

    O tratamento da Anemia Perniciosa envolve mudanças na dieta e a suplementação com injeções para restaurar os níveis de Vitamina B12, os quais geralmente são corrigidos em dois meses. Casos graves podem gerar manifestações neurológicas, neuropatia periférica, demência e degenerações subagudas.

    No passado, antes de surgir a suplementação, a Anemia Perniciosa costumava ser fatal. Atualmente, com o tratamento apropriado, os portadores podem se recobrar, sentir-se bem, e levar uma vida normal.

    Sem tratamento, a Anemia Perniciosa pode se tornar severa e ocasionar sérios problemas ao coração e ao Sistema Nervoso, sendo que alguns efeitos desta anemia podem ser permanentes.

  • ATP: Trifosfato de Adenosina ou Adenosina Trifosfato

    O ATP: Trifosfato de Adenosina ou Adenosina Trifosfato é a molécula responsável pelo armazenamento da energia proveniente da combustão dos alimentos.

    Entretanto, de que forma é formado o ATP: Trifosfato de Adenosina? 

    Tudo começa com a captação da Energia Solar pelas plantas clorofiladas, através da Fotossíntese

    Assim, o processo de formação do ATP pode ser descrito nos quatro passos descritos abaixo:

    1. As plantas: captam a Energia Solar, com o auxílio da Clorofila;
    2. E transformam esta Energia Luminosa: em Energia Química, dentro dos alimentos;
    3. Os Animais: comem os alimentos produzidos pelas plantas fotossintetizantes;
    4. E armazenam a Energia dos alimentos ingeridos: nas ligações químicas do ATP.

    Todos os seres vivos utilizam ATP, que é produzido dentro do organismo, para:

    1. Armazenar a energia, além de disponibilizá-la sempre que se fizer necessária;
    2. Atuar na: comunicação celular;
    3. Sintetizar o DNA: ao incorporar o ATP no Ácido Desoxirribonucleico DNA.

    Dessa forma, pode-se dizer que a molécula do ATP atua como uma moeda celular.

    Por que é utilizando a Energia produzida a partir dos alimentos e armazenada no ATP: que “o corpo paga” para que ocorram todos os processos bioquímicos que mantêm a vida do organismo.

    Estrutura Molecular do ATP: Trifosfato de Adenosina

    A molécula de ATP: Trifosfato de Adenosina é encontrada em todos os seres vivos, sendo constituída por:

    1. Adenina: 1 base nitrogenada;
    2. Ribose: 1 carboidrato;
    3. Fosfato: 3 radicais.

    A partir dos três constituintes acima, a molécula de  ATP é formada por:

    1. Uma molécula de Adenosina: que é composta de Adenina e Ribose; e
    2. Três grupos Fosfato.

    Portanto, o ATP: Trifosfato de Adenosina é uma molécula solúvel em água e possui um alto teor de energia graças a duas ligações de fosfoanidrido ligando os três grupos Fosfato.

    Funções do ATP: Trifosfato de Adenosina

    A molécula de ATP libera uma grande quantidade de energia utilizável, quando sofre uma hidrólise. Ou seja, isso ocorre sempre que a molécula do ATP é desdobrada pela adição de uma molécula de água.

    Dessa forma, a função essencial do ATP é armazenar energia para as atividades vitais básicas das células.

    Este armazenamento de energia é realizado nas ligações químicas da molécula do ATP: Trifosfato de Adenosina. Esta Energia pode ser utilizada imediatamente em diversos processos biológicos, como:

    1. Transporte ativo de moléculas,
    2. Síntese e secreção de substâncias essenciais à vida;
    3. Locomoção e divisão celular, entre outros.

    Dessa forma, a molécula de ATP: Trifosfato de Adenosina capta a energia liberada pela combustão dos alimentos, armazena-a em suas ligações químicas energéticas e a transfere aos processos celulares.

    Por isso, ATP é considerado a moeda celular utilizada pelo corpo para pagar a manutenção de sua vida.

    Liberação de Energia do ATP: Trifosfato de Adenosina

    Os organismos vivos necessitam de aporte contínuo de energia para manter suas atividades básicas. A obtenção desta energia provém da quebra de moléculas dos alimentos, principalmente a glicose.

    Esta energia não pode ser liberada para o meio, por isso é necessário:

    1. Fazer sua transferência: para uma molécula intermediária;
    2. Que possa disponibilizar esta energia: de forma rápida e fácil, quando necessário;
    3. Esta molécula é: o ATP ou Trifosfato de Adenosina, (do inglês: Adenosine Triphosphate);
    4. Que armazena temporariamente: a energia proveniente dos alimentos;
    5. E libera essa energia: posteriormente, para a realização dos processos biológicos.

    Assim, a energia é armazenada nas ligações químicas altamente energéticas da molécula do ATP e, após a quebra dessas ligações, a energia será liberada para a realização das atividades celulares.

    Entretanto, esta energia não pode ser estocada, apenas utilizada de forma imediata.

    1. Como Ocorre a Liberação da Energia do ATP

    O ATP capta a energia liberada nas reações em que ocorre liberação de energia, armazena-a em suas ligações químicas energéticas e a transferi para os processos celulares que necessitam de energia.

    O ATP é sintetizado a partir de uma molécula do citoplasma das células: Adenosina Difosfato, ADP.

    Radical Fosfato de baixa energia: fosfato inorgânico ou Pi, ânions monovalentes do ácido orto-fosfórico.

    Toda vez que é necessário liberar energia, o Pi se liga ao ADP, gerando o ATP. Essa reação ocorre com o auxílio de uma enzima específica, chamada de Adenosina Trifosfatase, a ATPase.

    A ligação do ATP com Pi é reversível. Quando é necessária energia para a realização de alguma atividade, ocorrerá utilização de moléculas de ATP ⇒ ADP + Pi, e a energia será liberada para a célula utilizar.

    Para realizar qualquer atividade, e em repouso, há quebra de moléculas de ATP e liberação de energia. A quebra ATP ⇒ ADP + Pi libera uma quantidade de energia, para ser utilizada em atividades celulares.

    A transformação de ATP ⇒ ADP + Pi é a forma fundamental para se conseguir energia, uma vez que a célula não consegue utilizar diretamente a molécula de glicose contida nos alimentos.

    2. Exemplo de Utilização da Energia

    Um bom exemplo de utilização do ATP é o alongamento e encurtamento das fibras musculares. que são responsáveis pelo movimento. Para isso, é preciso utilizar a energia ativa liberada pela hidrólise da molécula de ATP ⇒ ADP + Pi .

    Concluindo, apesar de o ATP atuar como uma moeda celular, pagando por todos os processos que mantêm a vida, esta energia não pode ser estocada, seu uso deve ser imediato. É por isso, que o corpo precisa transformar todo o excesso de comida em Gorduras, que são a Reserva Energética do organismo.

    Portanto, no organismo, a reserva ou estoque de energia só pode ocorrer sob a forma de Triglicerídios.

  • Bactérias Probióticas

    Bactérias Probióticas, também conhecidas como Bactérias do Bem ou Bactérias Benéficas da Flora Intestinalé um grupo de bactérias que “habitam” o Cólon, no Intestino Grosso.

    Estas bactérias atuam em vários Processos Fisiológicos e são responsáveis pelo bom funcionamento intestinal e pela manutenção da Saúde da Mucosa Intestinal, potencializando a Imunidade do organismo.

    As Bactérias Probióticas estão presentes naturalmente no Intestino e podem alterar o Metabolismo, influenciar o funcionamento do Sistema Imune e diversos processos fisiológicos do organismo.

    Por exemplo: regulação do humor, proteção contra agentes infecciosos, preservação da Flora Intestinal e da prevenção de doenças, surgimento de Alergias Alimentares e ganho de peso.

    Importância das Bactérias Probióticas para a Saúde

    O equilíbrio entre as Bactérias Probióticas e as demais bactérias da Flora Intestinal é fundamental para a manutenção de uma Flora Intestinal Saudável, fortalecimento da Imunidade e combate às doenças.

    A prática de uma alimentação de má qualidade e uso indiscriminado de antiácidos, medicamentos que interferem na secreção gástrica, laxantes e antibióticos prejudicam a Flora Intestinal, reduzindo consideravelmente o número de Bactérias Probióticas no Intestino. 

    A redução da população de Bactérias Probióticas (protetoras da Saúde da Mucosa Intestinal e defensoras do organismo) irá gerar um aumento do número de Bactérias Maléficas que passam a colonizar o meio intestinal, gerando uma série de distúrbios que evoluem, conforme descrito a seguir:

    1. Distúrbios Digestivos e Intestinais – interferem na Digestão e na Motilidade Intestinal (movimentos peristálticos): são geradores de diarreias, flatulências, infecções recorrentes, obstipação.

    2. Distúrbios Metabólicos – que irão interferir na absorção e no aproveitamento de Nutrientes.

    3. Surgimento de Intolerâncias Alimentares – a intervenção no Metabolismo pode conduzir a uma redução da atividade enzimática e hepática, gerando variadas Intolerâncias Alimentares.

    4. Danos na Mucosa Intestinal – uma das principais funções da Mucosa Intestinal é atuar como uma barreira, que impede compostos e Bactérias Maléficas de entrarem na Circulação Sanguínea.

    As Bactérias Probióticas são responsáveis pela Saúde das células que formam esta mucosa. Quando há redução no número dessas bactérias, a Mucosa Intestinal perde a proteção e sofre danos.

    5. Supressão da Imunidade – o enfraquecimento dos mecanismos naturais de defesa do organismo gera danos na Mucosa Intestinal, tornando o Intestino permeável à entrada de toxinas e bactérias infecciosas, o que prejudica a atuação do Sistema Imune, suprimindo a Imunidade do organsino. 

    6. Surgimento de Alergias Alimentares – a intervenção na Motilidade Intestinal, no Metabolismo e a Supressão da Imunidade gera hipersensibilidades, resultando em Alergias Alimentares.

    7. Desenvolvimento de doenças – suprimir a Imunidade torna o organismo vulnerável às doenças: Diverticulite, Colite, Síndrome do Intestino Irritável, Doença de Crohn, Reto Colite Ulcerativa, Câncer (domínio de bactérias maléficas no Intestino eleva o risco de tumores, em especial os colorretais), Depressão e outras.

    A manutenção de uma Flora Intestinal Saudável é dependente da ação de Bactérias Probióticas, que:

    1. Defendem a Saúde da Mucosa Intestinal;
    2. Protegem o Intestino contra a colonização e proliferação de Bactérias Patogênicas;
    3. Garantem um bom funcionamento do Sistema Imunológico;
    4. Asseguram uma adequada absorção de Nutrientes, sendo fundamentais para a Saúde.

    Por isso, é muito importante praticar uma alimentação preventiva que, neste caso, deve ser rica em Fibras Prebióticas e Alimentos Probióticos.

    Por outro lado, quando o organismo encontra-se vulnerável ao desenvolvimento de doenças por  aumento de Bactérias Maléficas para a Saúde, torna-se essencial fazer uma reposição destas bactérias, através da complementação também com cápsulas e sachês.  

    Espécies de Bactérias Probióticas e seus Benefícios

    As Bactérias Probióticas de importância e utilização na prática clínica são bactérias ácido-lácticas dos Gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium e estão relacionadas a seguir:

    1. Bifidobacterium bifidus;
    2. Bifidobacterium brevis;
    3. Bifidobacterium infantis;
    4. Bifidobacterium adolescentis;
    5. Bifidobacterium lactis;
    6. Bifidobacterium longum;
    7. Lactobacillus acidophilus;
    8. Lactobacillus casei;
    9. Lactobacillus reuteri;
    10. Lactobacillus plantarum;
    11. Lactobacillus paracasei;
    12. Lactobacillus rhamnosus;
    13. Propionibacterium freudenreichii;
    14. Saccharomyces bourlardii.

    Quando ingeridas, ao atingir o Intestino, estas bactérias exercem funções que resultam nos benefícios:

    1. Fermentação e produção de AGCC
    2. Proteção contra proliferação de bactérias patogênicas
    3. Restauração da Flora Intestinal
    4. Restauração da Permeabilidade Intestinal
    5. Recuperação da Saúde da Mucosa Intestinal
    6. Restauração da Imunidade
  • Beribéri ou Deficiência de Vitamina B1

    Beribéri é uma doença de natureza carencial, causada por deficiência de Vitamina B1 ou Tiamina, que, apesar de facilmente tratável, pode levar à morte.

  • Betaglucanas: Fibras Funcionais Fermentáveis

    As Betaglucanas são Fibras Funcionais com elevada capacidade de reter água formando géis, que conferem grandes benefícios à Saúde. Uma das forma mais fáceis de incluir estas fibras no cardápio diário é através da ingestão do Farelo de Aveia, que constitui uma de suas fontes mais disponíveis.

    Estruturalmente, estas fibras fazem parte do grupo das Fibras Alimentares Solúveis formadas por polímeros lineares de Glicose, com ligações químicas variáveis e cadeia menor do que a da Celulose.

    Betaglucanas: Principais Fontes e Ação no Organismo

    As Betaglucanas são Fibras Funcionais fermentáveis no Cólon por Bactérias Probióticas. Seus efeitos fisiológicos mais importantes estão relacionados à sua elevada capacidade de reter água e, dessa forma, produzem géis, cuja viscosidade diminui com o aquecimento e pode ser revertida pelo resfriamento.

    Estas fibras são componentes estruturais da parede celular de alguns cereais e de algumas espécies de Fungos e Leveduras. Por isso, são encontradas principalmente em:

    1. Grãos de Cereais: aveia, centeio, cevada e derivados, sendo sua maior fonte, o Farelo de Aveia
    2. Espécies de Fungos e Leveduras: em especial, a parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae

    Quando ingeridas, as Betaglucanas aumentam a viscosidade do bolo alimentar e tornam a digestão mais lenta. Assim, irão influenciar na digestão e absorção de Nutrientes, conforme explicado a seguir:

    1. Aumentam a Viscosidade do Bolo Alimentar

    As Betaglucanas aumentam a viscosidade do bolo alimentar e, assim, prejudicam a interação entre as enzimas pancreáticas, Amilase e Lipase, e os alimentos que se encontram em digestão.

    2. Reduzem a Taxa de Digestão dos Carboidratos

    A diminuição da interação entre os alimentos e as enzimas provocada por estas fibras leva a uma redução na taxa de Digestão dos Carboidratos pela Amilase Pancreática.

    Da mesma forma, haverá também redução na taxa de Digestão das Gorduras pela Lipase Pancreática.

    3. Promovem o Controle Glicêmico

    Como consequência da redução na taxa de Digestão de Carboidratos, haverá redução na absorção de Glicose e atraso de sua chegada corrente sanguínea

    Dessa forma, haverá controle do aumento da Glicemia após as refeições, o que resultará em melhor resposta glicêmica e maior controle para os Diabéticos.

    4. Controlam Colesterol e Triglicerídios Sanguíneos

    Como consequência da redução na taxa de Digestão de Gorduras, haverá diminuição na quantidade de gordura absorvida. Por isso, os níveis sanguíneos de Colesterol e Triglicerídios diminuirão, o que resultará em melhor controle lipídico, em especial para os Dislipidêmicos.

    Além disso, haverá redução da gordura acumulada no Fígado e controle da Esteatose Hepática.

    Benefícios do Consumo de Betaglucanas

    De acordo com sua origem, o consumo de Betaglucanas pode conferir diferentes efeitos fisiológicos benéficos ao organismo. Uma vez que estas fibras provêm de Vegetais e de Extrato de Leveduras, tem-se:

    1. Betaglucanas Provenientes de Vegetais

    As Betaglucanas de origem vegetal vêm despertando interesse, por sua grande capacidade em retardar ou reduzir a absorção de determinados Nutrientes, como Açúcares Simples e Gorduras.

    Por isso, o consumo destas fibras é muito indicado para reduzir a absorção de Colesterol e retardar a absorção de Glicose, beneficiando indivíduos Dislipidêmicos, Diabéticos e Resistentes à Ação da Insulina.

    Dessa forma, as Betaglucanas provenientes de Vegetais Beneficiam a Saúde em:

    1. Redução dos Níveis Sanguíneos de Colesterol e Triglicerídios;
    2. Redução dos Níveis Sanguíneos de Glicose;
    3. Controle da Glicemia;
    4. Melhora do Funcionamento Intestinal;
    5. Prevenção e Combate da Obstipação (prisão de ventre);
    6. Prevenção do Câncer Colorretal;
    7. Prolongamento da Saciedade;
    8. Controle do Apetite;
    9. Redução do Índice Glicêmico das receitas caseiras (por adição de Farelo de Aveia);
    10. Manutenção do Peso Saudável;
    11. Tratamentos para Emagrecer.

    2. Betaglucanas Provenientes de Extratos de Leveduras

    As propriedades fisiológicas de preparações de Betaglucanas provenientes de Leveduras vêm sendo estudadas desde a década de 1950, sendo consideradas mais efetivas que as obtidas de outras fontes. 

    Este tipo de Betaglucanas ganhou espaço após a obtenção do Zymosan, um extrato da parede celular de Saccharomyces cerevisiae, que Leveduras de fermentação empregadas pela Indústria Alimentícia, em especial pelas indústrias de panificação, cervejaria e sucroalcooleira.

    As Betaglucanas encontradas na parede celular da Saccharomyces cerevisiae podem apresentar Ação Antioxidante e Imunomoduladora. Assim, atum como estimulantes das células do Sistema Imune.

    Isto é: atuam como modificadoras da resposta imunológica, uma vez que, ao serem reconhecidas pelas células do Sistema Imune, as Betaglucanas desencadeiam uma série de eventos na resposta de defesa do organismo. Dessa forma, potencializam a Imunidade do organismo todo.

    Dessa forma, as Betaglucanas Provenientes de Extratos de Leveduras Beneficiam a Saúde:

    1. Protegendo as células contra substâncias nocivas;
    2. Auxiliando o organismo no combate à ação dos Radicais Livres;
    3. Estimulando as células do Sistema Imunológico, fortalecendo a Imunidade;
    4. Protegendo o organismo contra a formação de tumores, inflamações e mutações gênicas;
    5. Reduzindo a incidência de infeções virais, bacterianas e fúngicas.

    Emprego Industrial das Betaglucanas

    As Betaglucanas são amplamente utilizados pela Indústria Alimentícia, graças às suas propriedades Físico-químicas em meio aquoso. Dentre estas, destacam-se por exemplo, as de espessar e formar géis.

    Por isso, as Betaglucanas são muito empregadas na elaboração de diversos produtos, entre os quais estão:

    1. Bebidas lácteas
    2. Sopas
    3. Molhos
    4. Sorvetes
    5. Como substitutos de gorduras em alimentos para fins especiais
    6. Produção dos produtos alimentícios light

    Portanto, as Betaglucanas conferem grandes benefícios à Saúde e uma das forma mais fácil de incluí-las no cardápio diário é através da ingestão do Farelo de Aveia. Afinal, esta é a sua fonte mais acessível.

  • Bile

    Também chamada de bílis, é um fluido amarelo esverdeado, produzido pelo Fígado e armazenado na Vesícula Biliar, para atuar na digestão de gorduras e na absorção de substâncias nutritivas provenientes da dieta, quando estas passarem pelo Intestino Delgado.

    A bile é produzida e excretada pelo Fígado, segue pelos Ductos Biliares, passa à Vesícula Biliar, onde será armazenada até o momento de ser utilizada: passará ao Intestino Delgado,para emulsionar as gorduras.

    Quando um indivíduo ingeri alimentos gordurosos, a Vesícula Biliar se contrai para expelir seu conteúdo. Caso ocorra alguma obstrução no Ducto Biliar (tumor, cisto, ou cálculos biliares), a bile ficará represada no Fígado. Se a obstrução persistir, haverá extravasamento retroativo, o que deixará a tonalidade da pele amarelada, além de alterar também a coloração normal das fezes, que ficarão mais claras (cor de palha). A estes sintomas, dá-se o nome de Icterícia Obstrutiva.

    A produção excessiva de bílis está relacionada com a destruição de glóbulos vermelhos do sangue. Na verdade, o excesso de bílis é produzido exatamente para ser utilizados pelo Fígado para este fim, fato que ocorre a cada 120 dias, para renovação das células vermelhas do sangue: as Hemácias.

  • Biomoléculas ou Macromoléculas

    Biomoléculas, Macromoléculas ou Moléculas da Vida são moléculas sintetizadas pelos seres vivos, que participam da estrutura da matéria viva animal e vegetal, sendo essenciais ao seu funcionamento.

    Quimicamente, são moléculas gigantes, de alto peso molecular constituídas de pequenas unidades (monômeros) de mesmo tipo unidas através de ligações covalentes, formando longas cadeias carbônicas, denominadas Biopolímeros. Os principais elementos químicos que compõem as Biomoléculas são: Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O), Nitrogênio ( N) e, com muito menor frequência, o Fósforo (P).

    Biomoléculas Principais

    Há Quatro Biomoléculas fundamentais que constituem as células de todos os seres vivos, que do ponto de vista Nutricional são os Nutrientes encontrados nos Alimentos:

    1. Proteínas: seus monômeros formadores são os Aminoácidos;
    2. Carboidratos: seus monômeros formadores são as moléculas de Monossacarídeos, como a Glicose;
    3. Lipídios ou gorduras: seus monômeros são as moléculas de Triglicerídios e Ácidos Graxos;
    4. Ácidos Nucleicos (DNA e RNA): seus monômeros formadores são as moléculas de Nucleotídeos, compostos de um grupo fosfato, uma pentose e uma base nitrogenada.

    Relações Fundamentais: Biomoléculas e Água

    As Biomoléculas participam da constituição e estruturação das células da matéria viva vegetal e animal. Contudo, cerca de 70%, em massa, da maioria dos organismos vivos é constituído de água.

    Esta quantidade de água presente no Citosol ou Citoplasma de uma célula é essencial ao seu metabolismo. A diminuição de 20% na quantidade normal de água intracelular consegue inibir significativamente o metabolismo, ao passo que uma diminuição a 30% dos níveis normais desta água pararia completamente o metabolismo celular, levando à morte do organismo.

    Portanto, a célula é um meio aquoso, sendo que a Água influencia todas as interações moleculares nos sistemas biológicos, por meio de três propriedades principais:

    1. Polaridade: a diferença de eletronegatividade entre os átomos de H e O, leva a uma distribuição assimétrica das cargas positivas e negativas, tornando a molécula de água muito polar.
    2. Poder de coesão: devido à grande afinidade entre moléculas de água próximas entre si.
    3. Solubilidade de moléculas polares: confere grande poder de interação da água com moléculas polares, tornando-a um excelente solvente para todas as moléculas polares.

    É importante lembrar que a água pode atrair ou repelir as outras moléculas. Por isso, tem-se:

    1. Substâncias Polares: moléculas ou íons que “sentem atração” por moléculas de água;
    2. Substâncias Apolares: moléculas ou íons que “sentem repulsão” por moléculas de água;
    3. Substâncias Anfóteras: moléculas ou íons que, dependendo da situação podem “sentir atração ou repulsão” por moléculas de água.

    Desta forma, a existência de vida é criticamente dependente da capacidade que a água apresenta de interagir ou dissolver moléculas que podem atuar como:

    1. Fontes de energia: caso dos Carboidratos;
    2. Blocos de construção: Monossacarídeos (monômeros dos Carboidratos), Aminoácidos (monômeros das Proteínas) ou Triglicerídios e Ácidos Graxos (monômeros dos Lipídios)
    3. Catalisadores: caso das Proteínas que atuam como Enzimas;
    4. Moléculas portadoras de informação: caso de Hormônios e Ácidos Nucleicos (DNA e RNA).

    As moléculas precisam difundir-se no Sangue ou líquidos celulares e extracelulares para serem transportados pelo organismo. Assim, compostos apolares que se dissolvem fracamente ou não se dissolvem em água forçam um ordenamento energeticamente desfavorável de moléculas de água em suas superfícies hidrofóbicas, levando à formação de Micelas e Membranas, que podem formar microambientes, nos quais somente a parte “mais polar” (que sente menor repulsão por moléculas de água) interage com a água.

    Isso ocorre com os compostos apolares e os anfipáticos que formam agregados: microambientes onde porções hidrofóbicas são “sequestradas para o seu interior”, associando-se por meio de interações hidrofóbicas.

    Importância da Água para a Vida

    No Citoplasma, encontram-se substâncias polares, apolares, iônicas e anfóteras. Lembrando que:

    1. Meio aquoso (com água), como o Sangue e os líquidos corporais: são polares;
    2. Gorduras e óleos: são apolares;
    3. Sais e eletrólitos: são iônicos;
    4. Fosfolipídios: são anfóteros.

    A água é o solvente biológico ideal, uma vez que compõe a maior parte da massa corporal do ser humano. A capacidade solvente inclui íons, açúcares e muitos aminoácidos. Sua incapacidade para dissolver algumas substâncias como lipídeos e alguns aminoácidos permite a formação de estruturas supramoleculares, como micelas e membranas, além de numerosos processos bioquímicos, como o dobramento proteico.

    Na água estão dissolvidas ou suspensas as moléculas e partículas necessárias para o bom funcionamento celular. Reagentes e produtos de reações metabólicas, nutrientes, assim como produtos de excreção, dependem da água para o transporte no interior das células e entre as células.

    As interações fracas são os meios pelos quais as moléculas interagem entre si, como por exemplo, enzimas com seus substratos, hormônios com seus receptores, anticorpos com seus antígenos. A força e a especificidade das interações fracas são grandemente dependentes do meio onde ocorrem, sendo que a maioria das interações biológicas ocorrem em meio aquoso.

    Funções Desempenhadas pelas Biomoléculas

    As Biomoléculas, em geral, apresentam estruturas química e espacial muito complexas, sempre formadas a partir de “unidades fundamentais”, os seus monômeros: moléculas menores e muito mais simples que funcionam como matéria-prima para a construção das macromoléculas.

    Estes monômeros são obtidos a partir da alimentação, graças ao Processo de Digestão.

    1. As Proteínas constituem a maior fração da matéria viva; são as macromoléculas mais complexas e desempenham inúmeras funções essenciais à vida da célula, como: enzimáticas, transportadoras e síntese de compostos essenciais.
    2. Os Carboidratos são os principais combustíveis celulares; possuem também função estrutural e participam dos processos de reconhecimento celular.
    3. Os Lipídios são biomoléculas hidrofóbicas (insolúveis em água), que formam a principal fonte de armazenamento de energia para os animais, além de desempenharem importante função na estruturação das membranas biológicas.
    4. Os Ácidos Nucleicos são as maiores macromoléculas da célula; são os responsáveis pelo armazenamento, e transmissão da informação genética.
  • Carboidratos Análogos: Fonte de Fibras Funcionais

    Os Carboidratos Análogos constituem um grupo de compostos, normalmente presentes na alimentação que, como as Fibras Alimentares não conseguem ser digeridas pelas enzimas Gastrintestinais humanas.

    Entre os Carboidratos Análogos, alguns apresentam comportamento de fibras fermentáveis, como as Prebióticas, dirigindo-se ao Cólon, onde são fermentadas por bactérias benéficas da Microbiota Intestinal.

    Características dos Carboidratos Análogos

    Os Carboidratos Análogos são compostos químicos de ocorrência natural em diversos alimentos de consumo diário e também podem ser obtidos Industrialmente por sínteses químicas e enzimáticas.

    O termo “análogo” refere-se ao fato de estes compostos possuírem comportamento similar ao das fibras alimentares: “comportam-se como se fossem fibras”, não sendo digeridas por enzimas intestinais humanas.

    Estes compostos químicos são classificados, de acordo com o método utilizado pela Indústria Alimentícia para  sintetizá-los. Desta forma, há três grandes grupos de Carboidratos Análogos, conforme abaixo:

    1. De Ocorrência Natural: Amido Resistente e Maltodextrinas Resistentes;

    2. Obtidos por Sínteses Químicas: Polidextroses, Lactulose e Derivativos de Celulose;

    3. Obtidos por Sínteses Enzimáticas: Transgalacto-oligossacarídeos, Xilo-oligossacarídeos.

    1. Carboidratos Análogos de Ocorrência Natural

    Constitui um grupo formado por polímeros de carboidratos não digeríveis de ocorrência natural, que apresentam cerca de 12 monômeros na cadeia, sendo o Amido Resistente o mais importante.

    Esta classe de Carboidratos Análogos está presente em diversos alimentos, como Grãos de Leguminosas, Milho, Banana Verde e alguns tubérculos como a Batata Doce.

    O Amido Resistente é uma Fibra Prebiótica de alta fermentabilidade, que confere vários efeitos positivos sobre a Saúde Humana, como: a saciedade, o funcionamento intestinal e a melhora da resposta glicêmica.

    Os alimentos sob a forma de grãos integrais e as leguminosas apresentam naturalmente alto conteúdo de AR, contudo, esse conteúdo pode ser afetado de forma significativa após o processamento do alimento.

    O conteúdo de Amido Resistente presente nos alimentos às refeições é variável, sendo afetado por:

    1. Grau de maturação do alimento;
    2. Diferenças genéticas das fontes produtoras do amido;
    3. Variadas condições de armazenamento do alimento;
    4. Diferentes tipos de processamento para o preparo do alimento.

     2. Carboidratos Análogos de Sínteses Físico-químicas

    Grande grupo formado por polímeros de carboidratos não digeríveis com propriedades fisiológicas, obtidos industrialmente, por meio de sínteses físicas e químicas.

    Os mais utilizados são: as Polidextroses e os Derivados da Celulose.

    I. Polidextroses

    1. Sintetizados a partir de Glicose e Sorbitol: são formados por polissacarídeos não digeríveis que apresentam em torno de doze monômeros na molécula.

    2. Apresentam Propriedades Prebióticas: são indigeríveis por enzimas Gastrintestinais humanas, mas são parcialmente fermentados pela Microbiota Colônica e reduzem o impacto Glicêmico.

    3. São de Elevado Interesse Industrial: por apresentarem efeitos fisiológicos e atributos tecnológicos, as Polidextroses são empregadas para o desenvolvimento de Alimentos Funcionais.

    II. Derivados da Celulose

    A celulose pode sofrer modificações, produzindo a Celulose Modificada e os Derivados da Celulose, que são muito utilizados como ingredientes alimentares. Essas modificações podem ser:

    • Físicas: formando, por exemplo: Celulose em pó e Celulose Microcristalina;
    • Químicas: formando, por exemplo:  Hidroxipropilmetil-celulose e Carboximetil-celulose.

    Esses produtos apresentam alta solubilidade e formam soluções viscosas decorrentes de alterações em sua estrutura cristalina. Forma, tamanho de partícula e capacidade de retenção de água são fatores determinantes das propriedades e funcionalidade dessas Celuloses, com inúmeras aplicações industriais.

    3. Carboidratos Análogos de Síntese Enzimática

    Grande gupo formado por polímeros de carboidratos não digeríveis derivados de polissacarídios não amiláceos, obtidos industrialmente por sínteses enzimáticas. 

    Entre os mais utilizados pela indústria de alimentos, devido aos seus efeitos fisiológicos estão:

    1. Fruto-Oligossacarídeos (FOS)
    2. Levano
    3. Goma de Guar hidrolisada
    4. Goma Xantana
    5. Transgalacto-oligossacarídeos
    6. Xilo-oligossacarídeos
  • Ciclo Circadiano ou Ritmo Circadiano

    O Ciclo Circadiano ou Ritmo Circadiano representa o período de um dia (24 horas) no qual se completam todas as atividades do Ciclo Biológico Diário dos seres vivos, regulando ritmos físicos e psicológicos.

    Este Ciclo Biológico Diário ou Relógio Biológico, que oscila entre descanso e atividades dos períodos diurno e noturno, atua em todos os seres vivos e em humanos dura cerca de 24 horas e 18 minutos.

    Este Ciclo Circadiano é influenciado pela luz solar, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite.

    Importância do Ritmo ou Ciclo Circadiano

    O termo Circadiano provém do Latim “circa diem”, que significa “cerca de um dia”.

    Relógio biológico é o termo utilizado para denominar um Sistema ou uma espécie de marcapasso interno do Cérebro, existente naturalmente nos seres vivos, capaz de regular os horários de todos os “acontecimentos corporais”, possibilitando uma previsão de quando estes irão ocorrer.

    Este Relógio biológico situa-se no Núcleo Supraquiasmático, que está localizado no Hipotálamo, região que liga os Sistemas Nervoso e Endócrino, na base do Cérebro e acima das Glândulas Pituitárias.

    Ciclo Circadiano regula todos os ritmos físicos e psicológicos do corpo humano, com influência sobre:

    1. Estado de vigília e Sono;
    2. Crescimento 
    3. Renovação das células;
    4. Variação da temperatura corporal: termorregulação;
    5. Controle de Fome e Apetite.
    6. Processos Metabólicos: como Digestão, Absorção, Excreção…

    Pesquisas demonstraram que o Ciclo Circadiano não se reduz a uma questão fisiológica, uma vez que está também relacionado a uma conjuntura Astronômica, Geológica e Ecológica. como:

    1. Marés;
    2. Ciclo Lunar
    3. Dinâmica Climática da Terra: através das correntes eólicas e marítimas;
    4. Em especial: se observado com relação aos animais migratórios.

    Ciclo Circadiano de Circulação da Energia Vital

    Nas aproximadas 24 horas em que se baseia o Ciclo Circadiano, cada órgão e/ou víscera do corpo humano manifesta o seu pico de funcionamento, período em que é realizada a auto-limpeza corporal.

    Assim, a cada 2 horas, divididas entre as 24 horas do dia, um órgão e/ou víscera utiliza energia máxima e efetua a auto-limpeza do corpo. De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, este é o melhor horário para o tratamento do órgão ou víscera em questão.

    A seguir, está relacionada a Atividade Máxima ou Pico de Energia dos órgãos e vísceras do corpo humano, dentro de cada Ciclo Circadiano, ou seja, a cada 24 horas decorridas.

    1. Fígado: 01:00 h – 03:00 h
    2. Pulmão: 03:00 h – 05:00 h
    3. Intestino Grosso: 05:00 h – 07:00 h
    4. Estômago: 07:00 h – 09:00 h
    5. Baço/Pâncreas: 09:00 h – 11:00 h
    6. Coração: 11:00 h – 13:00 h
    7. Intestino Delgado: 13:00 h – 15:00 h
    8. Bexiga: 15:00 h – 17:00 h
    9. Rins: 17:00 h – 19:00 h
    10. Pericárdio: 19:00 h – 21:00 h
    11. Triplo Aquecedor: 21:00 h – 23:00 h
    12. Vesícula Biliar: 23:00 h – 01:00 h

    O mais importante em conhecer o Ciclo Circadiano, é o fato de observar o próprio comportamento do corpo para análise de alguma anomalia frequente em certo horário do dia. Isso fornece os indícios indicativos de algum desequilíbrio no órgão ou víscera em foco.

    Por exemplo, acordar durante a noite sempre no mesmo horário, às 2 horas da madrugada, pode ser um indicativo de desarmonia no Fígado. Essa simples observação pode ser de grande auxílio para análise de diagnóstico e tratamento preventivo de uma doença.

  • Clorofila: A Molécula Fotossintetizante

    A Clorofila é uma molécula fotossintetizante responsável pela cor verde das plantas.

    Esta molécula molécula fotossintetizante é capaz de absorver e sintetizar a luz, em especial a Luz Solar, sendo encontrada nos Cloroplastos, que são organelas presentes nas células de plantas e algas.

    Importância da Molécula de Clorofila

    A Clorofila é o pigmento verde das plantas, essencial para a realização da Fotossíntese, que é a conversão da Luz Solar em Energia Química, produzindo alimentos e oxigênio para viabilizar a vida na Terra.

    Na verdade, esta molécula verde é um fotorreceptor que absorve a Luz Solar e a sintetiza em Energia Química, utilizando Dióxido de Carbono ou Gás Carbônico (CO2) e água.

    Isso se dá através do Processo de Fotossíntese.

    Neste processo, a Energia Luminosa do Sol é captada e absorvida pela molécula de Clorofila, que a utiliza para transformar Dióxido de Carbono (CO2) e água em Carboidratos e Oxigênio.

    A Fotossíntese é um processo que está na base da Vida no Planeta Terra. Um dos processos biológicos mais importantes da Natureza, no qual a Energia Solar é transformada em Energia Química

    É através do processo de Fotossíntese que ocorre a produção de:

    1. Alimentos: para vegetais e animais;
    2. Oxigênio: para animais aeróbios, como o homem.

    A intensa cor verde da Clorofila se deve à sua enorme capacidade de absorver a Luz Solar. Isso ocorre através das regiões azuis e vermelhas do espectro eletromagnético. Graças a estas absorções, a luz que a Clorofila reflete e transmite é o verde percebido pelo olho humano.

    A cor predominante nas plantas é o verde, graças à tendência apresentada pela Clorofila, de mascarar a presença das cores de outros pigmentos também presentes nas plantas, como os Carotenoides: pigmentos cujas cores vão do amarelo ao vermelho.

    Quando a quantidade desse pigmento presente nas plantas começa a diminuir, as outras cores começam a aparecer. Com a redução progressiva do verde, os demais pigmentos começam a ser percebidos.

    Este efeito torna-se bastante perceptível durante o Outono: a Estação do ano em que as folhas mudam de cor e caem das árvores.

    Benefícios da Clorofila para a Saúde Humana

  • Codex Alimentarius

    O Codex Alimentarius é um fórum internacional de normatização do comércio de alimentos estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Do latim, o “Codex Alimentarius” é o código alimentar.

    Finalidade e Objetivos do Codex Alimentarius

    Criado em 1963, o fórum tem a finalidade de proteger a Saúde dos consumidores e assegurar práticas equitativas no  comércio regional e internacional de alimentos. A maioria da população do mundo vive nos 166 países membros do Codex Alimentarius, e por este motivo, participam no desenvolvimento de normas e, muitas vezes, na sua implementação em nível nacional e regional.

    O Codex foi desenvolvido conjuntamente por duas Organizações da ONU: a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (Food and Agriculture Organization: FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de orientar e promover o desenvolvimento e a criação de definições e exigências para os alimentos, facilitando o comércio internacional.

    Codex Alimentarius: Referência e Uso Internacional

    Engloba regras e normas relativas à Segurança Alimentar: os produtos para o consumo local, ou para exportação, devem ser seguros e de boa qualidade, sendo imperioso que os alimentos não sejam portadores de agentes patogênicos, passíveis de prejudicar animais ou plantas nos países importadores.

    Essas normas abrangem os principais alimentos, crus, processados e semiprocessados, bem como substâncias e produtos usados na elaboração de alimentos, com diretrizes referem-se aos aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, incluindo: código para prática e normas de aditivos alimentares, pesticidas, resíduos de medicamentos veterinários, substâncias contaminantes, rotulagem, classificação, métodos de amostragem e análise de riscos.

    As regras adotadas pelo Codex Alimentarius possuem elevado peso e possuem uma base científica reconhecida. Quando se torna apropriado, a Organização Mundial do Comércio, utiliza as normas do Codex para resolver litígios comerciais, relativos a produtos alimentares. O Codex serve quase sempre de base para a elaboração de normas e leis regionais ou nacionais. Na sua essência, a influência do Codex Alimentarius estende-se a todos os continentes, contribuindo para a proteção da Saúde Pública e para que as práticas na indústria alimentícia sejam justas.

    O Comitê do Codex Alimentarius do Brasil (CCAB)

    Esse comitê tem como principal atividade a participação e a defesa dos interesses nacionais nos comitês internacionais do Codex Alimentarius. Tem ainda, a responsabilidade de observar as normas Codex como referência para a elaboração e atualização da legislação e regulamentação nacional de alimentos.

    O comitê brasileiro é composto por entidades privadas e órgãos públicos tais como os institutos nacionais de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e Defesa do Consumidor (IDEC); os ministérios das Relações Exteriores (MRE), Saúde (MS), Fazenda (MF), Ciência e Tecnologia (MCT), Justiça (MJ/DPC) e Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC/SECEX); as associações brasileiras da Indústria e Alimentação (ABIA) e de Normas Técnicas (ABNT); e das confederações nacionais da Indústria (CNI),  Agricultura (CNA) e Comércio (CNC).

    A Elaboração das Normas do Codex Alimentarius

    O Codex Alimentarius é gerido pela Comissão do Codex, um organismo intergovernamental no qual todos os países membros têm direito de voto. Várias comissões de especialistas são responsáveis pela elaboração das Normas, que posteriormente são aprovadas pela comissão.

    Uma norma nasce quando um governo nacional, ou um comitê da Comissão do Codex, propõe a criação de uma regra sobre um tema particular ou um produto alimentar. Caso a Comissão do Codex aprove a necessidade de desenvolver uma norma, o Secretariado da Comissão elabora uma proposta de projeto e apresenta-a aos governos dos países membros para a sua apreciação. Em seguida, os comentários são revistos pelo Comitê, podendo apresentar uma proposta escrita para a norma dirigida à Comissão. Se aceita, a norma proposta será enviada para os governos em um processo gradual, que culminará em projeto final, tornando-se uma norma do Codex.

    O desenho do sistema foi construído para alcançar um consenso tão abrangente quanto possível, motivo pelo qual o número de passos varia entre cinco e oito. Todo este processo pode demorar vários anos. Enquanto isso, a respectiva comissão, com o apoio da secretaria, vai alterando e adaptando os detalhes, quando necessário. Ocasionalmente, algumas etapas podem ser repetidas. Uma vez adoptada pela Comissão, a norma é acrescentada ao Codex Alimentarius.

  • Colágeno

    O Colágeno constitui a maior classe de proteínas fundamentais e está presente exclusivamente em células do tecido conjuntivo de animais. Representa 30% do total de proteínas presentes no corpo humano e, por isso, é considerada a proteína mais abundante no organismo.

    A principal função dessa classe de proteínas de origem animal é dar firmeza à pele, às cartilagens e, em geral, a todas as estruturas do corpo que não necessitam da sustentação dos ossos, mas, apenas de um suporte, como é o caso, por exemplo, das orelhas.

    Funções do Colágeno no Corpo Humano

    O colágeno desempenha diversas funções no corpo humano, relacionadas abaixo;

    1. Manter a união entre as células dos tecidos corporais;
    2. Fortalecer as células dos tecidos animais;
    3. Ser um dos grandes responsáveis pela cicatrização de ferimentos ou cirurgias;
    4. Ser um dos grandes responsáveis pela regeneração de cortes ou cirurgias;
    5. Ser responsável pelo envelhecimento humano.

    Por isso, cresce, a cada dia, o número de empresas de cosméticos, lançando cremes faciais à base de colágeno retirado de bovinos, justamente para prevenir o envelhecimento humano.

    Tipos de Colágenos Encontrados no Corpo Humano

    O corpo humano apresenta cerca de 20 tipos de cadeias combinadas para produzir diferentes tipos de colágenos, dentre as quais estão:

    1. Colágeno Tipo I: é o mais comum, geralmente, encontrado em locais que exigem grandes resistências às tensões, como tendões, derme da pele, ossos e córnea. Este tipo forma fibras e feixes de colágeno.
    2. Colágeno Tipo II: é o tipo encontrado em locais que resistem a grandes pressões, como cartilagem elástica e hialina, discos vertebrais e olhos. Sua síntese ocorre no condroblasto. Morfologicamente não é possui distinguir do colágeno Tipo I.
    3. Colágeno Tipo III: Abundando no tecido conjuntivo frouxo, é encontrado em: artéria aorta do coração, pulmões, músculos dos intestinos, fígado e útero. Constitui as fibras reticulares.
    4. Colágeno Tipo IV: Esse tipo não se associa em fibrilas, tem a função de sustentação e filtração. Está presente nos rins, na lâmina basal e na cápsula do cristalino.
    5. Colágeno Tipo V: associa-se ao colágeno Tipo I e está presente em locais de grande resistência às tensões; encontrados em ossos, sangue, placenta, tendões e na pele.
    6. Colágeno Tipo VI: também se associa ao colágeno Tipo I e está presente na maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo, sendo encontrado no sangue, na placenta, em discos intervertebrais e na pele.
    7. Colágeno Tipo VII: é encontrado na junção dermo-epitelial e nas células corio-aminióticas.
    8. Colágeno Tipo VIII: está presente em algumas células endoteliais, formando o endotélio.
    9. Colágeno Tipo IX: interage com o Tipo II, sendo encontrado na cartilagem, na retina e na córnea. Sua função é manter as células unidas, dando resistência à pressão.
    10. Colágeno Tipo X: é encontrado nas cartilagens hipertróficas em mineralização.
    11. Colágeno Tipo XI: interage com os Tipos II e XI; encontrado em cartilagens e discos intervertebrais.
    12. Colágeno Tipo XII: interage com os Tipos I e III; presente em locais submetidos às altas tensões, como é o caso de tendões e ligamentos.
    13. Colágeno Tipo XIII: também se associa aos Tipos I e III, sendo encontrado abundantemente como proteínas associadas às membranas celulares e nas células endoteliais.
    14. Colágeno Tipo XIV: é encontrado na pele e nos tendões.
    15. Colágeno Tipo XV: encontrado nas células do músculo liso e nos fibroblastos.
    16. Colágeno Tipo XVI: encontrado nas invaginações da derme para epiderme e nos fibroblastos.
    17. Colágeno Tipo XVII: abundante na junção dermo-epidermal.
    18. Colágeno Tipo XVIII: abundante em tecidos com alto índice de vascularização.
    19. Colágeno Tipo XIX: encontrado apenas em células tumorais.
    20. Colágeno Tipo XX: várias fibras de colágeno formam a chamada cartilagem hialina, visível apenas em microscopia eletrônica. Essas fibras de colágeno formam o primeiro esqueleto dos embriões e estão presentes em traqueia, brônquios e fossas nasais.
    21. Colágeno Tipo XXI: é uma associação dos colágenos dos Tipos I, II, III, V e IX que podem formar fibrilas responsáveis pela formação de ossos, tendões, derme e dentinas.
  • Colite

    É o desequilíbrio da microbiota intestinal, quando o número de microrganismos patogênicos supera o de benéficos, resultando em uma situação desfavorável à saúde do indivíduo, tornando-o suscetível ao desenvolvimento de doenças.

  • Cólon

    É a maior porção do Intestino Grosso, que é dividida em: Cólon Ascendente, Cólon Transverso, Cólon Descendente e Cólon Sigmoide; é responsável pela absorção da água das fezes, dando-lhes consistência.

    A Saúde do Cólon guarda uma estreita relação com a Saúde e a Imunidade do organismo todo. De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, o diagnóstico, o tratamento e a cura de uma doença deve passar pela avaliação do Estado de Saúde do Cólon.

    Esta parte do Intestino Grosso não é imprescindível à vida e, se necessário, poderá ser completamente removida através de cirurgia, porém com diminuição da Qualidade de Vida do paciente, que passará a conviver com uma Ileostomia: criação de uma abertura ou ânus artificial através da parede abdominal para o interior do Íleo, formando um novo trajeto e local para a saída das fezes, chamado de estoma.

    Importância do Cólon para o Organismo Humano

    Além de importante órgão do Sistema Excretor, associado ao Intestino Delgado, o Cólon atua para:

    1. Digestão, sendo responsável pela absorção de água;
    2. Eliminação de resíduos alimentares, toxinas e resíduos tóxicos;
    3. Produção de Vitamina B12;
    4. Administração da Flora Intestinal; e
    5. Complexas Funções que regulam a Saúde e a Imunidade do organismo como um todo.

    Quando o consumo de alimentos processados, ricos em farináceos, açúcar e aditivos químicos, além de carentes em enzimas digestivas, o Cólon torna-se fragilizado, vulnerável a desenvolver doenças e, aos poucos, vai perdendo sua funcionalidade. Dessa forma, todo o Sistema Excretor passa a funcionar precariamente, com grande sobrecarga para Fígado, Pulmões, Rins e Pele. Somando-se a isso stress, poluições e falta de atividade física, instala-se o Estado de Intoxicação ideal para o declínio da Saúde.

    Quando o Cólon não está funcionando bem, tem-se:
    1. Carência de Nutrientes, pela inabilidade de o Cólon de absorvê-los: desnutrição e desvitalização.
    2. Organismo com elevada carga de toxinas, que deveriam ser excretadas;
    3. Sistema Excretor em colapso, com sobrecarga Hepática e Renal
    4. Baixa de: Energia, Concentração Vitalidade e Produtividade.

    O Cólon deixa de atuar como uma central de inteligência, Nutrição e Saúde, o Segundo Cérebro, para atuar como “um lixão”, carregado com matéria em decomposição, descargas tóxicas, flatulência (gases abundantes e tóxicos), presença de parasitas e outros micro-organismos patogênicos.

    Como prevenir as Doenças Colônicas?

    O fato de o Cólon ser a porção do Tubo Gastrintestinal que “hospeda” a Flora Intestinal, quando há constância de maus hábitos alimentares, pode tornar-se alvo de diversas doenças, como Adenomas, Adenocarcinomas, Diverticulose, Colite Ulcerativa, Síndrome do Cólon Irritável, entre outras.

    Para prevenir estas doenças que ameaçam esta parte do Intestino Grosso é essencial praticar uma alimentação rica em fibras, especialmente em Fibras Prebióticas.

  • Colonócitos e Bactérias Colônicas

    Os Colonócitos são células pertencentes ao Cólon, parte do Intestino Grosso, que juntamente com os Enterócitos, células pertencentes ao Intestino Delgado, fazem parte da Mucosa Intestinal.

    As Bactérias Colônicas são um grupo de bactérias que compõem a Flora ou Microbiota Intestinal e “habitam” o Cólon (no Intestino Grosso), onde atuam em diversos processos, como a Digestão de Alimentos, Absorção de Água, Preparo do Meio para Proliferação de Bactérias Benéficas ao organismo, Bom Funcionamento Intestinal, Saúde e Imunidade da Mucosa Intestinal e o Monitorando do organismo contra micro-organismos causadores de doenças ou patogênicos, dentre outros processos.

    Trato Gastrintestinal e Microbiota Intestinal

    O Trato Gastrintestinal Humano (TGIH), comumente conhecido como “intestino”, é o maior órgão de defesa do corpo, uma vez que, diariamente, recebe, digere e metaboliza água e alimentos oriundos do meio externo. Além disso, o TGIH abriga um grande ecossistema que é a nossa Microbiota Intestinal.

    Por tudo isso, no TGIH está localizado 70% dos componentes do Sistema Imunológico, o responsável pela defesa do organismo contra substâncias nocivas e micro-organismos patogênicos e causadores de danos à Saúde. Diversas reações imunológicas ocorrem neste órgão, graças à presença de anticorpos e várias outras células de defesa, conhecidas coletivamente como Células Imunocompetentes.

    A Microbiota Intestinal é um “superorganismo” composto por cerca de 100 trilhões de bactérias, abrangendo mais de 500 espécies diferentes. Um verdadeiro ecossistema que desempenha um papel fundamental tanto na defesa do organismo, quanto no desenvolvimento de infecções e doenças.

    Esta microbiota está situada na região mais baixa do TGIH: final do Intestino Delgado e no Cólon, a maior parte do Intestino Grosso. Esta região é revestida por uma membrana conhecida como Mucosa Intestinal, que é composta por células denominadas Enterócitos e Colonócitos.

    O Importante Papel da Mucosa Intestinal

    Uma das principais funções da Mucosa Intestinal é atuar como barreira, que impede substâncias nocivas e micro-organismos patogênicos (causadores de doenças) de entrarem na Circulação Sanguínea.

    A integridade da Mucosa Intestinal está ligada a um equilíbrio entre as Bactérias Intestinais, que é dependente de uma Nutrição Saudável de Enterócitos e Colonócitos, que são as células que compõem a Mucosa Intestinal. Portanto, a Saúde desta mucosa é determinante da Imunidade do organismo!

    Quando a Mucosa Intestinal está danificada (paredes intestinais lesadas), ocorre permeabilidade. isto é: torna-se possível a entrada de substâncias e micro-organismos patogênicos, causando Disbiose, caracterizada pelo desequilíbrio entre bactérias benéficas e prejudiciais, levando ao desenvolvimento de várias doenças, (inflamatórias intestinais, Câncer…), pela supressão do Sistema Imune.

    A Imunidade Depende da Saúde Intestinal

    O exposto acima, trona evidente que o equilíbrio entre Bactérias Benéficas e Maléficas é dependente da alimentação praticada por cada indivíduo, o que irá determinar a Integridade da Mucosa Intestinal.

    Quando a população de bactérias prejudiciais à Saúde aumenta, a Mucosa Intestinal é atacada e perde sua condição de barreira protetora. Uma Mucosa Intestinal danificada torna-se permeável, permitindo a entrada de compostos nocivos e bactérias causadoras de doenças na corrente sanguíneaIsso torna o organismo vulnerável e suscetível ao desenvolvimento de diversas doenças.

    Como Fortalecer a Imunidade do Organismo

    Como visto acima, a força do Sistema Imune depende de uma Microbiota saudável o que pode ser facilmente alcançado com a prática de uma alimentação equilibrada.

    Quando a Mucosa Intestinal perde sua condição de barreira natural, o Sistema Imune se enfraquece e o organismo torna-se vulnerável a desenvolver infecções, doenças, intolerâncias e alergias alimentares. Logo. a Imunidade do organismo necessita da prática de uma Alimentação Saudável. 

    Para reverter o desequilíbrio entre as bactérias intestinais, é essencial restabelecer a Saúde da Microbiota Intestinal, o que pode ser facilmente obtido prática de uma Alimentação Saudável e rica em Alimentos Probióticos (como os Lactobacillus) e Fibras Prebióticos (como o Amido Resistente).

  • Deficiência de Vitamina K ou Hipovitaminose K

    Deficiência de Vitamina K ou Hipovitaminose K é uma condição rara em dietas alimentares, que pode se desenvolver, mais frequentemente, após tratamentos prolongados com uso de antibióticos.

    Os recém-nascidos correm um risco de apresentar Deficiência de Vitamina K, quando não recebem esta vitamina, em quantidades suficientes antes do nascimento, por sua reduzida transferência através da placenta da mãe. Além disso, o organismo do bebê, ao nascer, é imaturo para sintetizar esta vitamina.

    Por que Evitar a Deficiência de Vitamina K

    Vitamina K ou Naftoquinona pertence ao grupo das Vitaminas Lipossolúveis e sua importância ara o organismo está associada ao Metabolismo ósseo e à Saúde do Sistema Vascular ou Circulatório.

    A principal função da Vitamina K no organismo é promover a regulação dos processos fisiológicos da Coagulação do Sangue. Por isso, a Deficiência de Vitamina K dificulta o estancamento de hemorragias.

    1. Principal Manifestação da Deficiência de Vitamina K

    Deficiência de Vitamina K é rara em adultos, mas pode se manifestar como Doença Hemorrágica do Recém-nascido, caracterizada por uma tendência à hemorragia, apresentada por alguns bebês, devido:

    1. Aporte Inadequado da Mãe: a gestante não forneceu Vitamina K suficiente, durante a gestação;
    2. Primeiros Dias: ainda não há bactérias suficientes no Intestino do bebê para síntese da Vitamina K;
    3. Bebês Sob Aleitamento Exclusivo: o Leite Materno é uma fonte muito fraca em Vitamina K;
    4. Fígado do Bebê: imaturo para produzir Fatores de Coagulação do Sangue em concentração suficiente.

    Dessa forma, a Doença Hemorrágica do Recém-nascido é a principal manifestação da Deficiência de Vitamina K. Para prevenção desta doença, deve-se administrar uma injeção de Vitamina K em recém-nascidos.

    Doença Hemorrágica do Recém-nascido pode se manifestar entre o 1° e o 7° dia após o nascimento.

    Contudo, há ainda a Doença Hemorrágica Tardia que pode se manifestar entre o 1° e o 3° meses após o nascimento, produzindo os mesmos sintomas da Doença Hemorrágica do Recém-nascido.

    Os principais sintomas são as hemorragias acompanhadas de vômitos que podem ser observadas em:

    1. Pele;
    2. Nariz;
    3. Alguma ferida;
    4. Estômago;
    5. Cicatriz Umbilical.

    Podem ser observadas as presenças de Sangue em:

    1. Urina;
    2. Fezes.

    Em casos mais graves pode ocorrer hemorragia cerebral com risco de sequelas neurológicas e de morte.

    2. Bebês Mais Propensos à Deficiência de Vitamina K

    Apresentam maior risco de hemorragia e Deficiência de Vitamina K ao nascer:

    1. Prematuros tardios: bebés nascidos antes das 37 semanas da gestação, com parto complicado;
    2. Uso de Fármacos durante a gravidez: anticonvulsivantes, anticoagulantes, tuberculostaticos.

    3. Prevenção e Tratamento deste Tipo de Hipovitaminose K

    A Deficiência de Vitamina K deve ser prevenida entre os recém-nascidos, uma vez que este é o público mais propenso a apresentar esta hipovitaminose. Por isso, imediatamente após o seu nascimento, o bebê é observado com extremo cuidado, para execução de medidas assistenciais preventivas importantes, como:

    1. Desobstrução das vias aéreas superiores;
    2. Avaliação da vitalidade;
    3. Estado Geral: descarte de eventuais malformações e problemas que exijam uma atuação imediata;
    4. Profilaxia da Doença Hemorrágica do Recém-nascido: na primeira hora após o seu nascimento, em bebés nascido a termo e em bebés prematuros é administrada Vitamina K, através de injeção em dose única intramuscular, aplicada na coxa do bebé.

    Este procedimento pode ser realizado com o recém-nascido nos braços da mãe, enquanto se beneficia do conforto e do calor proporcionado pelo aconchego do corpo materno, através do contato pele a pele.

  • Desmond Tutu

    Desmond Mpilo Tutu nasceu em Klerksdorp, 7 de outubro de 1931, sendo o primeiro negro a ocupar o cargo de Arcebispo da Cidade do Cabo, e também o Primaz da Igreja Anglicana da África Austral entre 1986 e 1996. Aos 12 anos de idade, sua família mudou-se para Johannesburgo. Estudou na Pretoria Bantu Normal College entre 1951 e 1953, quando foi para a Escola Normal de Joahannesburgo. Depois foi para a King’s College de Londres onde adquiriu bacharelato em Teologia.

    Em 1975, se tornou o primeiro negro a ser nomeado deão da catedral de Santa Maria, em Johannesburgo. Após ser sagrado Bispo, dirigiu a diocese de Lesoto de 1976 a 1978, ano em que se tornou secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul. Sua proposta para a sociedade sul-africana incluía direitos civis iguais para todos; abolição das leis que limitavam a circulação dos negros; um sistema educacional comum; e o fim das deportações forçadas de negros.

    Recebeu o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos Estados Unidos (EUA), do Reino Unido, do Brasil e da Alemanha. Em 1996 presidiu a Comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul após a extinção do apartheid. Esta comissão tem poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime. Em 1997 divulgou o relatório final da comissão, que acusa de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano quanto as organizações que lutavam contra o apartheid na África do sul. Atualmente é membro do comitê de patrocínio da Coordenação internacional para o Decênio da cultura da não-violência e da paz.

    Ao lado de Nelson Mandela, Desmond Tutu foi uma das figuras centrais do movimento contra o Apartheid. Tutu iniciou centenas de protestos em locais públicos contra o governo sul-africano, mesmo assumindo posições altas no clero africano, Tutu continuou a lutar contra a Segregação Racial em seu país. Como reconhecimento por seus esforços para promover a igualdade na África do Sul, Desmond Tutu recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1984. Recebeu outros três prêmios internacionais por seu trabalho pela igualdade entre as raças: Prêmio Albert Schweitzer em 1986; Prêmio Gandhi da Paz em 2005; Medalha Presidencial da Liberdade em 2009; Prémio Internacional Catalunha em 2014; também já foi condecorado Capelão da Ordem de São João pela Rainha Isabel II em 1995.

  • Detoxificação Hepática

    Detoxificação Hepática é o nome dado ao conjunto de processos executados pelo Fígado (órgão central do Metabolismo) para inativação e eliminação de substâncias tóxicas (pesticidas, fertilizantes, agrotóxicos, poluentes do ar, aditivos alimentares, drogas e álcool) do organismo. na retirada de substâncias tóxicas do organismo.

    A Detoxificação consiste no trabalho executado pelo Fígado para viabilizar a retirada de substâncias tóxicas do organismo. Essas substâncias, conhecidas como xenobióticos, podem ser encontradas em água, ar e alimentos, e caso não sejam eliminadas do organismo serão responsáveis por problemas generalizados, que vão desde dificuldade em emagrecer, acne, infecções, depressão e muitas doenças.

    O Fígado filtra as substâncias tóxicas do Sangue e realiza seu processo de detoxificação em duas fases. Na Fase 1 ocorre uma biotransformação para a inativação dessas toxinas e a Fase 2 é responsável por transformar os produtos formadas pela Fase 1 em moléculas passíveis de serem eliminadas do organismo, através da Pele (suor), dos Rins (urina) e dos Pulmões.

    A capacidade de Detoxificação Hepática é influenciada pelo tipo de alimentação praticada, estilo de vida, atividade física, meio ambiente, carga tóxica, uso de medicamentos, polimorfismos genéticos, idade, gênero e produção hormonal. O bom funcionamento desse processo evita uma maior carga de toxinas e um possível desenvolvimento de alguma doença crônica.

    É o nome dado ao conjunto de processos executados pelo Fígado (órgão central do Metabolismo) para inativação e eliminação de substâncias tóxicas (pesticidas, fertilizantes, agrotóxicos, poluentes do ar, aditivos alimentares, drogas e álcool) do organismo.

  • Dirk J. Louw

    Psicólogo clínico da província de Limpopo e ex-professor de Filosofia da University of the North, na África do Sul. Estudou na Universidade de Utrecht (Holanda),  Universidade da África do Sul e Stellenbosch University, também na África do Sul. É pesquisador da Universidade de Joanesburgo, do Centro de Ética Aplicada da Stellenbosch University e membro do Institute of Transpersonal Psychology.

    Dirk J. Louw é membro fundador da South African Philosopher Consultants Association, ex-membro do comitê executivo da Sociedade Filosófica da África do Sul e ex-editor do South African Journal of Philosophy. Entre suas publicações, destacamos seu livro Ubuntu and the Challenges of Multiculturalism in Post-Apartheid South Africa (Center for Southern Africa, Utrecht University, 2001) e seu artigo Ubuntu: An African Assessment of the Religious Other, presented at the Twentieth World Congress of Philosophy, Boston, USA, August, 1998.

  • Disbiose: Desequilíbrio da Microbiota Intestinal

    Disbiose é o desequilíbrio da Microbiota Intestinal, que ocorre quando o número de Bactérias Maléficas (causadoras de doenças) supera o número de Bactérias Benéficas (protetoras da Saúde).

    Quando a população de bactérias prejudiciais à Saúde aumenta, a Mucosa Intestinal é atacada e se torna permeável, perdendo sua seletividade e a condição de barreira protetora da Saúde intestinal. 

    Quando a Mucosa Intestinal é danificada, torna-se permeável, permitindo a entrada de compostos nocivos e bactérias causadoras de doenças na corrente sanguíneaIsso torna o organismo vulnerável e suscetível ao desenvolvimento de diversas doenças.

    O Papel da Mucosa Intestinal na Disbiose

    O Intestino Humano constitui o maior órgão de defesa do organismo, sendo responsável pela ocorrência de diversas Reações Imunológicas. Isso acontece graças à presença de:

    1. Anticorpos: como a Imunoglobulina A Secretora;
    2. Células de defesa: que compõem o Sistema Imunológico;
    3. Microbiota Intestinal: as bactérias da Flora Intestinal, que são abrigadas neste órgão.

    1. Importância da Saúde da Mucosa Intestinal

    Microbiota Intestinal ou Flora Intestinal é formada por cerca de 100 trilhões de micro-organismos abrangendo mais de 500 espécies diferentes com restrição para alguns gêneros de Bactérias.

    Esta população de bactérias atua como um “superorganismo”, que desempenha um papel crucial, tanto na Saúde do organismo todo, quanto no desenvolvimento de diversas doenças.

    Este superorganismo que é a Microbiota é revestida pela Mucosa Intestinal, que é formada por:

    1. Enterócitos: as células do Intestino Delgado; e
    2. Colonócitos: as células do Cólon, que é a maior parte do Intestino Grosso.

    Uma das principais funções da Mucosa Intestinal é atuar como uma barreira, que impede moléculas e micro-organismos patogênicos (causadores de doenças) de entrarem na Circulação Sanguínea.

    Logo, a Integridade da Mucosa Intestinal é fundamental tanto para a Saúde Intestinal, quanto para que o Sistema Imunológico se fortaleça, o que irá beneficiar a Imunidade do organismo todo.

    2. Microbiota Intestinal e Integridade da Mucosa Intestinal

    A Integridade da Mucosa Intestinal está ligada a um equilíbrio entre bactérias intestinais benéficas e maléficas, que é totalmente dependente de uma Nutrição saudável e adequada das células que formam esta mucosa, os Enterócitos e os Colonócitos. 

    Alimentação de má qualidade prejudica a Saúde e afeta a Integridade de Enterócitos e Colonócitos.

    A falta de Saúde de Enterócitos e Colonócitos compromete o ambiente intestinal. Isso leva à proliferação de bactérias nocivas, causadoras de danos nestas células, que são as formadoras da Mucosa Intestinal.

    Os danos causados na Mucosa Intestinal prejudicam:

    1. Seu desempenho: como barreira de defesa;
    2. O Intestino Grosso: tornando o órgão vulnerável ao surgimento de infecções e diversas doenças.

    3. Mucosa Intestinal Danificada Leva à Disbiose

    Quando a Mucosa Intestinal está danificada e apresenta suas paredes intestinais lesadas, o que pode ser observado na imagem inicial deste post, haverá permeabilidade intestinal.

    Esta permeabilidade torna possível a entrada de substâncias tóxicas ou nocivas e de micro-organismos patogênicos ou que são causadores de doenças, caracterizando uma Disbiose.

    Portanto, a Disbiose é caracterizada pelo desequilíbrio entre bactérias benéficas e prejudiciais à Saúde.

    Permeabilidade intestinal que acarreta desequilíbrio da Microbiota Intestinal leva ao desenvolvimento de:

    1. Doença de Chron;
    2. Doença Inflamatória Intestinal Crônica;
    3. Câncer;
    4. Transtornos do Humor;
    5. Depressão;
    6. E muitas outras doenças: pela supressão do Sistema Imunológico.

    Como Prevenir e Combater a Disbiose?

    O equilíbrio entre Bactérias Benéficas e Maléficas, no Intestino, determina a Saúde da Mucosa Intestinal.

    Assim sendo, o tratamento da Disbiose é totalmente dependente do reequilíbrio da alimentação praticada pelo indivíduo e será determinante da Saúde Intestinal e da força do seu Sistema Imune. 

    Portanto, a Imunidade do organismo necessita da prática de uma Alimentação Saudável e rica em Alimentos Probióticos, como os Lactobacillus, e Prebióticoscomo o Amido Resistente.

  • Dislipidemias

    Também conhecidas como Hiperlipidemias, referem-se ao aumento dos níveis de gorduras (lipídios) no sangue, principalmente, do colesterol (Hipercolesterolemia) e dos triglicerídios (Hipertrigliceridemia).

  • Diverticulite

    É o nome dado à inflamação caracterizada principalmente por bolsas e quistos pequenos e salientes, na parede interna do Intestino, formando os chamados “divertículos’. A presença de divertículos no trato digestivo é chamada de Diverticulose.

    Os divertículos, apesar de poderem ser formados em qualquer parte do Trato Digestório, como Esôfago, Estômago e Intestino Delgado, são mais comumente encontrados no Intestino Grosso.

    A presença de divertículos no organismo pode se tornar comum, após os 40 anos de idade. Contudo, só representarão problemas caso se tornem inflamados ou infeccionados.

  • Endorfina

    Endorfina é um neuro-hormônio que, ao ser liberado produz sensação de bem-estar e tranquilidade, capaz de inibir o estresse e promover alterações comportamentais benéficas.

    A denominação origina-se de endo = interno e morfina = analgésico: um analgésico produzido pelo corpo.

    Por tratar-se de um Analgésico Natural, ao ser produzida e liberada, a Endorfina produz sensação de bem-estar e tranquilidade, capaz de inibir o estresse e promover alterações comportamentais benéficas.

    Descoberta da Endorfina: o Hormônio do Bem-estar

    Estudos realizados na década de 1970, demonstraram a existência de substâncias quimicamente semelhantes aos Peptídeos Opiáceos, que eram produzidas no cérebro, uma dessas substâncias era a Endorfina.

    Peptídeos Opiáceos são substâncias com propriedades fisiológicas semelhantes aos derivados do Ópio, como Morfina e Codeína, cujo uso indevido e contínuo pode levar à dependência química e sintomas de abstinência.

    Os Opiáceos estão incluídos na classe dos opioides um grupo de fármacos que atuam nos receptores opioides neuronais, produzindo ações de insensibilidade à dor (analgesia) e são usados principalmente na terapia da dor crônica e da dor aguda de alta intensidade. Produzem em doses elevadas euforia, estados hipnóticos e dependência e alguns (morfina e heroína) são usados como droga recreativa de abuso.

    Desde então, diversos Estudos sobre a Endorfina, vêm sendo realizados, em sua maioria com animais, fazendo com que muitas dúvidas ainda persistam.

    Principais Caraterísticas da Endorfina

    Por enquanto, sabe-se com certeza que a Endorfina:

    1. É um potente analgésico e, ao ser liberada, promove sensação de bem-estar, bom humor e alegria;

    2. É produzida e liberada pela Glândula Hipófise, em um processo que ocorre durante e depois da prática de atividade física, tanto aeróbica quanto anaeróbica, para levar ao aumento de sua concentração;

    3. Provoca um estado de plenitude experimentado por praticantes regulares de atividade física;

    4. É obtida a partir de um mecanismo provocado pela adaptação do corpo ao exercício praticado: esse neuro-hormônio vai sendo liberado, gradualmente, desde o início da atividade física, sendo que, em determinado momento, sua produção atinge um limiar, tornando sua ação perceptível, através de uma sensação de bem-estar, que persiste mesmo depois de terminada a prática do exercício.

    5. Começa a ser liberada mais intensamente a partir de um tempo indeterminado de exercício executado;

    6. Pode ter seus efeitos sentidos até 1 ou 2 horas após sua liberação, segundo certos Estudos, porém há Pesquisas que demonstraram aumento de suas dosagens até 72 horas após a prática do exercício físico;

    7. Atua sobre áreas cerebrais moduladoras da dor: isso foi demonstrado por Estudos recentes.

    Aplicações Terapêuticas da Endorfina

    Estudos recentes demonstram que a Endorfina pode exercer um efeito sobre áreas cerebrais responsáveis pela modulação da dor. Por isso, diversos recursos utilizados nos tratamentos e reabilitação de dores e lesões realizados pela Fisioterapia se baseiam na liberação de Endorfina para a promoção de analgesia.

    Pelo que foi descoberto até o momento, entre os principais empregos terapêuticos da Endorfina, encontram-se:

    1. Recursos utilizados em Fisioterapia

    A Fisioterapia utiliza diversos recursos em tratamentos e reabilitação de dores e lesões, como a TENS: Eletroestimulação Neural Transcutânea, para a promoção de analgesia com melhora da dor.

    2. Recursos utilizados em Acumpultura

    Alguns pesquisadores demonstram que a Acupuntura promove analgesia periférica. Acredita-se que parte do potencial da Acupuntura em aliviar dor, deva-se ao estímulo de liberação de Endorfina.

    Essa analgesia periférica é devido aos peptídeos opioides circulantes, que alcançam a área onde há inflamação, e atuam em receptores opioides presentes nas terminações nervosas sediadas, principalmente, nas regiões das articulações.

    Um exemplo disso é quando uma pessoa é picada por um inseto, aparecendo dor, inflamação e coceira no local, e ao coçar a região atingida com a unha causa uma micro-inflamação e, em seguida, ocorre diminuição dessa coceira.

    Uma vez estimulados pelas agulhas nos terminais nervosos (“pontos”) é gerado um impulso para aumentar a liberação de neurotransmissores no complexo supressor de dor, produzindo-se efeito analgésico na região cerebral. Além disso, há liberação de Endorfina no local inflamado.

  • Energias Vazias ou Calorias Vazias

    Energias Vazias também conhecidas como Calorias Vazias, é uma expressão utilizada para aqueles alimentos que, quando consumidos geram grande quantidade de Calorias, porém são pobres em Nutrientes ou não os contêm. Isto é: fornecem Energia, mas não nutrem as células do organismo.

    Geralmente, são alimentos ricos em Carboidratos de rápida assimilação, que por serem assimilados com grande rapidez, geram altas doses de energia em curto tempo, provocando “picos na secreção de Insulina pelo Pâncreas, mas desprovidos de Fibras e Micronutrientes: Vitaminas, Sais Minerais e Fitoquímicos.

    Alimentos Considerados Energias Vazias

    A lista destes alimentos é representada, em grande parte, por Alimentos Ultraprocessados, como:

    1. Refrigerantes
    2. Sucos de caixinha
    3. Sucos naturais de fruta: muito ricos em frutose
    4. Bebidas alcoólicas,
    5. Bombons e caramelos
    6. Doces, balas e pirulitos
    7. Produtos de panificação: pães, bolos, bolachas e biscoitos
    8. Produtos de confeitaria: açucarados e gordurosos
    9. Salgadinhos de pacotes
    10. Macarrão instantâneo
    11. Sorvetes e picolés

    Esses alimentos são considerados produtos alimentícios” e contribuem para aumentar o estoque de gordura corporal. É importante lembrar que toda energia ingerida em excesso é estocada sob forma de Triglicerídios. Isto é: como Gordura CorporalPortanto, engordam e não trazem benefícios para a Saúde!

    De modo geral, este tipo de produtos alimentícios são muito ricos em:

    1. Farinhas ricas em Amidoo que leva ao aumento da Glicemia e de gordura corporal;
    2. Gorduras modificadas pela indústria: que não são reconhecidas pelo organismo;
    3. Amidos e Açúcares modificados pela indústria: carboidratos altamente assimiláveis;
    4. Aditivos químicos: utilizados para melhorar sabor, textura e aparência.

    Efeitos Fisiológicos pelo Consumo de Energias Vazias

    Este tipo de alimento deve ter o consumo reduzido e reservado aos feriados, dias festivos e datas comemorativas. Isto é, não estão proibidos, para aqueles que os apreciam, mas é preciso muito bom senso e moderação para consumi-los, pois podem interferir negativamente na Saúde, por:

    1. Prejudicarem os mecanismos indicadores de fome e saciedade;
    2. Favorecerem o acúmulo de gordura corporal;
    3. Favorecerem desenvolvimento de alergias e intolerâncias alimentares;
    4. Prejudicarem o funcionamento dos rins;
    5. Sobrecarregarem o funcionamento hepático;
    6. Causarem distúrbios estomacais e intestinais;
    7. Favorecerem o surgimento de doenças carencias, como Anemias e Desnutrição;
    8. Favorecerem o desenvolvimento de Diabetes, Hipertensão e certos tipos de Câncer;
    9. Favorecerem o ganho de peso e a Obesidade.

    Energias Vazias e Consequências para a Saúde

    Como consequência do consumo frequente deste tipo de produtos alimentícios, ricos em gorduras, sódio, farináceos, açúcar e aditivos químicos, a alimentação torna-se “engordativa” e:

    1. Desvitalizada: pelo uso de técnicas de refinamento, processamentos a altas temperaturas e pressões, e uso de métodos químicos que contribuem para a perda de seus nutrientes originais.
    2. Desnaturalizada: há modificação da estrutura natural do alimento, originando diversas substâncias que, quando metabolizadas pelo organismo levam ao esgotamento de suas reservas energéticas.
    3. Intoxicante: alimentação rica em aditivos químicos, que levam à sobrecarga do fígado e ao acúmulo de toxinas no organismo, o que induz ao cansaço crônico, à baixa concentração e à improdutividade.
    4. Potencialmente alergênica: rica em corantes, saborizantes, acidulantes e outros aditivos químicos, que tornam o corpo vulnerável a desenvolver intolerâncias e alergias alimentares.
    5. Perigosa: alimentos deficientes em minerais, vitaminas, fitoquímicos e fibras, nutrientes importantes para  a regulação do metabolismo e proteção da Saúde contra doenças crônicas.
  • Escorbuto ou Deficiência de Vitamina C

    O Escorbuto é uma doença carencial que acomete pele, gengivas, articulações e mucosas do corpo, causada pela deficiência grave de Vitamina C, também conhecida como Ácido Ascórbico.

    Esta doença, que acomete gengivas, pele, articulações e mucosas do corpo, causando hemorragias e sangramentos intensos com feridas que não cicatrizam, é causada pela deficiência grave de Vitamina C na dieta, o que impossibilita a produção do Colágeno, essencial para sustentar pele, ligamentos e cartilagens.

    O Escorbuto através dos Tempos

    Escorbuto foi uma doença bastante disseminada pelo mundo, que hoje tornou-se rara, restringindo-se às crianças de tenra idade e aos recém-nascidos. Os relatos históricos desta doença relatam que:

    1. Os Registros sobre o Escorbuto

    Os registros históricos sobre esta doença remontam a aproximadamente o ano de 1500 a.C., no Antigo Egito. Mais tarde, Hipócrates, o pai da Medicina, também descreveu esta doença.

    2. O Escorbuto na Idade Média  

    Durante a Idade Média, o Escorbuto desempenhou um importante papel em alguns conflitos. O exército de Luís IX de França foi muito afetado pela doença nos finais da 7ª Cruzada, o que evitou a conquista do Egito.

    3. O Escorbuto nos Países Nórdicos

    Esta doença foi muito conhecida e bastante registrada em países nórdicos, especialmente durante os rigorosos invernos, quando a produção de alimentos frescos sempre se tornava dificultada.

    4. A Descoberta da Prevenção do Escorbuto

    Por volta do ano de 1800, descobriu-se que esta doença poderia ser evitada, desde que se adicionasse suco de limão e repolho azedo à dieta dos marinheiros, durante as grandes embarcações. 

    Muito mais tarde, verificou-se que a verdadeira razão desta proteção contra a doença residia no fato de esses alimentos conterem grandes quantidades de Vitamina C.

    À esta época tornou-se claro que a doença podia ser facilmente prevenida e controladabastando ingerir pequenas doses diárias, através de certos alimentos, para proteger o corpo e evitar o Escorbuto.

    Sintomas Gerais da Presença de Escorbuto

    Os sintomas de Escorbuto, geralmente, começam a surgir depois de aproximadamente três meses de ingestão insuficiente de Vitamina C e envolvem sangramentos espontâneos e inflamações, destacando-se:

    1. Aparecimento de pequenas manchas vermelho-azuiladas na pele
    2. Dores em músculos e articulações
    3. Sangramento e inchaço das gengivas
    4. Inchaço com pus na língua ou nas gengivas
    5. Queda de dentes
    6. Cansaço

    As manchas iniciais partem dos folículos pilosos, onde os cabelos crescem para fora da pele. Em geral, ocorrem nas pernas e, em decorrência da fragilidade capilar, rompem-se com facilidade.

    Sem tratamento, as manchas podem crescer e se fundir umas nas outras, tornando-se grandes e escuras. Com o passar do tempo, ocorrem hemorragias, que podem atingir outras partes do corpo e até levar à morte.

    As hemorragias nas gengivas crescem, formando uma tumefação purulenta (inchaço com pus) com dores e deformações das gengivas, que levam à desestabilização e queda dos dentes.

    Prevenção e Tratamento contra Escorbuto

    Escorbuto é uma doença carencial totalmente relacionada à má alimentação, uma vez que a Vitamina C é muito abundante em hortaliças e frutas frescas que são facilmente obtidas pela população. Por isso, tanto para a prevenção quanto para o tratamento esta doença, é suficiente:

    1. Conhecer as Principais Fontes Alimentares de Vitamina C

    A Vitamina C é encontrada especialmente em frutas cítricas como limão, laranja, kiwi, tangerina, e em vegetais folhosos de cor verde escura, como brócolis, couve-flor, repolho e espinafre. Outros alimentos incluem: azeitonas, tomate, pimentão verde, goiaba, melancia, mamão, morango, manga, mel.

    2. Incluir os Alimentos Ricos em Vitamina C na Dieta

    A Vitamina C é um nutriente essencial, também conhecido como Ácido Ascórbico. Por isso, alimentos ricos em Vitamina C são considerados antiescorbúticos e devem estar presentes na alimentação diária.

  • Essencialidade de Nutrientes ou Nutrientes Essenciais

    Essencialidade de Nutrientes:os alimentos contêm vários compostos orgânicos que são essenciais ao crescimento, ao desenvolvimento, à Saúde e à sobrevivência do organismo humano”.

    Este conceito de Nutrientes Essenciais foi firmado por volta de 1915, a partir das observações de que certas doenças presentes em populações que consumiam dietas nutricionalmente pobres, poderiam ser prevenidas pela incorporação de determinados alimentos a estas dietas. 

    Os cientistas observaram também que a incapacidade para se desenvolver e sobreviver apresentada por animais alimentados com dietas restritas em certos alimentos, poderia ser revertida pela inclusão à dieta desses animais de “outros alimentos” ou de algum extrato daqueles “outros alimentos”.

    Evolução do Conceito de Essencialidade de Nutrientes

    A partir das observações anteriores, surgiram os conceitos de Nutrientes Essenciais e Não Essenciais:

    1. Nutrientes Essenciais ou Indispensáveis  

    Os componentes presentes nos alimentos que eram capazes de prevenir ou reverter os problemas de Saúde e as doenças observadas foram classificados como Nutrientes Essenciais ou Indispensáveis à vida.

    Tornou-se evidente ainda para os cientistas que os Nutrientes Essenciais deveriam estar presente na alimentação dos animais, deixando bastante claro que o organismo do animal não era capaz de sintetizá-los.

    2. Nutrientes Não Essenciais ou Dispensáveis  

    Componentes alimentares que podiam ser eliminados da dieta sem causar interrupção do crescimento ou sinais específicos de doenças foram classificados como Nutrientes Não Essenciais ou Dispensáveis.

    Esta classificação foi muito útil na década de 1950, para: tratamento de doenças por deficiências nutricionais; orientações nutricionais para o público em geral; e para estabelecer a regulamentação de políticas de alimentação. Todavia, com o aumento das informações, esta classificação tornou-se limitada.

    3. Nutrientes Condicionalmente Essenciais

    À medida que surgiam novidades, verificou-se que certos Nutrientes Essenciais eram sintetizados a partir de precursores e que as interações entre alguns nutrientes da dieta influenciavam a necessidade de outros. 

    Descobriu-se que em determinados condições fisiológicas, defeitos genéticos e estados patológicos, a capacidade de o organismo sintetizar vários Nutrientes Não Essenciais tornava-se prejudicada, sendo preciso incluir uma fonte dietética para suprir as necessidades nutricionais do organismo.      

    Estas novas informações mostraram que a Classificação dos Nutrientes em vigor até ali deveria incluir uma nova categoria, surgindo o conceito de Nutrientes Condicionalmente Essenciais.

    4. Nutrientes Funcionais ou Nutrientes Bioativos

    Atualmente, a Ciência reconhece que as escolhas alimentares de um indivíduo tanto podem proteger e blindar seu organismo contra doenças crônicas, quanto podem ser o gatilho para que as desenvolva.

    Os Estudos Científicos que relacionam dieta e desenvolvimento de doenças evoluíram muito a partir da década de 1980, com o advento dos Alimentos Funcionais e o surgimento da Nutrição Funcional em 1990. Eis que surge outra categoria dentro da Classificação de Nutrientes: os Nutrientes Funcionais.

    Os Critérios de Essencialidade de Nutrientes

    Os critérios para estabelecer a condição de um constituinte do alimento ser ou não essencial estavam implícitos nos tipos de pesquisas que forneceram as bases para o conceito de Essencialidade de Nutrientes. Mais tarde, estes critérios foram detalhados com maiores detalhes e são listados a seguir:

    1. O Nutriente deve ser: necessário para crescimento, desenvolvimento, Saúde e sobrevivência.

    2. A ausência do Nutriente na dieta: ou sua ingestão inadequada deve resultar em sinais característicos de alguma doença por deficiência (carencial) ou em última instância, em morte.

    3. A Falha no crescimento e os Sinais característicos de deficiência: devem ser prevenidos apenas pelo Nutriente ou um seu precursor específico e não por outras substâncias.

    4. Abaixo de um determinado nível crítico: do Nutriente, a resposta do crescimento e a gravidade dos sinais de deficiência são proporcionais à quantidade ingerida.

    5. Nutriente não sintetizável: pelo organismo, sendo essencial para funções críticas ao longo da vida.

    Classificação Coforme a Essencialidade de Nutrientes

    A partir de 1920, à medida que o conhecimento das necessidades nutricionais se expandia, os nutrientes foram sendo classificados de acordo com sua essencialidade. Por volta de 1950, demonstrou-se que cerca de 35 nutrientes atendiam aos critérios de Essencialidade de Nutrientes.

    Os Nutrientes Essenciais para humanos, cujas ingestões recomendadas são conhecidas atualmente:

    1. Aminoácidos: Isoleucina, Leucina, Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina, Triptofano e Valina.

    2. Vitaminas: A, C, D, E, K, B1, B2, B3, B4, B6, B8, B9, B12.

    3. Ácidos Graxos: as Séries Ômega 3 e ômega 6.

    4. Macrominerais: Cálcio, Enxofre, Fósforo e Magnésio.

    5. Microminerais: Ferro, Zinco, Cobre, Manganês, Iodo, Selênio, Molibdênio e Cromo.

    6. Eletrólitos: Cloreto, Potássio e Sódio.

  • Estado Nutricional

    É a medida do Grau de Equilíbrio entre a ingestão e a necessidade de Nutrientes. O Estado Nutricional é influenciado por diversos fatores, dentre os quais:

    Capacidade de consumir e aproveitar Nutrientes adequadamente: Condições Metabólicas;
     Comportamento Alimentar;
     Condições Sociais e Econômicas;
     Influências Culturais;
     Alteração do Apetite;
     Estresse Fisiológico;
     Processos Crônicos ou Agudos de doenças;

     Estados Especiais como: Crescimento e Desenvolvimento, Gestação e Aleitamento, Velhice;
     Estresse Psicológico.

    O Estado Nutricional Ideal é alcançado por meio de um consumo adequado e suficiente de Nutrientes, que promove crescimento e desenvolvimento, atendendo às necessidades diárias do organismo e prevenindo possíveis agravos à Saúde e o aparecimento das Doenças Crônicas, tão comuns e frequentes na Sociedade Contemporânea.

  • Fatores Antinutricionais ou Antinutrientes

    Fatores Antinutricionais ou Antinutrientes são uma classe de compostos presentes em uma variedade de alimentos de origem vegetal que, quando consumidos, reduzem o valor nutricional desses alimentos.

    Estas substâncias interferem na Digestibilidade, Absorção e Utilização dos Nutrientes presentes.

    Quando ingeridos em alta concentração ou com frequência, os Fatores Antinutricionais podem acarretar danos à Saúde de seus consumidores, destacando-se:

    1. Diminuir significativamente a biodisponibilidade de Aminoácidos Essenciais e Minerais;
    2. Causar irritações e lesões nas Mucosas Gástrica e Intestinal;
    3. Interferir na seletividade e na eficiência dos Processos Fisiológicos.

    Origem dos Fatores Antinutricionais

    As plantas, como todo ser vivo, precisam se proteger contra os perigos dos predadores. Diferentemente dos animais, os vegetais são seres naturalmente sedentários: não podem correr ou se esconder e proteções físicas, como as gavinhas e os espinhos, nem sempre conseguem deter certos herbívoros.

    Por isso, as plantas desenvolveram seu próprio Sistema de Defesa. Trata-se de um mecanismo passivo de defesa, cujo papel protetor é desempenhado por diversas substâncias químicas, que atuam de maneira muito eficiente contra as ações herbicidas e os ataques de fungos e bactérias.

    Boa parte destas substâncias são benéficas para a Saúde e desempenham funções antioxidantes e anti-inflamatórias, dentre outras. Por isso, são denominadas coletivamente de Nutrientes Bioativos.

    Por outro lado, dentre estas substâncias de defesa das plantas, há uma série que pode desencadear efeitos tóxicos no organismo humano, quando os alimentos que os contêm são consumidos. Por isso, este tipo de substâncias foi denominado coletivamente de Fatores Antinutricionais ou Antinutrientes, pois diminuem a biodisponibilidade de Nutrientes e irritam o Intestino, prejudicando a Saúde Humana.

    Principais Classes de Fatores Antinutricionais

    Conhecer sobre os Fatores Antinutricionais presentes em alimentos é de grande utilidade, uma vez que estes compostos afetam o teor nutricional das hortaliças ingeridas, prejudicando o aproveitamento de nutrientes importantes para a Saúde, como Aminoácidos, Vitaminas e Minerais.

    Entre os alimentos mais ricos em Fatores Antinutricionais estão os Grãos de Cereais, Pseudocereais e Leguminosas, sendo que as classes mais comuns destes compostos são listadas a seguir:

    1. Fitatos

    Os Fitatos são sais do Ácido Fítico, cuja presença no alimento gera formação de complexos insolúveis com Cálcio, Magnésio e Zinco, inibindo sua absorção; inibem também a atuação de Enzimas Digestivas, como Pepsina, Pancreatina e  α–amilase, reduzindo a biodisponibilidade de Aminoácidos Essenciais.

    Ácido Fítico é a forma utilizada pelas plantas para armazenar o fósforo, que se torna componente natural para alimentos ricos em fibras insolúveis, como: Cereais, Pseudocereais, Frutos Oleaginosos e Leguminosas.

    Apesar de os Fitatos serem considerados Fatores Antinutricionais, alguns Estudos demonstram suas atuações como Nutriente Bioativo, com Ação Antioxidante:

    1. Reduzindo os radicais livres e a peroxidação das membranas celulares;
    2. Prevenindo a calcificação de artérias e protegendo o Sistema Cardiovascular;
    3. Reduzindo a digestibilidade do amido, auxiliam no controle glicêmico em diabéticos.
    4. Prevenindo intoxicações graves por metais, por inibir sua absorção intestinal.
    5. Prevenindo a formação de Cálculos Renais, por sua potente ação como inibidor da formação de Oxalato de Cálcio e Cristais de Cálcio (principais substâncias formadoras de cálculos renais), uma vez que Fitatos diminuem a absorção intestinal de cálcio.

    O fato de Fitatos atuarem tanto como Fatores Antinutricionais quanto como Fitonutrientes, exercendo diversos efeitos benéficos para a Saúde, faz com que a estratégia dietética mantenha equilíbrio na ingestão.

    2. Oxalatos

    Os Oxalatos são sais do Ácido Oxálico, cuja presença no alimento leva à formação de Oxalato de Cálcio no organismo. Este sal é insolúvel na urina e se precipita, aumentando o risco de formação de cálculos (pedras) nos Rins. Isso diminui a biodisponibilidade do Cálcio para a realização de numerosos processos fisiológicos essenciais. O Ácido Oxálico está presente em: Espinafre, Agrião, Beterraba e Inhame.

    3. Nitritos e Nitratos 

    Os Nitritos e Nitratos estão presentes em todas as plantas, nas quais são fontes essenciais de Nitrogênio para o seu crescimento normal. No ser humano, os Nitratos interferem no metabolismo da Vitamina A e nas funções da glândula Tireoide. Estes sais sofrem reações químicas dentro do organismo, originando  compostos potencialmente cancerígenos. Os Nitratos estão muito presentes em Hortaliças Verdes Folhosas, que contribuem com mais de 70% do total deste sal ingerido.

    Nitritos e Nitratos estão muito presentes ainda em Alimentos Ultraprocessados, nos quais estes sais são adicionados como conservantes em produtos cárneos (embutidos), peixes e aves processados e defumados.

    4. Taninos

    Os Taninos são Polifenóis que podem reduzir a digestibilidade de Proteínas, Carboidratos e Minerais, por diminuir a atividade de Enzimas Digestivas, causando danos à Mucosa Gastrintestinal e exercendo efeitos tóxicos sistêmicos. Taninos de Frutas Vermelhas agem como Antinutrientes, mas os de Leguminosas e Quinoa reagem produzindo alteração de cor e sabor, interferindo também na aceitabilidade do alimento.

    5. Saponinas

    As Saponinas são compostos de sabor amargo que atuam como um revestimento natural, presentes nas camadas mais externas de grãos, protegendo-os contra pássaros e insetos. Essas substâncias são encontradas especialmente em Leguminosas e Pseudocereais, em especial, na Quinoa.

    6. Glicosídeos Cianogênicos

    O Ácido Cianídrico (HCN) está presente nas plantas, ligado a carboidratos, formando os chamados Glicosídeos Cianogênicos. Estes compostos são encontrados nas sementes de frutos, como pera, maçã, pêssego, cereja, nas raízes de mandioca, nas sementes de linhaça e nos grãos jovens de sorgo. O efeito tóxico do Ácido Cianídrico é liberado quando ocorre a ruptura destes alimentos, durante o pré-preparo.

    Plantas Cianogênicas, como o caso da Mandioca, apresentam compostos contendo o HCN e enzimas distribuídas em concentrações variáveis nas suas diferentes partes. A ruptura da estrutura celular da raiz, ativa as enzimas que degradam os Glicosídeos, liberando o HCN. Este é o princípio tóxico da Mandioca e representa perigo para a Saúde, podendo advir sintomas de intoxicação e, a depender da quantidade e tipo de alimento ingerido, pode ocorrer casos extremos de envenenamento.

    7. Lectinas

    As Lectinas são proteínas que se ligam a Carboidratos, na superfície dos Eritrócitos (as células vermelhas do Sangue). Ocorre aglutinação com formação de precipitados, o que provoca deficiência dos Nutrientes aglutinados. A toxicidade das Lectinas é conhecida por sua capacidade de aglutinar Eritrócitos, mas podem agregar outras células e sua ligação nas paredes da Mucosa Intestinal resulta em lesões e redução na absorção de Nutrientes. Estas proteínas estão presentes em Leguminosas, Cereais e Pseudocereais, em especial, a Quinoa. Entre os efeitos danosos causados ao organismo humano tem-se:

    1. Perda de peso
    2. Desnutrição
    3. Inibição do crescimento 

    8. Inibidores Enzimáticos

    Os Inibidores Enzimáticos desempenham papel de proteção da planta contra o ataque de insetos e de fungos. Os alimentos mais ricos nestes inibidores são: Pseudocereais, Cereais e LeguminosasDepois de ingeridos nos alimentos, atuam inibindo a ação de Enzimas Digestivas; os mais conhecidos são:

    1. Inibidores das Enzimas Proteolíticas: Tripsina, Quimiotripsina
    2. Inibidores de Enzimas Amilolíticas: α-amilase

    Fatores Antinutricionais e o Efeito do Processamento

    Conhecer sobre os efeitos oriundos de Fatores Antinutricionais de alimentos, evidencia a necessidade de inativação ou a minimização destes componentes, para melhorar o aproveitamento de seus nutrientes.

    Embora estes compostos estejam presentes em quantidades significativas nos alimentos, diversos Estudos Científicos demonstram que é possível inativá-los ou reduzi-los a níveis seguros para a Saúde, com o uso de técnicas adequadas tanto no processamento industrial, quanto no preparo doméstico dos alimentos.

    Entre os melhores métodos utilizáveis no processamento doméstico, tem-se:

    1. Maceração por Demolho seguida de Cozimento: é um método eficiente, prático e de fácil aplicação;

    2. Germinação: é um tratamento sensível e econômico que resulta em produto natural. Este processo elimina ou inativa Fatores Antinutricionais e aumenta a digestibilidade de proteínas e amidos em Leguminosas.  Durante o processo Fitases e outras são ativadas por hidratação, hidrolisando o Ácido Fítico.

  • Fibras Funcionais

    As Fibras Funcionais consistem em um grupo de Carboidratos não digeríveiscapazes de beneficiar a Saúde humana, que podem ser isolados de seus alimentos fonte por meios físicos, químicos ou enzimáticos. 

    Os principais alimentos fonte dos quais são extraídas estas Fibras Funcionais são: grãos de cereais integrais e leguminosas; algumas frutas e legumes; sementes e frutos oleaginosos; e alguns fungos.

    Dada a grande importância das Fibras Funcionais para a Saúde, a Comunidade Científica vem estudando as propriedades Nutricionais e Funcionais de seus alimentos fonte, para isolá-las e gerar novos alimentos.

    Fibras Funcionais: Características e Alimentos Fonte

    A importância da ingestão de Fibras Alimentares vem sendo estudada desde o início do Século XX, mas ganhou intensidade nas três últimas décadas, graças ao avanço do conhecimento sobre as propriedades químicas, nutricionais e funcionais de seus Alimentos Fonte, culminando no advento das Fibras Funcionais.

    Na verdade, as Fibras Funcionais são consequência direta do avanço da Nutrição Funcional, a Ciência dos Nutrientes, e dos progressos tecnológicos que possibilitaram seu isolamento dos alimentos fonte.

    1. Características das Fibras Funcionais

    As Fibras Funcionais consistem em um grupo de Carboidratos Análogos presentes em alguns alimentos ricos em Nutrientes Bioativos que, por não serem digeridos pelas enzimas gastrintestinais humanas, podem ser fermentados no Cólon, onde desempenham inúmeros benefícios para a Saúde do organismo.

    Desta forma, as Fibras Funcionais são aquelas capazes de desempenhar funções específicas, podendo “funcionar”, interferir ou responder a determinadas situações fisiológicas e patológicas, beneficiando a Saúde do organismo. E mais: as fibras funcionais podem auxiliar o organismo na prevenção de doenças.

    Estas fibras apresentam uma ou mais funcionalidades não convencionais, que dependem da estrutura química de cada tipo de Fibra Funcional e de propriedades nutricionais de seus alimentos fonte. Por exemplo: 

    1. Proteger a Saúde da Mucosa intestinal: nutrindo as células intestinais e prevenindo Disbiose; 
    2. Fortalecer as defesas natuais do organismo: contra toxinas e micro-organismos patogênicos;
    3. Prevenir doenças crônicas: Dislipidemias, Diabetes Mellitus, Doenças Cardiovasculares e Câncer;
    4. Potencializar a Imunidade: do organismo todo.

    2. Principais Alimentos Fonte de Fibras Funcionais

    Os alimentos mais ricos em Fibras e Nutrientes Bioativos, que servem como fonte para a Indústria Alimentícia extrair Fibras Funcionais estão relacionados abaixo:

    1. Frutas, como Polpa da Banana Verde, Amora, Maçã, Casca de MaracujáLaranja Amarga, Uva
    2. Legumes, como Berinjela, Yacon
    3. Leguminosas, como Grão-de-bico, Alfarroba e Feijão Branco
    4. Cereais, como Aveia e Trigo   
    5. Pseudocereais, como Quinoa e Amaranto
    6. Sementes, como Chia, Linhaça e Sementes de Abóbora
    7. Frutos Oleaginosos, como Amendoim, Coco, Amêndoas e Castanhas

    3. Fibras Mais Utilizadas para Extração de Fibras Funcionais

    A partir dos excelentes resultados obtidos de Estudos Científicos que comprovam a importância do consumo diário e regular de Fibras Funcionais, a indústria alimentícia passou a utilizar métodos físicos, químicos e enzimáticos para extrair e isolar estas fibras de seus alimentos fonte

    Abaixo, estão as Fibras Alimentares mais estudadas pela indústria de alimentos. Grande parte destas fibras é isolada de seus alimentos fonte, para produzir Fibras Funcionais que são adicionadas aos alimentos.

    1. Hemiceluloses: frutas, hortaliças, leguminosas e oleaginosas, como as castanhas;
    2. Celuloses: farelos de cereais integrais, hortaliças e sementes;
    3. Pectinas: frutas cítricas, em especial maçã e pera;
    4. BetaglucanasFarelo de Aveia
    5. Gomas: Carragena, Xantana, Agar agar;
    6. Fruto-oligossacarídeos (FOS): Chicória, Cevada, Centeio, Raiz de Almeirão, Cebola;
    7. Inulina: Alho, Aspargo, Yacon;
    8. Psyllium: extraída da casca de sementes de Plantago genus;
    9. Amido Resistente: Polpa de Banana Verde, Batata Doce.

     Benefícios do Consumo de Fibras Funcionais

    Os benefícios proporcionados pelo consumo regular de alimentos ricos em Fibras Funcionais estão relacionados ao grande papel preventivo e regulador dessas fibras, em Doenças Crônicas e Distúrbios do Trato  Gastrointestinal, gerados pela prática alimentar moderna.

    Estudos Científicos demonstram que o aumento dessas doenças coincide com a transição alimentar que levou a população ao consumo de alimentos pobres em fibras e ricos em farináceos refinados.

    Parte das fibras funcionais são Fibras Prebióticas, que são fermentáveis no Intestino Grosso, por bactérias benéficas da flora intestinal. Os benefícios dessas fibras relacionam-se a efeitos metabólicos e fermentativos:

    1. Efeitos Metabólicos

    No Estômago, em contato com a água, as Fibras Funcionais formam um gel não digerível, que  aumenta o volume do conteúdo estomacal, trazendo uma sequência de efeitos metabólicos importantes:  

    1. Redução da Glicemia: ao “englobar” a moléculas de glicose ingeridas, há redução na velocidade de entrada da glicose no Sangue, o que irá auxiliar no controle da Glicemia, beneficiando os diabéticos.

    2. Redução da absorção da Gordura ingerida: ao“englobar! parte da gordura, há redução na sua absorção; isto irá auxiliar no controle da absorção de Colesterol, beneficiando os dislipidêmicos.

    3. Aumento da excreção de Sais Biliares: que são levados para as fezes, o que obriga o Fígado a “gastar Colesterol do corpo” para produzir novos sais biliares, beneficiando também os dislipidêmicos.

    4. Aumento da Saciedade após a refeição: a formação do gel aumenta o volume estomacal, assegura absorção mais lenta de nutrientes e promove sensação de saciedade. Um dos efeitos mais importantes para o controle do peso corporal, fundamental no tratamento para emagrecer de forma segura.

    Assim, os benefícios gerados pelo consumo das Fibras Funcionais indicam seu uso para fins preventivos e terapêuticos contra as Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

    2. Efeitos Fermentativos

    Ao atingirem o Cólon, ocorre fermentação com impacto positivo sobre a Saúde Intestinal, por que:

    1. As Fibras Prebióticas são fermentadas: alimentando as bactérias benéficas da flora intestinal;

    2. As Bactérias “comem” as Fibras Prebióticas: produzindo Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC).

    3. Os AGCC reduzem o pH Intestinal: contribuindo para a Saúde das células da Mucosa Intestinal.

    4. Modulação na velocidade do trânsito intestinal: pela diminuição do tempo de contato entre as fezes e a Mucosa Intestinal. Isso reduz o contato da mucosa com as toxinas e substâncias carcinogênicas presentes nas fezes, protegendo contra o Câncer Colorretal.

    Os benefícios gerados por estes efeitos fermentativos indicam o consumo deste tipo de fibras para fins preventivos e terapêuticos contra Disbiose e Síndrome do Intestino Irritável, que levam ao desenvolvimento das Doenças Inflamatórias Intestinais, como: Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.

    Importância do Uso Industrial das Fibras Funcionais  

    A partir dos resultados obtidos a partir de Estudos Científicos que comprovam a importância do consumo regular de Fibras Funcionais, a indústria alimentícia passou a utilizar métodos físicos, químicos e enzimáticos para extrair e isolar estas fibras de seus alimentos fonte. 

    O isolamento de Fibras Funcionais de seus alimentos fonte é importante para a Indústria de Alimentos, que utiliza a Tecnologia de Alimentos, gerando três utilizações industriais relevantes para estas fibras:

    I. Produzir Ingredientes Funcionais de Consumo Diário

    O fato de se ter Fibras Funcionais disponíveis em sua forma isolada torna muito prática a sua utilização no dia a dia, garantindo versatilidade e variabilidade aos consumidores. 

    Algumas destas fibras foram transformados em Ingredientes Funcionais que facilitam seu consumo diário, como Farelo de Aveia e Biomassa de Banana Verdecujo consumo regular auxilia no controle de:

    1. Glicemia para diabéticos;
    2. Níveis de Colesterol em dislipidêmicos; 
    3. Funcionamento intestinal.

    II. Produzir Novos Alimentos Funcionais

    A Indústria Alimentícia utiliza determinadas Fibras Funcionais isoladas para transferir a funcionalidade de seus alimentos fonte e desenvolver novos alimentos, produzindo: 

    1. Alimentos para o Público Geral 

    Algumas Fibras Funcionais isoladas pela indústria atuam como Fibras Prebióticas, que servem de “comida fermentável” para Bifidubactérias e Lactobacilus: as bactérias benéficas da Microbiota Intestinal. Estas fibras são utilizadas no preparo de novos Alimentos Funcionais, como por exemplo:

    Alimentos Prebióticos: uma forma de disponibilizar Nutrição para Bactérias Benéficas à Saúde. Essas bactérias fermentam (“comem”) estas Fibras Prebióticas, produzindo Ácidos Graxos de Cadeia Curta, que ajudam a reforçar os mecanismos de defesa da Mucosa Intestinal e a Imunidade do organismo todo.

    Alimentos Simbióticos: uma forma terapêutica muito utilizada para tratamento de distúrbios e doenças gastrintestinais, como Dibiose, Síndrome do Intestino Irritável, Doença de Crohn e  Retocolite Ulcerativa.

    2. Alimentos para Públicos Especiais

    A Indústria de Alimentos utiliza determinadas Fibras Funcionais isoladas para produzir Suplementos Alimentares dedicados aos públicos portadores de diversas doenças crônicas, como por exemplo:

    1. Diabetes Mellitus;
    2. Doenças Hepáticas: 
    3. Doenças Renais;
    4. Gastrintestinais;
    5. Obesos.
    3. Alimentos para Finalidades Especiais

    Determinadas Fibras Funcionais são utilizadas pela Indústria de Alimentos como Aditivos Alimentares Naturais. com ações de espessantes, estabilizantes, emulsificantes e substitutos de gorduras e amido. 

    Estes Aditivos Naturais são utilizados para desenvolver diversos produtos alimentícios que podem promover a Saúde e o desenvolvimento humano, como os Complementos Nutricionais desenvolvidos para:

    1. Nutrição Enteral;
    2. Idosos;
    3. Atletas;
    4. Recém-nascidos;
    5. Gestantes,
    6. Nutrizes.

    Como Incluir Fibras Funcionais na Dieta

    O consumo regular de Fibras Funcionais é de grande relevância, uma vez que os benefícios desse consumo incidem diretamente na prevenção de doenças, em uma sociedade que padece frente aos inúmeros distúrbios metabólicos e doenças crônicas não transmissíveis, geradas por maus hábitos alimentares.

    Há três formas práticas e versáteis de incluir as Fibras Funcionais na alimentação diária:

    1. Consumindo seus Alimentos Fonte

    Através do consumo direto de Alimentos Naturais ricos neste tipo de fibras, como coco, amendoim, yacon, grão-de-bico, frutas como maçã, pera, batata doce, quinoa, amaranto e berinjela, dentre outros.

    2. Consumindo Alimentos Enriquecidos

    Através do consumo direto dos novos Alimentos Funcionais preparados pela indústria alimentícia, com a adição de Fibras Funcionais, como: Probióticos, Simbióticos, Complementos Nutricionais e outros.

    3. Consumindo Ingredientes Funcionais

    O que pode ocorrer pelo uso de Farelo de Aveia e de Farinhas Funcionais, sob três formas principais: 

    1. Consumo direto

    Farinhas Funcionaisque podem ser preparadas em casa, a partir de seus alimentos fontes, para serem consumidas diretamente em mingais ou acompanhando frutas com leites vegetais ou iogurte natural.

    Como Farinhas de: Amaranto, Amêndoas, Amora, Banana Verde, Aveia, Amendoim, Berinjela, Coco, Feijão Branco, Laranja AmargaMaracujáSementes de Abóbora, Quinoa, Uva, Chia, Yacon, Linhaça e outras.

    2. Compondo Receitas Simples e Rápidas

    Há diversas Farinhas Funcionais que podem ser utilizadas em receitas variadas de vitaminas, omeletes, sucos e crepes, como uma forma rápida e versátil de enriquecer a alimentação no dia a dia.

    3. Substituindo as Farinhas Comuns

    As Farinhas Funcionais são excelentes substitutas para farinhas ricas em amidoem receitas de pães, bolos, biscoitos, assados, tortas, cremes, sobremesas e massas em geral.

    A substituição parcial ou total. destas farinhas também contribuem para a redução do valor calórico e do Índice Glicêmico das receitas, auxiliando na manutenção do peso e do Emagrecimento Saudável.

  • Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens

    As Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens são Fibras Solúveis que, quando em solução aquosa formam géis muito viscosos, translúcidos e indigeríveis pelas enzimas do Trato Gastrintestinal Humano.

    Estas Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens constituem um grande grupo de polissacarídios complexos, rígidos quando secos e muito pegajosos quando umedecidos, como por exemplo:

    1. As “Babas”: observadas no Quiabo e no Inhame;
    2. As Folhas Demolhadas e Cortadas: da Cebolinha;
    3. As Sementes Demolhadas de: Chia e Linhaça.

    Propriedades das Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens

    Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens são secreções de natureza mista, presentes em certos Vegetais.

    1. Constituição Química das Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens

    constituída em especial por:

    1. Hetero-polissacarídios ácidos e/ou neutros;
    2. Proteínas;
    3. Compostos Fenólicos.

    Estas fibras apresentam ampla distribuição nos vegetais e formam soluções coloidais que, em contato com a água, tornam-se muito viscosas, translúcidas e indigeríveis pelas enzimas gastrintestinais humanas. 

    2. Funções de Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens no Vegetal

    As Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens podem desempenhar diferentes funções nas plantas, como:

    1. Proteção de Estruturas ou Órgãos: em desenvolvimento;
    2. Retenção de água;
    3. Reserva de Carboidratos;
    4. Redução da Transpiração;
    5. Proteção contra Radiação: dispersando ou refletindo a luz incidente;
    6. Proteção: contra Herbívoros;
    7. Lubrificação: atua como lubrificante do ápice das raízes plantas;
    8. Captura de Insetos: em plantas insetívoras;
    9. Agente de Adesividade: na dispersão de sementes;
    10. Regulação da Germinação: de sementes.

    Benefícios das Fibras Mucilaginosas ou Mucilagens

    Estas fibras alimentares estão associadas a vários efeitos fisiológicos no organismo humano, como:

    1. Redução dos níveis de colesterol no Sangue;
    2. Controle de Glicemia em Diabéticos;
    3. Redução do Risco de alguns tipos de Câncer;
    4. Diminuição dos Sintomas da Obstipação Crônica; 
    5. Prevenção da Incidência de Hemorroidas.

    Em geral, a mucilagem contém quantidades variáveis de Larabinose, D-galactose, L-ramnose, D-xilose e ácido D-galacturônico, possuindo frações solúveis e insolúveis em água. A fração solúvel tem a capacidade de formar géis na presença de sais de cálcio e magnésio, sendo bastante interessante para a indústria de géis dietéticos.

    Apresentam alto potencial de uso por suas propriedades estruturais, físico-químicas e funcionais amplas: elasticidade, viscosidade e plasticidade, que podem ser aplicadas a qualquer tipo de material como água, plásticos, sangue, tintas, cosméticos, vidros, borrachas, materiais cerâmicos, alimentos e bebidas.

  • Fibras Prebióticas

    As Fibras Prebióticas são Carboidratos não digeríveis pelas Enzimas Gastrintestinais Humanas, que são fermentadas pelas Bactérias Benéficas (servem de comida) da Flora Intestinal.

    Ao alcançarem o Cólon, as Fibras Prebióticas são parcial ou totalmente fermentadas pela Flora Colônica (bactérias benéficas que habitam o Cólon, no Intestino Grosso), servindo de “alimento” e estimulando o crescimento de bactérias “do bem”, as Bactérias Probióticas: Bifidubactérias e Lactobacilus.

    As Fibras Prebióticas pertencem ao grupo de Fibras Funcionais Fermentáveis e, portanto, podem ser isoladas pela Indústria Alimentícia, para a produção de novos Alimentos Funcionais.

    Ação das Fibras Prebióticas no Organismo

    A atuação das Fibras Prebióticas surge de sua interação com as Bifidubactérias e Lactobacilus presentes no meio intestinal e ocorre conforme descrito a seguir:

    1. As Fibras Prebióticas são fermentadas pelas Bactérias Benéficas presentes na Flora Intestinal, que irão “alimentar-se” dessas fibras, produzindo Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC);

    2. Os AGCC irão acidificar o meio intestinal, tornando o pH local mais baixo, o que torna o meio intestinal insuportável para as bactérias putrefativas, que acabam morrendo;

    3. Dessa forma, as Fibras Prebióticas “servem de comida” para Bifidubactérias e Lactobacilus (as Bactérias Probióticas: bactérias “do bem”), que proliferam, isto é: aumentam em quantidade;

    4. O aumento da população de Bactérias Benéficas irá reforçar os mecanismos naturais de defesa da Mucosa Intestinal, cuja Saúde depende da qualidade das bactérias presentes no meio intestinal;

    5. Como a Saúde da Mucosa Intestinal é determinante da Imunidade local e atuam fortalecendo as células do Sistema Imune (de defesa), consequentemente, haverá aumento da Imunidade.

    Fibras Prebióticas Importantes e suas Fontes

    Entre as Fibras Prebióticas mais importantes e de interesse da Indústria Alimentícia, tem-se:

    1. Amido Resistente  presente em batata doce e, especialmente, em Polpa da Banana Verde;
    2. Betaglucanaspresentes em ervilha, grão-de-bico, lentilha, e Farelo de Aveia;
    3. Fruto-oligossacarídeos (FOS) – presente em abundância nas raízes de chicória e no yacon;
    4. Inulina – presente em alho, alho poró, almeirão, chicória, cebola e Yacon;
    5. Pectina – presente em berinjela, cenoura, frutas cítricas, maçãs, maracujá e pera;
    6. Lignina – presente em cascas de frutas oleaginosas, sementes  e leguminosas como os feijões.

    Como Consumir Fibras Prebióticas no Dia a Dia

    A forma mais prática, fácil e versátil de incluir estas fibras no cardápio é a partir de:

    1. Consumo de Farinhas Funcionais obtidas a partir de seus alimentos fontes, como as Farinhas de: Banana Verde, Aveia, MaracujáYacon, dentre outras.

    2. Consumo de Produtos Alimentícios Especiais: suplementos nutricionais à base de Fibras Prebióticas (os Prebióticos), como alimentos enriquecidos com este tipo de fibras.

    3. Encomendas sob receitas específicas prescritas por profissionais da Saúde devidamente gabaritados, em boas farmácias de manipulação.

    Benefícios do Consumo Regular de Fibras Prebióticas

    Fibras Prebióticas são Fermentáveis no Cólon e produzem Ácidos Graxos de Cadeia Curta que acidificam o meio, tornando o pH intestinal inadequado à sobrevivência de Bactérias Patogênicas.

    Por isso, seus maiores benefícios estão associados à Saúde da Mucosa Intestinal e prevenção de Disbiose.

    Entretanto, seus benefícios para a Saúde são mais amplos, contribuindo também para:

    1. Melhora o funcionamento do intestino: auxilia no combate ao “intestino preso”;

    2. Manutenção da Saúde da Mucosa Intestinal: reduzindo o risco de contrair infecções, doenças inflamatórias intestinais e Câncer Intestinal e Colorretal;

    3. Reduzir a absorção de gorduras: reduzindo níveis sanguíneos de colesterol e triglicerídios;

    4. Diminuir a absorção de glicose: leva à redução da Glicemia, muito importante para diabéticos;

    5. Aumentar a absorção de minerais importantes: como Cálcio, Ferro, Magnésio e Zinco.

  • Fitonutrientes ou Fitoquímicos

    Fitonutrientes, também conhecidos como Substâncias Fitoquímicas ou Fitoquímicossão compostos biologicamente ativos presentes somente em vegetais, que quando consumidos protegem a Saúde Humana.

    Estes compostos são produzidos pelo metabolismo secundário das plantas, cujo objetivo é protegê-las contra ataques de insetos, micro-organismos, praga, defensivos agrícolas, herbicidas e fenômenos da Natureza.

    Os Fitonutrientes são pigmentos que dão cor e protegem os vegetais. A Ciência vem comprovando que o homem também pode usufruir dos mesmos benefícios, ao consumir de forma regular os vegetais.

    Importância dos Fitonutrientes para os Vegetais

    As plantas, como todo ser vivo, precisam se proteger contra os perigos dos predadores. Diferentemente dos animais, os vegetais são seres naturalmente sedentários: não podem correr ou se esconder e proteções físicas como espinhos nem sempre detêm certos herbívoros.

    Por isso, as plantas desenvolveram seu próprio Sistema de Defesa. Trata-se de um mecanismo passivo de defesa, cujo papel protetor é desempenhado por diversas substâncias químicas que atuam de maneira muito eficiente contra as ações herbicidas e os ataques de fungos e bactérias.

    Muitas destas substâncias possuem Propriedades Funcionais, atuando como Antioxidantes, Anti-inflamatórios, entre outros. Estas substâncias protetoras estão presentes em vários alimentos e plantas medicinais, recebendo a denominação coletiva de Substâncias Fitoquímicas, Fitoquímicos ou Fitonutrientes.

    Benefícios do Consumo de Fitonutrientes

    Diante da prática alimentar atual, com um consumo frequente e indiscriminado de fast foods e alimentos industrializados, esses compostos vêm se tornando, cada vez mais, essenciais à manutenção e promoção da Saúde e à Prevenção das Doenças Crônicas tão presentes na sociedade contemporânea.

    Pesquisas demonstram, a cada dia que os Fitoquímicos protegem a Saúde, atuando como:

    1. Antioxidantes
    2. Desintoxicantes
    3. Carminativos
    4. Anti-inflamatórios
    5. Imunomoduladores
    6. Anticancerígenos
    7. Antimicrobianos
    8. Revitalizantes

    Alguns Fitonutrientes e suas Fontes Alimentares

    A literatura científica descreve vários benefícios advindos do consumo regular de alimentos vegetais ricos em Fitonutrientes, afirmando: vive-se melhor e com mais Saúde, quando esses compostos estão presentes no organismo, protegendo as células contra a ação de Radicais Livres, a oxidação e o envelhecimento precoce.

    1. Licopeno: ação Antioxidante; presente em morangos, melancia e tomates;
    2. Resveratrol: muito presente nas uvas roxas e nos amendoins;
    3. Polifenóis: encontrados em azeite de oliva, cacau, café e alguns chás.
    4. Glicosinolatos: presentes nos vegetais crucíferos, como brócolis, couve, couve de Bruxelas, mostarda, acelga, couve flor e repolhos;

    Classificação dos Alimentos Ricos em Fitonutrientes

    A Ciência identificou e descreveu as propriedades funcionais de diversos compostos bioativos presentes em alimentos vegetais, classificando-os em cinco Grupos, de acordo com suas cores:

    1. Alimentos de cor Branca: couve-flor, cebola;
    2. Alimentos de cor variando de Amarelo a Laranja: pimentão, mamão;
    3. Alimentos de cor Vermelha: morangos, melancia e tomates;
    4. Alimentos de cor Verde: vegetais crucíferos, como brócolis, couve, couve de Bruxelas, mostarda, acelga, couve flor e repolhos;
    5. Alimentos de cor variando de Azul a Roxa: mirtilos, uvas escuras.

    Portanto, esta é mais uma importante razão para se praticar uma alimentação rica em hortaliças, frutas, temperos e alguns chás, certificando-se de que realmente há variedade e cores em suas refeições: o “prato colorido”, essencial para reduzir riscos de Doenças Crônicas e contribuir para uma Vida Saudável.

  • Flavonoides

    São compostos bioativos do grupo dos Polifenóis encontrados em alimentos de origem vegetal, como hortaliças, frutas, cereais, chás, café e cacau, dentre outros, cuja função é proteger essas plantas contra os danos oxidativos dos radicais livres. Quando ingeridos pelo organismo humano, transferem-lhe essa proteção. São os pigmentos encontrados em vegetais de cores azul, azul avermelhado e violeta.

  • Flora Intestinal ou Microbiota Intestinal

    A Flora Intestinal, atualmente denominada Microbiota Intestinal é um grande ecossistema formado por um conjunto de micro-organismos que “habitam” o Intestino Humano, convivendo em um ambiente de grande biodiversidade e desempenhando atividades benéficas para a Saúde de seu hospedeiro.

    As espécies que constituem esta microbiota são variáveis ao longo do Trato Gastrintestinal, localizando-se entre a Mucosa Intestinal e o “meio intestinal”, com cerca de 100 trilhões de micro-organismos de mais de 500 espécies, prevalecendo as de BactériasLembrando que nosso organismo é formado por cerca de 10 trilhões de células, há dez micro-organismos para cada célula humana.

    Apesar do grande número de espécies, a prevalência de Gêneros é restita para Bactérias: Bifidobacterium, Eubacterium, Clostridium, Peptococcus, Peptostreptococcus e Ruminococcus; podem ser de dois tipos:

    1. Bactérias Benéficas à Saúde: como os gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium; e
    2. Bactérias Maléficas à Saúde: como os gêneros Enterobacteriaceae e Clostridium ssp.

    O Surgimento da Microbiota Intestinal

     

  • Fotossíntese: Viabilização da Vida na Terra

    A Fotossíntese é um dos processos mais importantes que ocorre na Natureza, através do qual, há produção de Alimentos e Oxigênio, utilizando apenas Dióxido de Carbono e Água, em presença da Luz Solar.

    Este é um processo físico-químico, realizado por seres vivos clorofilados, utilizando a energia luminosa do Sol, substâncias simples e naturais, para obter Glicose, tornando viável a Vida no Planeta Terra.

    Como Ocorre o Processo de Fotossíntese

    Os Seres Clorofilados realizam a Fotossíntese, conforme a seguinte reação:

    12 H2 +  6 CO2  LUZ SOLAR e CLOROFILA    C6H12O6 +  6 H2O + 6 O2

    equação acima mostra queem presença de Luz Solar e Clorofila: 

    1. Gás Carbônico e Água: são convertidos em 1 molécula Glicose;
    2. Com Sobra de: 6 moléculas de Água;
    3. E Liberação de: 6 moléculas Gás Oxigênio (O2), na atmosfera.

    A Clorofila é um pigmento verde fotossintetizante, isto é: capaz de captar luz, especialmente a Luz Solar. Este pigmento é encontrado nos Cloroplastos das plantas e realizam a Fotossíntese, da seguinte forma:

    1. As raízes da planta retiram do solo Água e Sais Minerais;
    2. Estes Nutrientes são transformados em Seiva Bruta;
    3. A Seiva Bruta é transportada, através do caule, até as folhas da planta.
    4. As folhas, por sua vez, absorvem a Luz do Sol, através da Clorofila;
    5. A Clorofila, em conjunto com a Energia Luminosa transforma a Seiva Bruta em Glicose e Oxigênio; 
    6. A Glicose é conduzida, através de vasos existentes na planta, para todas as partes do vegetal;
    7. A planta usa parte da Glicose como alimento para manter-se viva e para continuar crescendo;
    8. A Glicose  restante é condensado sob a forma de Amido;
    9. O Amido é armazenado em raízes, tubérculos, caule e sementes da planta.

    Dessa forma, as plantas apresentam a capacidade de produzir o seu próprio alimento orgânico. Essa nutrição orgânica é baseada na Fotossíntese que ocorre principalmente nas folhas do vegetal.

    O processo de formação da Glicose (produção de alimento) ocorre através de uma reação química, que transforma a Energia Luminosa em Energia Química, realizada pelas regiões clorofiladas das plantas. 

    Importância do Processo de Fotossíntese

    A Fotossíntese pode ser resumida da seguinte forma: um processo que produz alimentos e libera Oxigênio na atmosfera, a partir da Energia Radiante do Sol; o astro responsável pela vida no Planeta Terra.

    A importância deste processo pode ser constatada na análise feita a seguir:

    1. Quanto à produção de Glicose

    Fotossíntese é o processo mais importante ocorrido na Terra, pois toda a vida no Planeta é depende de:

    1. Alimentos; e
    2. Oxigênio.

    A Glicose produzida pelos vegetais é uma forma de armazenar a Energia Luminosa captada do Sol sob a forma de Energia Química, nas moléculas de Carboidratos e outros Nutrientes, presente nos Alimentos.

    Esta Glicose é utilizada como alimento para o próprio vegetal e também se torna disponível para outros seres vivos. É muito importante lembrar que até os animais carnívoros dependem da Fotossíntese, uma vez que se alimentam de outros animais, que se alimentam de vegetais.

    Portanto, sem Fotossíntese, a vida não seria possível no Planeta Terra.

    Isso por que os animais, inclusive o homem são Seres Heterotróficos, ou seja, incapazes de produzir as substâncias necessárias ao funcionamento de seu organismo. Por isso, alimentam-se de outros seres vivos.

    Apenas Seres Fotossintetizantes (contendo Clorofila) são capazes de sintetizar matéria orgânica. Isto é: de captar Luz Solar e, utilizando substâncias simples como Gás Carbônico e Água, “fabricar alimentos”!

    2. Quanto ao Oxigênio Liberado

    O Oxigênio, liberado na atmosfera, garante a respiração aeróbica dos próprios vegetais e de todos os animais. Dessa forma, os animais, inclusive o homem, inspiram o oxigênio atmosférico para viver.

    As plantas necessitam do Oxigênio para a manutenção das atividades metabólicas celulares, como:

    1. Transportar Substâncias: para dentro e para fora de suas células;
    2. Realizar: sua divisão celular;
    3. Promover: seu crescimento: e desenvolvimento;
    4. Sintetizar: suas proteínas.

    3. Quanto aos Recursos Energéticos Disponíveis no Planeta

    Grande parte dos recursos energéticos disponíveis no Planeta foram armazenados em matéria orgânica produzida por meio da Fotossíntese, sob a forma de: 

    1. Petróleo; 
    2. Carvão;
    3. Derivados de seres vivos.

    Isso aconteceu, graças ao fato de os Seres Fotossintetizantes serem capazes de converter moléculas simples, como o gás carbônico e água, em moléculas orgânicas, com liberação de Oxigênio.

    Assim sendo: a Fotossíntese é um processo que promove “sequestro de carbono” da atmosfera, enquanto durante a respiração da maioria dos organismos, há consumo de Oxigênio e liberação de Gás Carbônico.

    É justamente esse ciclo e equilíbrio de retirada e liberação de Carbono na atmosfera, que favoreceu e favorece a existência de um ambiente propício à vida no Planeta Terra!

    4. Conclusão: Dependemos da Fotossíntese para Existir

    Atualmente, a liberação de Gás Carbônico na atmosfera está muito superior à capacidade dos Seres Fotossintetizantes em consumir. Isto está ocorrendo porque a queima de combustíveis fósseis, que “aprisionavam carbono”, acaba liberando esse Carbono na atmosfera sob a forma de Gás Carbônico.

    Este aumento de CO2 afeta a vida de todos os seres vivos, por promover aumento da temperatura da Terra.

    Portanto: os seres humanos e todas as outras formas de vida são dependentes da Fotossíntese, tanto pelo fato de ser um processo que fornece alimentos e oxigênio, quanto porque ameniza a temperatura na Terra.

    A sobrevivência de todos é dependente da continuidade desse processo no Planeta!

  • Fruto-oligossacarídios: FOS

    São oligossacarídios (açucares formados pela união de dois a oito monossacarídios) que não podem ser digeridos pelas enzimas do Trato Gastrintestinal humano, sendo transportados diretamente ao Cólon, onde sofrem fermentação pelas bifidubactérias. Esta fermentação produz Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC), principalmente o Butirato, que contribui imensamente para a Saúde do Cólon, pois inibe o crescimento de células cancerígenas, devido à redução do pH no Intestino Grosso.

    Quando os Fruto-oligossacarídios alcançam o Cólon, sofrem fermentação pela flora bacteriana local e contribuem para a Saúde Intestinal. Alimentam as Bifidubactérias, considerados microrganismos “do bem”, que inibirem a proliferação de micro-organismos patogênicos e a formação de células cancerígenas. Além disso, aumentam a saciedade e melhoram a Imunidade do organismo em geral.

    Os FOS são considerados Fibras Funcionais Prebióticas, pertencentes à classe dos Frutanos (um tipo de Carboidrato indigerível, cuja atuação é similar à das fibras solúveis), que está presente em hortaliças como alho, alho-porró, alcachofras, aspargos, bardana, cebola, chicória, trigo e yacon, Os FOS podem ser encontradas em farmácias, sob a forma de prébióticos sintéticos, indicados para equilibrar a flora bacteriana no Intestino Grosso e melhorar o transito intestinal.

  • Glicemia: Taxa de Açúcar ou Taxa de Glicose no Sangue

    Glicemia, Taxa de Açúcar no Sangue ou Taxa de Glicose no Sangue são nomes dados à quantidade de Glicose, ou Açúcar, presente na Corrente Sanguínea, em cada momento.

    Esta quantidade de Glicose ou Açúcar encontrada no Sangue está diretamente relacionada com a:

    1. Quantidade de: Insulina produzida e secretada pelo Pâncreas;
    2. Quantidade de: Carboidratos ingeridos pelo indivíduo, ao longo do dia inteiro.

    A ingestão de Carboidratos sempre irá provocar elevação da Glicemia:

    1. Que deverá ser regulada: pela produção de mais Insulina pelo Pâncreas;
    2. Para que a Glicose: seja absorvida e utilizada pelas células corporais.

    Regulação da Glicemia ou Taxa de Glicose no Sangue

    Para saber como ocorre a Regulação da Taxa de Glicose no Sangue, é preciso entender o que acontece com os alimentos consumidos em uma dada refeição. Isso é descrito nos passos enumerados a seguir: 

    1. A partir da Ingestão dos Alimentos

    Sempre que houver ingestão de alimentos, a seguir, ocorrerá:

    1. Processo de Digestão: no qual, as moléculas dos Alimentos são quebradas, liberando os Nutrientes;
    2. Absorção dos Nutrientes: na qual, os Nutrientes deverão ser absorvidos pelas células corporais.

    2. O Que Ocorre Durante a Digestão

    Durante a Digestão, alimentos ricos em Carboidratos são convertidos em várias moléculas de Glicose e outros açúcares simples. Por exemplo: arroz, pães e produtos de panificação, massas, hortaliças e frutas.

    açúcar simples mais importante é a Glicose, que é também a principal fonte de Energia do organismo.

    3. O Que Ocorre Após a Digestão

    Após ocorrer a digestão, a Glicose entra na Corrente Sanguínea e espalha-se por todo o organismo. Isto é: entra dentro das células e fornece a Energia que o corpo necessita para viver e funcionar.

    4. Aqui Entra o Importante Papel da Insulina

    Contudo, a Insulina é o hormônio produzido pelo Pâncreas, que é responsável por dois pontos crucias:

    1. Entrada de Glicose nas Células Corporais: para produzir a Energia necessária à Vida;
    2. Regulação da Quantidade de Glicose: ou “de açúcar” que deve permanecer no Sangue.

    Na verdade, os organismos vivos necessitam, o tempo todo de “combustível” (Glicose) para funcionar.

    Por isso, uma parte da Glicose produzida sempre deverá permanecer no Sangue, para manter o funcionamento Cerebral. O Cérebro é totalmente dependente de Glicose, durante tempo integral.

    A Insulina auxilia a entrada de Glicose nas células corporais, mantendo sempre a Glicemia ou Taxa de Glicose no Sangue em valores entre 70 e 100 mg/dl. E, assim, a Insulina consegue regular a Glicemia. 

    5. A Ingestão Alimentar Provoca Aumento da Glicemia

    Entretanto, todas as vezes em que houver ingestão alimentar, a Glicemia ou Taxa de Glicose no Sangue subirá instantaneamente. Principalmente, quando houver ingestão de Carboidratos. 

    Por isso, a Insulina “está sempre alerta e pronta para entrar em ação” imediatamente após a digestão, “ajudando” as células a absorverem e aproveitarem a Glicose produzida.

    6. Regulação da Glicemia pela Insulina

    Assim, ao conduzir, prontamente, a Glicose para a entrada das células, mantendo seus níveis sanguíneos entre 70 e 100 mg/dL, a Insulina mantém os “níveis de açúcar no Sangue estáveis”.

    Dessa forma, este controle da Insulina sobre a quantidade de glicose sanguínea é conhecido como Regulação da Glicemia ou Manutenção da Taxa de Glicose no Sangue em níveis normais. 

    Quando o Pâncreas não consegue aumentar a produção de Insulina ou “a Insulina secretada não consegue controlar” os níveis sanguíneos de Glicose: tem-se um quadro de Descontrole da Glicemia.

    Estados Metabólicos e Descontrole da Glicemia

    A falta de Regulação dos níveis de Glicose presente no Sangue gera um descontrole da Glicemia que, seja por excesso ou escassez de Glicose, irá comprometer Metabolismo do indivíduo, podendo gerar dois tipos Estados Metabólicos Alterados: HiperglicemiaHipoglicemia, sendo ambos nocivos à Saúde.

    1. Hiperglicemia: sempre que houver excesso de Glicose na Corrente Sanguínea;
    2. Hipoglicemia: sempre que houver escassez de Glicose na Corrente Sanguínea.

    1. Glicemia Elevada ou Hiperglicemia

    Hiperglicemia: ocorrerá sempre que houver excesso de Glicose no Sangue e trará graves consequências à Saúde, pelo estado de toxicidade metabólica, gerado por acúmulo de Glicose na Circulação Sanguínea. 

    Assim, haverá o risco de o indivíduo desenvolver desequilíbrio metabólico, levando ao Diabetes Mellitus. 

    2. Baixa de Glicemia ou Hipoglicemia

    Hipoglicemia: ocorrerá sempre que houver escassez de Glicose no Sangue e trará graves consequências à Saúde, geradas por uma Taxa de Glicose no Sangue com valores inferiores ao normal: 70 mg/dl.

  • Glúten

    O Glúten é uma proteína complexa, formada pela união de duas outras proteínas, a Gliadina e a Glutenina, que se encontram presentes naturalmente na semente dos cereais: Trigo, Cevada e Centeio.

    No Malte e em seus derivados (farelos, farinhas, germe, etc.).

    A palavra glúten é originária do latim e significa “cola”, fazendo alusão à sua aparência viscosa e elástica.

    O Glúten é formado ao se adicionar água ao cereal. Nesse momento, as proteínas Gliadina e Glutenina (80% das proteínas do trigo) se aglomeram, formando uma “massa pegajosa” e fibrosa.

    À medida em que essa massa vai sendo trabalhada, vai adquirindo adesividade e elasticidade, devido ao Glúten que se formou. A Gliadina confere extensibilidade à massa e a Glutenina é responsável por sua elasticidade. 

    Sem a formação do glúten, a massa não cresceria nem aumentaria de volume. Ou seja, é graças à formação do Glúten que a massa fermenta permitindo o fabrico de pães e bolos. 

    Para alguns indivíduos (alérgicos a esta proteína), a ingestão de alimentos contendo Glúten provoca danos em sua mucosa intestinal (do intestino delgado), o que acarreta prejuízos para sua Saúde. Esta alergia ao Glúten recebe o nome de Doença Celíaca.

  • Homeostase ou Homeostasia: Equilíbrio Essencial à Vida

    Homeostase ou Homeostasia é a habilidade apresentada pelo organismo de manter seu meio interno em estado de equilíbrio apesar das condições de constante alteração do meio externo.

    Este Estado de Homeostasia é alcançado graças a certos Processos Fisiológicos que, de forma coordenada, impedem que variações ocorridas no Meio Externo interfiram no Meio Interno.

    Entre os exemplos destes Processos Fisiológicos, podem ser citados:

    1. Controle da Temperatura Corporal; 
    2. Regulação do pH;
    3. Controle de Pressão Arterial; 
    4. Manutenção da Frequência Cardíaca.

    Todos estes Mecanismos Vitais são Processos Fisiológicos que, apesar de sua diversidade, têm uma única finalidade: manter constantes as condições de vida dentro do organismo ou no ambiente interno.

    Conceito do Termo Homeostase ou Homeostasia

    Homeostase ou Homeostasia deve ser entendido como uma tendência à manutenção das condições internas de um organismo sempre dentro de parâmetros considerados normais ou fisiológicos.

    Isto é, condições do Meio Interno: sempre compatíveis com a Vida do organismo.

    I. Origem do Conceito de Meio Interno

    O conceito de Meio Interno foi introduzido em 1859, pelo fisiologista francês Claude Bernard.

    Segundo Claude Bernard: “todos os mecanismos vitais, apesar de serem bastante distintos entre si, apresentam como função primordial manter o Meio Interno constante”.

    Sempre que houver alguma tendência a um desequilíbrio, esses Mecanismos Vitais ou Fisiológicos se apresentarão para garantir a regulação das condições internas, ou retorno à normalidade.

    Isso vale para todos os, Mecanismos Vitais, entre os quais, podem ser citados:

    1. Regulação: do pH corporal
    2. Batimentos Cardíacos: ou Frequência Cardíaca
    3. Regulação: ou Termorregulação 
    4. Circulação: Sanguínea e Linfática
    5. E muitos: outros

    Portanto, manter constantes as condições do Meio Interno é manter o equilíbrio necessário à Vida.

    O Meio Interno de um organismo vivo corresponde basicamente aos seus fluidos corporais, que incluem:

    1. Plasma Sanguíneo;
    2. Líquido Linfático;
    3. Fluidos Inter ou Extracelulares;
    4. Fluidos Intracelulares.

    É essencial que as condições sejam estáveis nestes fluidos, para a preservação do material genético.

    Todos os seres vivos, de acordo com a sua posição na Escala Evolutiva, apresentam uma menor ou maior capacidade de adaptação ao Meio Ambiente. Por exemplo, basta comparar a capacidade de adaptação de um Protozoário com a capacidade de adaptação de um Cachorro e a de um Ser Humano.

    II. Evolução do Conceito de Meio Interno

    Em 1929, outro fisiologista, o americano Walter Bradford Cannon, criou, então, o termo Homeostase ou Homeostasia para nomear essas condições internas constantes do corpo.

    Homeostase, termo grego: homoios =”o mesmo”, stasis =”parada”, que significa uma: 

    1. Propriedade autorreguladora de um organismo que lhe permite manter seu Estado de Equilíbrio; ou
    2. Tendência para a estabilidade no meio interno de um ser vivo.

    Homeostasia, termo grego: homoios =”o mesmo”, stasisia = “estado” ou “situação”, que significa a tendência de os sistemas biológicos resistirem às mudanças externas e permanecerem em Estado de Equilíbrio.

    III. Abrangência do Conceito de Homeostase ou Homeostasia

    O conceito de Homeostasia ou Homeostasia pode ser ampliado para traduzir um conjunto de fenômenos que ocorrem e interferem em Ecossistemas e em organismos, vivos:

    1. Corrigindo desvios;
    2. Eliminando excessos;
    3. Controlando forças antagônicas;
    4. Introduzindo fatores novos, sempre que necessário;
    5. Visando sempre: o funcionamento normal e a manutenção do conjunto em equilíbrio.

    Por isso, mais recentemente, a Homeostase vem sendo apresentada em três subáreas de maior interesse:

    1. Homeostase Biológica;
    2. Homeostase do Ser Humano;
    3. Homeostase Ecológica.
    1. Homeostase Biológica

    A homeostase é uma das características fundamentais dos seres vivos, que permite a manutenção do ambiente interno dentro de limites toleráveis e compatíveis com a vida.

    Os Mecanismos Homeostáticos são feedbacks dos Ecossistemas. A Homeostase é um processo de autorregulação, pelo qual os Sistemas Biológicos, como células e organismos, trabalham para manter a estabilidade do Ecossistema, pelo ajuste das condições necessárias a um estado ótimo de sobrevivência.

    Diante de uma determinada variação do Meio Externo, um organismo vivo pode agir como:

    1. Endotérmicos ou Reguladores: são aqueles que tentam manter os parâmetros em um nível constante, independentemente da variação no Ambiente Externo.
    2. Ectotérmicos ou Conformistas: permitem que o Ambiente Externo determine um novo parâmetro.

    Por exemplo, os animais Endotérmicos mantêm uma temperatura corporal constante, enquanto os animais Ectotérmicos exibem uma grande variação de temperaturas.

    2. Homeostase no corpo humano

    A capacidade de sustentar a vida humana é dependente da constância dos fluidos do organismo e que pode ser afetada por uma série de fatores, como:

    1. Temperatura;
    2. Eletrólitos;
    3. pH;
    4. Concentrações de nutrientes: glicose, ureia e outros.

    O desequilíbrio destes fatores pode afetar a ocorrência de reações bioquímicas essenciais à manutenção da vida. A viabilidade dos Mecanismos Fisiológicos depende da manutenção desses fatores dentro dos limites desejáveis.

    Homeostase é a capacidade de os organismos vivos apresentarem:

    1. Um Estado Físico-químico característico e constante,
    2. Dentro de determinados limites,
    3. Mesmo diante de alterações impostas pelo Meio Ambiente.

     

  • IG: Índice Glicêmico dos Alimentos e das Refeiçoes

    O Índice Glicêmico (IG) indica a velocidade com que os carboidratos presentes nos alimentos são digeridos, transformados em glicose, absorvidos pelo sangue e disponibilizados na corrente sanguínea.

    Os Alimentos e o Índice Glicêmico

    De acordo com o seu Índice Glicêmico, todos os alimentos ingeridos podem ser classificados em:

    1. Alimentos de Alto Índice Glicêmico

    Estes alimentos são digeridos e absorvidos de forma muito rápida, o que leva ao aumento da Glicemia (quantidade de Glicose no Sangue) exige maior liberação pancreática de Insulina para normalizar. É o caso de: batata inglesa, manga, tâmara, pães, macarrão e alimentos que representam Energias Vazias.

    Esta elevação de Glicemia pode sobrecarregar o Pâncreas, ocasionando Resistência à ação da Inulina e eleva o risco de desencadear o Diabetes Mellitus do Tipo 2. Além disso, a elevação da secreção de Insulina leva o organismo a armazenar gorduras, favorecendo, assim, o aumento de peso.

    2. Alimentos de Médio Índice Glicêmico

    Os alimentos de elevado IG são digeridos e absorvidos com uma velocidade inferior àquela dos alimentos de Alto Índice Glicêmico. Entretanto, também causam certo impacto sobre a Glicemia, o que também não é o desejável. É o caso de: abacaxi, figo desidratado, mamão, beterraba, cenoura, abóbora, melão.

    3. Alimentos de Baixo Índice Glicêmico

    Estes alimentos são aqueles que contêm carboidratos de digestão e absorção lentas, ou seja, liberam açúcar no sangue de forma gradativa, propiciando saciedade duradoura, controle do apetite e auxilio no emagrecimento, pois requerem menor ingestão para que o indivíduo se sinta satisfeito. Geralmente, são alimentos ricos em fibras solúveis ou estão associados a proteínas e/ou gorduras.

    Índice Glicêmico e Classificação Química do Alimento

    Índice Glicêmico independe da Classificação Química do Alimento, uma vez que para o Metabolismo, o mais importante é a velocidade de absorção dos carboidratos presentes no alimento ingerido. 

    Sabe porque?

    Por que, é esta velocidade de absorção que determinará a quantidade de glicose presente no Sangue. O controle desta quantidade de  glicose, a Glicemia, é fundamental para a Saúde Metabólica do Corpo.

    Dessa forma: “o Índice Glicêmico independe do fato de o carboidrato presente em dado alimento ser simples ou complexouma vez que esta é uma classificação da Química, ou seja, não é da Nutrição.

    Portanto, é engano e constitui um erro associar Baixos Índices Glicêmicos à Complexidade dos Carboidratos. 

    Esclarecendo Melhor sobre Índice Glicêmico e Complexidade de Carboidratos

    A Saúde Metabólica do organismo humano é totalmente dependente do equilíbrio constante da quantidade de glicose presente no Sangue. Por isso, para a Nutrição, é de máxima importância evitar uma secreção excessiva do hormônio Insulina, que só é possível quando exite controle glicêmico.

    Por isso, para entender a relação entre IG e Tipos de Carboidratos, basta observar os exemplos abaixo:

    1. Alimentos Ricos em Carboidratos Complexos com Alto IG

    Existem alimentos que apresentam Elevado Índice Glicêmico, apesar de serem ricos em Amido, que quimicamente é classificado como Carboidrato Complexo. Por exemplo, tem-se:

    1. Arroz: em especial, o arroz branco ou polido
    2. Batata Inglesa ou Comum: rica em amido e pobre em fibras
    3. Produtos de Panificação: como pães, bolos, bolachas, biscoitos, tortas doces e similares
    4. As Massas em Geral: especialmente, macarrão, lasanhas e similares

    Todos estes alimentos, ao serem ingeridos, irão provocar um alto impacto sobre a Glicemia. Por que, apesar de apresentarem elevado teor em carboidratos complexos, sua absorção no Sangue é rápida demais. Portanto, a ingestão deste tipo de alimentos sempre exigirá cuidados e muita atenção!

    2. Alimentos Ricos em Carboidratos Simples com Baixo IG

    Por outro lado, existem alimentos que apresentam Baixo Índice Glicêmico, apesar de apresentarem alto teor em Açúcares Simples, quimicamente classificados como Carboidratos Simples. Por exemplo, tem-se:

    1. Certas Frutas: como maçã, pera e similares
    2. Certas Legumes: como tomate, berinjela, abobrinha e similares

    Todos estes alimentos, ao serem ingeridos, contribuirão para um bom controle Glicêmico. Uma vez que são alimentos ricos em fibras e água, e apesar de serem ricos em carboidratos simples, sua absorção no Sangue é lenta. Portanto, a ingestão deste tipo de alimentos sempre será benéfica à Saúde!

    Cálculo do Índice Glicêmico dos Alimentos

    O cálculo do Índice Glicêmico de um alimento é feito por cientistas, em laboratório, a partir da medida obtida em comparação com algum alimento de elevado IG. Normalmente, utiliza-se o pão feito de farinha branca refinada. Para tanto, esse pão é ofertado a um paciente com observância do tempo de demora para a completa absorção dos carboidratos presentes nesse pão.

    Assim, o resultado obtido é considerado como medida padrão. É a partir desse padrão, que o tempo de absorção de outros alimentos é medido, sendo sua gradação fornecida conforme a referência do pão.

    Dessa forma, o valor de Índice Glicêmico dos alimentos varia entre 0 e 100 e pode ser encontrado em Tabelas de Índice Glicêmico dos Alimentos.

    Consequentemente, esses valores são classificados em Baixo, Médio e Alto, conforme segue:

    1. Baixo IG: menor do que 50
    2. Médio IG: entre 50 e 70
    3. Alto IG: de 70 a 100

    Fatores que Afetam o Índice Glicêmico

    De um modo geral, quanto mais processado ou mais cozido for o alimento, maior o será o seu Índice Glicêmico. E, quanto maior o IG, menor deverá ser o seu consumo, para evitar picos na secreção de Insulina. 

    Por outro lado, existem alguns fatores que afetam o Índice Glicêmico e podem melhorar a frequência de inclusão de alimentos de Alto Índice Glicêmico no cardápio como, por exemplo:

    1. Presença de Proteínas na Refeição

    Os Macronutrientes competem entre si para serem absorvidos no Intestino Delgado.

    Assim, ao consumir alimentos de Alto Índice Glicêmico, se forem acrescentados outros alimentos ricos também em Proteínas, haverá um aumento no tempo necessário para que ocorra a completa absorção. Dessa forma, esta inclusão irá propiciar a inclusão de alimentos de Alto Índice Glicêmico no cardápio.

    2. Presença de Gorduras na Refeição

    O mecanismo explicado acima é o mesmo que envolve a inclusão de alimentos ricos em gorduras.

    3. Presença de Fibras Solúveis na Refeição

    A presença de alimentos ricos Fibras Solúveis na refeição é de grande importância por sua capacidade de absorverem água e formarem uma espécie de gel, que engloba as moléculas de glicose.

    Dessa forma, haverá a formação de uma espécie de ”barreira no bolo alimentar”, que torna muito mais lenta a liberação da glicose na corrente sanguínea. Por isso, a absorção de glicose pelo organismo será dificultada, reduzindo o Índice Glicêmico da refeição.

    4. Tempo de Processamento dos Alimentos

    De uma forma geral, quanto maior o tempo que o alimento passa cozinhando, maior sua digestibilidade; quanto maior a digestibilidade de um alimento, maior o seu IG.

    5. Tipo de Processamento dos Alimentos

    É importante lembrar que a forma como um alimento é processado, ou seja, se o alimento é assado, cozido ou frito, influencia bastante o seu IG. Assim, a presença de água no alimento influi.

    Portanto, a ausência de água concentra o teor de carboidrato no alimento, além de facilitar sua digestão e sua assimilação pelo organismo. Isso pode ser observado, por exemplo, em:

    1. A Batata Doce Cozida: por absorver água, possui Índice Glicêmico Menor do que Batata Doce Assada.
    2. A Torrada: por ser pobre em água, possui Índice Glicêmico Maior do que o Pão não torrado.

    Conclusões Importantes sobre o Índice Glicêmico

    O Índice Glicêmico é um indicador da velocidade com que os carboidratos presentes em um alimento alcançam a corrente sanguínea. Logo, é possível concluir que:

    1. É assim, que o Índice Glicêmico impacta ou influencia de forma imediata a Glicemia. Uma vez que a ingestão de alimentos com alto IG sempre elevará a quantidade de glicose ou “açúcar” no Sangue.

    2. Como cada alimento apresenta um valor para o IG, o consumo dos diversos alimentos pode causar distintos impactos sobre a Glicemia e, consequentemente, sobre a secreção pancreática de Insulina.

    3. Por isso, o conhecimento do valor do Índice Glicêmico dos alimentos exige atenção. Na verdade, este conhecimento é fundamental para selecionar os Tipos de Carboidratos na alimentação diária.

    4. Finalizando, entender o conceito de IG é essencial para que se possa manter um bom Controle Glicêmico. Isso é fundamenta, em especial para os indivíduos:

    1. Diabéticos;
    2. Resistentes à Ação da Insulina;
    3. Atletas;
    4. Esportistas;
    5. Praticantes Regulares de Atividade Física;
    6. Necessitam Eliminar Peso;
    7. Desejam Emagrecer de Forma Saudável.

    Concluindo, este conhecimento é essencial aos que desejam: Saúde, Longevidade e Qualidade de vida.

  • Ingredientes Funcionais

    Ingredientes Funcionais são todos aqueles extraídos a partir de Alimentos Funcionais, utilizando Técnicas Dietéticas apropriadas. Exemplos: leites, biomassas, farinhas, óleos, manteigas e outros.

    Estes ingredientes, além de cumprir suas funções nutricionais básicas como Nutrientes, oferecem benefícios fisiológicos à prevenção de doenças, por exemplo, reduzir o risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como Diabetes Mellitus, Dislipidemias e Câncer, entre outras.

    Importância dos Ingredientes Funcionais

    A importância deste tipo de ingredientes está relaciona ao fato de que, ao serem extraídos de seus diversos Alimentos Fonte, como Cereais, Frutas, Leguminosas, Oleaginosas e Sementes, estes Ingredientes preservam e concentram o que há de melhor em sua composição.

    Isto é: seus Nutrientes Bioativos, que são os Fitoquímicos responsáveis pela Funcionalidade, ou seja, as características nutricionais com ações fisiológicas que os tornam Funcionais.

    A grande importância destes ingredientes está em incluir na alimentação diária Nutrientes protetores da Saúde, de forma prática, fácil e rápida. O ideal é ter estes Ingredientes prontos para o dia a dia.

    Entre os Ingredientes Funcionais mais importantes encontram-se:
    1. Farinhas Funcionais de: Alfarroba, Amora, Banana Verde, Cacau, Coco, Grão-de-bico…
    2. Leites Vegetais de:  Amendoim, Amêndoas, Aveia, Coco, Quinoa….
    3. Biomassas de: Amendoim, Amêndoa, Banana Verde, Grão-de-bico,Quinoa…
    4. Óleos e Manteigas de: Amendoim, Castanhas, Coco, Gergelim, Chia…
    5. Fibras Funcionais: Farelo de Aveia, Farelo de Trigo, Farelo de Centeio…

    Como Obter Ingredientes Funcionais

    Os Ingredientes Funcionais são classificados e podem ser obtidos de acordo com sua origem, em:

    1. Ingredientes Funcionais Caseiros

    Os Ingredientes Funcionais podem ser facilmente obtidos em casa, contudo, é fundamental saber extraí-los utilizando técnicas dietéticas adequadas, para manter e concentrar sua Funcionalidade. Isto é: manter os Nutrientes Bioativos que conferem benefícios na promoção da Saúde e prevenção de doenças.

    Por exemplo, a grande importância de utilizar Biomassa de Banana Verde em receitas reside no  aproveitamento do Amido Resistente que é muito abundante na Polpa da Banana Verde. Entretanto, é essencial saber como extrair o Amido Resistente de forma correta, para não perder sua Funcionalidade. 

    Da mesma forma, para preparar uma Manteiga de Amendoim é fundamental conhecer a técnica correta para não perder o Resveratrol e a Vitamina E presentes nesta Leguminosa.

    É importante lembrar que estes ingredientes devem ser utilizados em receitas saudáveis e combinados em uma dieta balanceada em nutrientes. Por exemplo, não adianta utilizar ingredientes que auxiliam no controle do colesterol combinados com dietas ricas em gorduras de má qualidade.

    2. Ingredientes Funcionais Industrializados

    No caso de Alimentos e Ingredientes Funcionais Industrializados, antes de adquiri-los é preciso estar atento quanto à procedência e composição além de procurar saber se o produto em questão teve sua eficácia avaliada em pesquisas sérias com comprovação dos órgãos competentes.

    Entre Bons Exemplos de Ingredientes Funcionais Industrializados estão: 
    1. Farinhas funcionais de: maracujá, berinjela, banana verde…;
    2. Farelos de Cereais: farelo de aveia, farelo de centeio…;
    3. Flocos de Cereais e Pseudocereais: flocos de aveia, quinoa, amaranto…;
    4. Formulações Especiais: compostas com objetivos específicos e prescritos por Nutricionistas, para surtir os bons resultados esperados, é essencial seguir as instruções dos rótulos, utilizando-os da forma recomendada pelo fabricante, lembrando que muitas não podem ser aquecidas.

    Ingredientes Funcionais Não São Aditivos Alimentares!

    Atenção, é muito importante diferenciar Ingredientes Funcionais de Aditivos Alimentares.

    Dessa forma, certos ingredientes alimentares utilizados pela Indústria de alimentos, para conferir ou intensificar: sabor, textura, aroma e aparência não são Ingredientes Funcionais e sim Aditivos Alimentares utilizados pela Indústria Alimentícia. Alguns são Naturais outros são Sintéticos.

    Entre os Aditivos Alimentares mais comuns estão:

    Estes aditivos são utilizados industrialmente, como agentes de ligamento, espessamento, texturização e saborização. O objetivo sempre é: melhorar ou conferir propriedades sensoriais aos produtos alimentícios.

    1. Amidos Modificados;
    2. Aromas Emcapsulados;
    3. Açúcar invertido;
    4. Xarope de Milho;
    5. Leveduras:  Saccharomyces cerevisiae, Penicillium roqueforti, Penicillium camemberti…;
    6. Fibras Funcionais: betaglucanas, amido resistente, pectinas…;
    7. Gomas: Carragena, Xantana…;

    Como Utilizar os Ingredientes Funcionais

    As formas de utilização destes ingredientes são amplas e diversificadas.

    Entretanto é preciso estar consciente de que, apesar de esses Ingredientes conterem os Nutrientes Bioativos de seus Alimentos Fontes, não atuam como medicamentos. Por isso, para usufruir dos seus benefícios é essencial consumi-los regularmente, incluindo-os na alimentação diária.

    Afinal, grande parte dos Nutrientes Bioativos estudados pelas Ciências da Nutrição se encontra nesses Ingredientes, que podem, facilmente, serem incorporados no cardápio diário.

    Entre as utilizações mais comuns dos Ingredientes Funcionais, tem-se: 
    1. Farinhas Funcionais: no preparo de sucos, vitaminas, como substitutas de farinhas ricas em amidos…
    2. Leites Vegetais: no preparo de sucos, vitaminas, como substitutos do leite bovino em purês….
    3. Biomassas: como substitutos do creme de leite, maioneses e leite condensado em diversas receitas…
    4. Óleos e Manteigas: como substitutos de óleos e manteiga animal em diversas receitas…
    5. Farelo de Aveia: sucos, vitaminas, assados, omeletes, sobremesas, pães, bolos…
  • Insulina

    A Insulina é um hormônio sintetizado pelas células do Pâncreas, que controla o metabolismo dos alimentos consumidos,  sendo responsável pela sensação de fome e pela formação de gorduras no corpo.

    Este hormônio é sintetizado pelo Pâncreas, após a ingestão de alimentos, em resposta à elevação dos níveis circulantes de Glicose, para desempenhar um papel fundamental no Metabolismo dos Nutrientes.

    Na verdade, este é o hormônio responsável pela utilização dos alimentos pelo corpo, pois atua como se fosse uma “chave”, que vai abrindo os “receptores das células” corporais, para que a Glicose consumida na alimentação entre dentro das células e seja utilizada para gerar Energia e Fazer o Organismo Funcionar.

    As Funções da Insulina no Organismo

    A função mais importante da Insulina é promover o transporte de glicose (produzida pela digestão dos alimentos) para o interior das células (principalmente para as células do músculo esquelético e do tecido adiposo) para que esta seja transformada em Energia. 

    Algumas células corporais são independentes da ação da Insulina e captam Glicose diretamente da corrente sanguínea, sem interferência deste hormônio.

    É o caso das: células cerebrais, células vermelhas do sangue, células epiteliais intestinais e células renais.

    É importante ter em mente que além de ser o Hormônio Controlador da Glicose Sanguínea, a Glicemia, é também o hormônio responsável pelo Aumento da Sensação de Fome e pelo Acúmulo de Gorduras no corpo, em especial na Região Abdominal.

    Secreção da Insulina pelo Pâncreas

    O Pâncreas produz e secreta este hormônio de duas formas: basal e bolus.

    1. Secreção Basal

    Esta forma, refere-se a uma secreção constante de Insulina que permanece em níveis baixos no sangue o tempo todo; é produzida e secretada em forma de “gotas contínuas”, cuja função é suprimir a produção de glicose entre as refeições e à noite mante (quando ocorre o jejum fisiológico, durante o período de sono), mantendo normais, seus níveis na corrente sanguínea.

    2. Secreção in bolus

    In bolus é um termo utilizado para uma forma de secreção que se refere às grandes quantidades de Insulina, que são liberadas na circulação sanguínea em momentos de maior necessidade, como por exemplo, após as refeições, ou quando há um aumento súbito de glicose no sangue.

    Importância do Hormônio Insulina

    Após uma refeição, a Glicemia (níveis “de açúcar” no sangue) se eleva, o que provoca liberação de Insulina, para que o excesso de glicose circulante possa ser captado pelas células, normalizando-a.

    Esta atuação insulínica é fundamental, uma vez que o excesso de glicose na corrente sanguínea é tóxico e extremamente prejudicial ao organismo. 

    Além de transportar a Glicose no Sangue até as células, a Insulina deverá se ligar a um receptor na Membrana Celular (receptor de Insulina) e “entregar” a Glicose transportada.

    É a partir de então, que a Glicose entrará nas células e será transformada em Energia.

    Este é o passo inicial de uma reação em cadeia, que dará início a uma Cascata Metabólica em prol da vida.

    Logo: “sem a atuação deste hormônio, não seria possível o organismo humano transportar e utilizar, adequadamente, a glicose obtida através da alimentação diária!”

  • Linfa

    É essencialmente um ultrafiltrado do Plasma Sanguíneo, formado pela filtração contínua da parte fluida do Sangue, através das paredes dos Capilares Sanguíneos, para o espaço intersticial.

    A Linfa é um líquido quase incolor e viscoso com composição bastante semelhante à do Plasma Sanguíneo, formado por água, eletrólitos e proteínas que escapam do Sangue através dos Capilares Sanguíneos, e considerado um dos líquidos mais nobres do organismo, representando cerca de 15% do peso corporal.

    Como a Linfa é obtida a partir dos interstícios celulares, é desprovida dos Glóbulos Vermelhos, que não penetraram neste compartimento corporal. Por isso, não apresenta a cor vermelha do Sangue.

    Portanto, é praticamente incolor tendo quase a mesma composição do Plasma Sanguíneo, que “carrega” o mesmo conteúdo encontrado no espaço entre as células, em especial substâncias de peso molecular ou tamanho grande demais para que pudesse sair através de um capilar sanguíneo.

    Assim, a Linfa surge em vários pontos do organismo, a partir da filtração capilar e “banha” as células ofertando-lhes os nutrientes necessários e, assim, pode-se dizer que nenhuma célula recebe Sangue “diretamente“ para sua sobrevivência e que o líquido que nutre as células é a Linfa e não o Sangue.

    Por outro lado, a Linfa que penetra nos Vasos Linfáticos na periferia surge da filtração capilar e, por consequências, é formada a partir do Líquido Extracelular.

    Localização da Linfa: Sistema Linfático

    O “meio interno” está composto por: Sangue, Linfa e Líquido Extracelular.

    O Sangue é o líquido contido dentro dos Vasos Sanguíneos (artérias, veias e capilares de vários calibres) e circula nos dois sentidos: do Coração para a Periferia (Sangue Arterial) e da Periferia para o Coração (Sangue Venoso).

    O Líquido Extracelular circunda ou “banha” as células, contrapondo-se ao Líquido Intracelular.

    A Linfa é um líquido contido dentro de vasos especiais denominados Vasos Linfáticos e só circula no sentido da Periferia para o Coração: surge em vários pontos do corpo e se dirige ao Coração, onde se mistura ao Sangue, passando a fazer parte deste.

    A Linfa está localizada dentro de um Sistema de capilares, vasos e ductos linfáticos, que acompanham os componentes do Sistema de Circulação Sanguínea na grande maioria dos órgãos.

    Assim, a Linfa faz parte de um sistema denominado Sistema Linfático, que inclui tanto o Tecido Linfoide do corpo, quanto os Vasos Linfáticos associados a este tecido corporal. É formado por Capilares, Vasos, Ductos e Linfonodos: Gânglios Linfáticos ou Nódulos Linfoides.

    Os Capilares Linfáticos começam em fundo cego nos espaços intracelulares, onde se acumula líquido intersticial. Eles drenam para vasos linfáticos cada vez mais largos, esvaziando-se finalmente na veia cava superior ou em uma de suas tributárias.

    A Linfa é filtrada por Linfonodos: estruturas dispersas ao longo do curso de muitos Vasos Linfáticos.

    Os Gânglios Linfáticos, por fazerem drenagem de regiões são indicadores de metástases e, portanto, eleitos para biopsia em casos de suspeitas de neoplasias.

    Não apresentam linfáticos: Sistema Nervoso Central, Medula Óssea, Timo, Placenta, Poupa Vermelha do Baço, Cartilagens, Ossos e Dentes.  Entretanto, até mesmo estes órgãos apresentam minúsculos canais intersticiais “Pré-Linfaticos” que drenam o pouco líquido que sobra em seu meio intersticial.

    O Liquido Cefalorraquidiano, Líquor ou Fluído Cérebro Espinhal é formado pelos tufos de capilares (Plexos Coroides) nos ventrículos cerebrais e circula através do no espaço intracraniano, sobre a superfície total do Cérebro e da Medula Espinhal.  É semelhante ao Plasma Sanguíneo, do qual deriva, e possui uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e alguns linfócitos., atuando em parte como um meio nutritivo para Cérebro e Medula Espinhal, e também, como um amortecedor para o Córtex Cerebral e a Medula Espinhal: um acolchoamento contra choques nestas estruturas.

    Principais Funções da Linfa

    1. A principal função da Linfa é promover a contínua drenagem dos metabólitos, catabólitos e água dos espaços intersticiais e integrar as proteínas ao Sangue, pois não existe outra via além dos linfáticos para que o excesso de proteínas retorne à Circulação Sanguínea: a permanência de proteínas no espaço intersticial determinaria a falência circulatória e a morte do organismo em poucas horas;

    2. Manutenção de baixa pressão hidrostática no Líquido Extracelular, o que possibilita novas filtrações, e absorção de substâncias não absorvíveis pelos capilares venosos, como as gorduras;

    3. Conduzir ao Sangue, os elementos que atravessam a Mucosa Intestinal no processo de digestão, como por exemplo: glicose, aminoácidos e gorduras, dentre outros;

    4. Defender o organismo contra as agressões de bactérias e agentes tóxicos oriundos dos interstícios celulares, conduzindo-os para linfonodos onde sensibilizam o organismo ou estes são destruídos.

    5. Conduzir as Imunoglobulinas (anticorpos) absorvidas pelo recém-nato;

    6. Conduzir as Imunoglobulinas produzidas pelos Linfonodos e os linfócitos à Corrente Sanguínea.

  • Metabolismo

    O metabolismo é um conjunto de reações químicas realizadas pelo organismo para aproveitar os nutrientes dos alimentos e “fazer a vida do corpo acontecer”; pode ser dividido em duas partes:

    Catabolismo – quando ocorre quebra de moléculas maiores em menores;
     Anabolismo – quando ocorre síntese de moléculas menores em maiores.

  • Nelson Mandela

    Nelson Rolihlahla Mandela (nasceu: Mvezo, 18 de julho de 1918 e faleceu: Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e pai da Moderna Nação Sul-Africana, onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou “Tata” (Pai).

    Aos 23 anos, seguiu de sua pequena aldeia no interior para a Capital, Joanesburgo, e iniciou sua atuação política. Passou do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, tornando-se advogado e líder da resistência não-violenta da juventude; acabou como réu em um infame julgamento por traição. Foragido, tornou-se depois o prisioneiro mais famoso do mundo e, finalmente, o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação do seu país, como uma sociedade multiétnica.

    Mandela foi preso em 1962 (o The New York Times, em 2013, revelou que a CIA Americana foi a força decisiva para sua prisão) e passou 27 anos na prisão, sendo libertado em 1990, graças a uma campanha internacional por sua libertação, no auge de uma guerra civil que ocorria em seu país. Até 2009, Mandela havia dedicado 67 anos de sua vida à causa que defendeu como advogado dos direitos humanos e pela qual se tornou prisioneiro de um regime de Segregação Racial (Apartheid), até ser eleito o primeiro presidente da África do Sul Livre. Em sua homenagem, a Organização das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, 18 de julho, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela Liberdade, pela Justiça e pela Democracia.

  • Nutrientes Bioativos ou Nutrientes Funcionais

    Nutrientes Bioativos, Nutrientes Funcionais ou Fitonutrientessão substâncias químicas biologicamente ativas, presentes exclusivamente em alimentos de origem vegetal.

    Estes compostos são produzidos pelo Metabolismo Secundário das plantas para protegê-las contra radiações ultravioletas, poluentes, oxidações e ataques de micro-organismos, insetos e animais.

    Diversas pesquisas vêm comprovando que os benefícios e a proteção conferidos aos vegetais se estendem aos seres humanos que consomem, de forma regular, alimentos ricos neste tipo de nutrientes.

    Importância dos Nutrientes Bioativos

    A Ciência identificou, estudou e descreveu as propriedades funcionais de vários Nutrientes Bioativos presentes em vegetais utilizados como alimentos, temperos, fitoterápicos e chás.

    Estudos que descrevem tais nutrientes vêm se intensificando no mundo, realizados por renomados Centros de Saúde, Institutos e Universidades, sendo que a lista de bons resultados cresce a cada dia.

    A literatura científica descreve vários benefícios advindos do consumo regular de alimentos vegetais ricos nestes Nutrientes Bioativos, coletivamente denominadas Fitoquímicos, as quais são capazes de proteger também o organismo humano, desde que sejam presença constante em sua alimentação.

    Os Nutrientes Bioativos podem desempenhar mais de uma função fisiológica, atuando por mecanismos distintos, protegendo e regenerando as células, promovendo Saúde e prevenindo Doenças Crônicas.

    Dentre os principais Fitonutrientes estudados encontram-se clorofila, betacaroteno, licopeno, luteína, isoflavonas, polifenóis e muitos outros, desempenhando várias ações protetoras, dentre as quais:

    1. Ação Antioxidante
    2. Ação Fotoprotetora
    3. Ação Desintoxicante e Carminativa
    4. Ação Anti-inflamatória
    5. Ação Imunomoduladora
    6. Ação Anticarcinogênica
    7. Ação Antimicrobiana
    8. Ação Estrogênica

    Classes de Nutrientes Bioativos

    Os Nutrientes Bioativos são os pigmentos responsáveis pelas cores vistas nos vegetais, classificados em:

    1. Terpenos: Saponinas, Carotenoides, Óleos Essenciais Voláteis;

    2. Compostos Heterocíclicos: Clorofilas;

    3. Compostos Fenólicos: Monofenóis, Flavonoides, Polifenóis, Antocianinas, Antoxantinas, Taninos;

    4. Compostos Nitrogenados: Betalaínas;

    5. Compostos Sulfurados: Isotiocianatos Alílicos, Indóis e Sulforafane.

    Diferença entre Vitaminas, Minerais e Fitoquímicos

    A Nutrição Funcional conferiu aos Nutrientes Bioativos ou Funcionais o “status” de Micronutrientes pertencentes à Classe dos Fitoquímicos, uma vez que estes compostos vêm se tornando, cada vez mais, essenciais à manutenção e promoção da Saúde e à Prevenção de Doenças Crônicas, como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Dislipidemias, Doenças Gastrintestinais, Cardiovasculares e Neurológicas, dentre outras. Por isso, também denominados Nutrientes Funcionais, que podem ser diferenciados em:

    1. Vitaminas e Minerais

    As Vitaminas e Minerais não fornecem energia ao organismo como os Macronutrientes. Contudo, são Essências à Vida, pois participam de diversas funções vitais para a regulação do Metabolismo e a prevenção de doenças que ocorrem por deficiências e podem levar à morte, como Anemias, Escorbuto, Pelagra, Raquitismo, Beribéri e Desnutrição. Para os Minerais, há também a Função Estrutural, uma vez que estes Micronutrientes participam da estruturação do organismo, através da formação de ossos e dentes.

    2. Fitoquímicos

    OFitoquímicos também não fornecem energia ao organismo, mas são essenciais à Saúde, pois exercem funções funcionais essenciais para manter, defender e promover a Saúde do corpo, além de atuarem na prevenção contra as Doenças Crônicas tão presentes na sociedade atual.

  • Nutrientes Funcionais

    Os Nutrientes Funcionais, também chamados de Nutrientes Bioativos e Fitonutrientes são compostos químicos biologicamente ativos encontrados em Alimentos Funcionais, que além de nutrir o corpo também conferem efeitos fisiológicos relativos à manutenção da Saúde e à proteção contra doenças.

    Estes Nutrientes são encontrados de forma natural somente em alimentos de origem vegetal e para exercerem seus efeitos fisiológicos devem fazer parte frequente de uma alimentação balanceada.

    Origem e Importância dos Nutrientes Funcionais

    Os Nutrientes Funcionais são sintetizados pelo metabolismo secundário das plantas para atuar como o seu Sistema de Defesa. Diferentemente dos animais que se locomovem e se defendem, os vegetais são seres sedentários por natureza; não se locomovem e não podem defender a sua existência.

    Por isso, as plantas precisam produzir substâncias que as defendam contra as agressões da Natureza, como sol e calor excessivos, ataques de pragas, predadores e miro-organismos, e do uso de defensivos agrícolas. Para isso, produzem substâncias químicas, que as protegem, viabilizando sua existência.

    Diversas destas substâncias apresentam Propriedades Funcionais e, quando ingeridas pelos seres humanos,  combatem a ação dos Radicais Livres, defendem o organismo contra inflamações e fortalecem o Sistema Imune, para o combate contra infecções por parasitas, micro-organismos e substâncias tóxicas.

    As Ciências da Nutrição vêm estudando e descrevendo vários benefícios advindos do consumo regular de alimentos vegetais ricos nestas substâncias químicas, coletivamente denominadas Fitoquímicos, capazes de beneficiar também o organismo humano, desde que sejam presença constante em sua alimentação.

    Nutrição Funcional conferiu a esses compostos o “status” de Nutrientes Funcionais que, na verdade, são os Micronutrientes pertencentes à Classe dos Fitoquímicos. Com o avanço da industrialização de alimentos e a prática de uma alimentação desbalanceada e desvitalizada, estas substâncias vêm se tornando cada vez mais, essenciais à manutenção da Saúde e à prevenção das Doenças Crônicas.

    Assim, Nutrientes Funcionais são substâncias protetoras da Saúde presentes em vários alimentos e plantas medicinais, que recebem a denominação coletiva de Substâncias Fitoquímicas, Fitoquímicos ou Fitonutrientes.

    Exemplos de Nutrientes Funcionais

    A Ciência identificou e descreveu as propriedades funcionais de diversos compostos bioativos encontrados em vegetais utilizados como alimentos, temperos, plantas medicinais, fitoterápicos e chás.

    Estudos e Pesquisas que investigam e descrevem os Nutrientes Funcionais vêm se intensificando no Mundo, incluindo o Brasil, realizados por renomados Institutos, Universidades e Centros de Saúde, sendo que o número destas substâncias e a lista de seus benefícios para a Saúde crescem a cada dia.

    Muitas destas Substâncias Fitoquímicas são os pigmentos que dão cor aos vegetais, as quais podem ser detectadas pelo olho humano. É importante saber que um mesmo Nutriente Funcional pode apresentar mais de um efeito fisiológico benéfico para a Saúde, como pode ser observado nos exemplos abaixo:

    1. Licopeno

    Este Fitonutriente pertence à classe dos Carotenoides e apresenta ações Anticarcinogênica, Amti-inflamatória e Antioxidante; está presente em tomates e diversas frutas e hortaliças de cor vermelha.

    2. Betacaroteno

    O Betacaroteno também pertence à classe dos Carotenoides e apresenta ações Anticarcinogênica e Antioxidante; está presente em mamão, cenoura, pimentão e vegetais de amarelo à cor laranja.

    3. Resveratrol

    Este Fitonutriente pertence à classe dos Polifenóis e apresenta ações Antioxidante, Antilipemiante e Anti-inflamatória; está presente em amendoins, grão-de-bico,frutos oleaginosos e uvas de cor roxa.

    4. Catequinas

    Estes Fitonutrientes também pertencentes à classe dos Polifenóis, apresentam ações Antioxidante, Antilipemiante e Anti-inflamatória; são encontrados em azeite de oliva, cacau, café e alguns chás.

    5. Isotiocianatos

    Estes Fitonutrientes pertencem à classe dos Glicosinolatos e apresentam ações Anticarcinogênica, Antitumoral e Antioxidante; são encontrados em aspargos e vegetais crucíferos, como brócolis, mostarda, couve manteiga, couve-de-Bruxelas, acelga, couve-flor, repolho, agrião, rúcula e nabo.

    Alimentos Ricos em Nutrientes Funcionais

    As principais fontes de Nutrientes Funcionais são os Alimentos Funcionais, como:

    1. Polpa de Banana Verde: rica em Amido Resistente e Antioxidantes;
    2. Amendoim: rico em Resveratrol, Betasitosterol e Vitamina E;
    3. Polpa de Coco: rica em Triglicerídios de Cadeia Média e Antioxidantes;
    4. Yacon ou Batata Yacon: rica em Inulina, Fruto-oligossacarídeos e Antioxidantes;
    5. Farelo de Aveia: rico em Betaglucanas;
    6. Casca de Laranja Amarga: rica em Antioxidantes;
    7. Batata Doce: rica em Amido Resistente e Antocianinas;
    8. Beterraba: rica em Betalaínas e Pectina;
    9. Goji Beurry: rica em Betaglucanas e Antioxidantes;
    10. Brócolis: ricos em Sulforafane e Antioxidantes;
    11. Sementes de Chia: rica em Fibras Mucilaginosas e Antioxidantes.
  • Parede Celular

    É uma estrutura resistente e flexível, às vezes muito rígida, que envolve externamente as células de plantas, algas, fungos e seres procariontes (exceto o micoplasma, que é uma bactéria); sua composição química varia de acordo com o organismo estudado. Por exemplo, a parede celular das células vegetais é formada por celulose e a dos fungos por quitina. As células animais não apresentam parede celular.

    A parede celular é o principal componente estrutural das plantas terrestres, cuja função é conferir-lhes rigidez e força, constituindo-se em uma significativa fonte nutricional para os herbívoros. É composta por polímeros de carboidratos (os polissacarídios: celulose, hemicelulose e pectina) e um polímero não carboidrato, isto é, não polissacarídio): o polímero fenólico denominado Lignina.

  • Pectina

    A Pectina é um tipo de Fibra Funcional, que protege a mucosa do Estômago, combate a Obstipação, evita o acúmulo de toxinas, auxilia no controle da Glicemia e do Colesterol, e contribui para o emagrecimento.  

    Este tipo de fibra alimentar está presente em legumes, frutas cítricas, frutas vermelhas, maçãs e peras, sendo muito utilizadas como espessantes e emulsificantes, pela indústria alimentícia.

    Importância da Pectina para a Saúde

    Pectina, faz parte do grupo das Fibras Alimentares Solúveis: polissacarídios indigeríveis por enzimas digestivas humanas, que conferem firmeza às plantas, “colando e juntando” suas paredes celulares.

    A principal característica da Pectina está em sua capacidade para formar géis espessos. Ao formar esta espécie de gel aderente ou “gel de pectina”, esta fibra “sequestra e engloba” moléculas de:

    1. Gorduras: da alimentação;
    2. Glicose: dos alimentos ingeridos;
    3. Poluentes e  Metais Pesados: contidos nos alimentos.

    No organismo, a Pectina absorve água, formando um gel não digerívelque atua contra:

    1. Dislipidemias e Doenças Cardiovasculares

    Por reduzirem a absorção de gorduras da alimentação e também por “atraírem” as moléculas de sais biliares, as Pectinas combatem a elevação dos níveis sanguíneos de Colesterol, contribuindo para um bom perfil lipídico e para a Saúde do Sistema Cardiovascular.

    2. Diabetes Mellitus

    Ao “atrair” moléculas de glicose provenientes da refeição, a Pectina auxilia no controle Glicêmico. Dessa forma, o tempo de esvaziamento gástrico é retardado, melhorando a tolerância à glicose, prevenindo a ocorrência de “picos de Insulina” e protegendo o organismo contra o Diabetes Mellitus.

    3. Obstipação ou Prisão de Ventre

    A presença do “gel de pectina” melhora o funcionamento intestinal, combatendo a “intestino preso”.

    4. Ganho de Peso e Obesidade

    formação do “gel de pectina” no Estômago, promove Sensação de Saciedade prolongada, o que contribui para retardar a chegada da fome e controlar o apetite, auxiliando no emagrecimento saudável.

    Benefícios da Pectina para a Saúde Humana

    ação do gel de Pectina formado no Estômagoproduz uma sequência de efeitos fisiológicos importantes para o organismo, conferindo os seguintes benefícios à Saúde humana:

    1. Redução dos Níveis de Colesterol

    A Pectina reduz a absorção de gorduras da alimentação, contribuindo para a melhora do perfil lipídico:

    1. Englobando Parte da Gordura: consumida na refeição reduzindo sua absorção;
    2. Auxiliando no Controle: da absorção de Triglicerídios e Colesterol ingeridos na refeição;
    3. Englobando Moléculas de Sais Biliares, que levados para as fezes, obriga o Fígado a gastar colesterol do corpo para produzir novos sais biliares, para digestão das gorduras.

    2. Auxiliar no Controle Glicêmico

    A formação do gel de pectina confere benefícios valiosos aos resistentes à Insulina e diabéticos, por:

    1. Controlar a Velocidade de Absorção Sanguínea de Glicose;
    2. Reduzir o Estímulo à Secreção Pancreática de Insulina;
    3. Auxiliando na Manutenção do Controle Glicêmico.

    3. Aumento da Saciedade Após a Refeição

    Por tratar-se de uma fibra solúvel, as Pectinas absorvem água e forma um gel, aumentando de volume. 

    Ao transformar-se em gel e “inchar”, a Pectina passa a ocupar maior espaço no Estômago, o que irá contribuir para o aumento da sensação de Saciedade, o controle do apetite e a ingestão de alimentos. Isso auxilia na manutenção do peso e no emagrecimento, além de favorecer o funcionamento intestinal.

    4. Auxiliar no Tratamento para Emagrecimento Saudável

    A inclusão de alimentos ricos em Pectinas na alimentação, auxilia na manutenção do peso por atuar:

    1. Conferindo Saciedade;
    2. Diminuindo a sensação de Fome e o Apetite;
    3. Favorecendo o Emagrecimento Saudável.

    5. Eliminação de Toxinas do Organismo

    As Pectinas promovem uma faxina no organismo, ao “englobar”, também as toxinas: tanto as advindas da alimentação quanto as produzidas pelo Metabolismo, que são levadas para as fezes e eliminadas do corpo.

    É importante lembrar que o acúmulo de toxinas no organismosobrecarrega o Fígado, prejudicando o funcionamento de todos os órgãos, o que desequilibra e “bloqueia” o Metabolismo.

    Isto é: “faz a dieta emperrar”, levando o corpo a acumular gorduras e ganhar peso. Como é muito comum ouvir de clientes no consultório: “estou engordando só de olhar para a comida”!

    Quando o corpo atinge esta situaçãotorna-se essencial desintoxicá-lo, para retorná-lo ao equilíbrio.

    6. Favorecer o Funcionamento Intestinal

    A Pectina chega intacta ao Cólon, no Intestino Grosso, onde será fermentada por bactérias benéficas. Esta fermentação da Pectina por estas bactérias produz Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC).

    Esses AGCC abaixam o pH local, tornando o ambiente desfavorável ao desenvolvimento de micro-organismos patogênicos e combatendo a proliferação de células cancerígenas.

    Assim, a fermentação da Pectina pelas Bactérias Benéficas da Flora Intestinal é fundamental para o combate à Disbiose, às Doenças Inflamatórias Intestinais e ao Câncer Colorretal.

  • Pelagra ou Deficiência de Vitamina B3

    Pelagra é uma doença carencial causada pela deficiência da Vitamina B3, também conhecida como Niacina.

  • pH: Potencial Hidrogeniônico

    A sigla pH significa Potencial Hidrogeniônico, e consiste em uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade (= basicidade) de uma substância ou de um meio qualquer; é uma característica química de todas as substâncias.

    Este conceito foi introduzido pelo químico dinamarquês Peter Lauritz Sørensen, em 1909, para facilitar a compreensão, uma vez que esta escala logarítmica representa concentrações muito pequenas.

    Importância do pH para a Alimentação e a Saúde

    controle de qualidade da água e suas soluções é uma das mais relevantes aplicações do pH, pela importância da água nos processos químicos ou biológicos envolvidos na Alimentação e Saúde:

    1. Processos associados à vida humana e animal;
    2. Relacionados ao Meio Ambiente;
    3. Processos de indústrias Químicas, Biotecnológicas e Farmacêuticas;
    4. Na Agricultura, Piscicultura e suas indústrias relacionadas.

    O valor do pH está diretamente relacionado com a concentração (quantidade de íons hidrogênio: H+) e de íons OH- presentes em determinada solução. Quanto menor o pH de uma substância, maior sua concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH-.

    O pH varia de acordo com a temperatura, a composição de cada substância e com a concentração de ácidos, metais, sais, e outros, presentes em determinada solução.

    A Escala dos Valores de pH

    O valor do pH está diretamente relacionado com a concentração (quantidade de íons hidrogênio: H+) e de íons OH- presentes em determinada solução. Quanto menor o pH de uma substância, maior sua concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH-.

    O pH varia de acordo com a temperatura, a composição de cada substância e com a concentração de ácidos, metais, sais, e outros, presentes em determinada solução.

    A escala  de pH compreende valores que variam de 0 a 14, sendo:

    1. Valor 7: é considerado o pH Neutro;
    2. Zero representa o pH de Acidez Máxima;
    3. Valores de pH entre 0 e 7: substâncias consideradas Ácidas;
    4. Valores de pH entre 7 e 14: substâncias consideradas Básicas ou Alcalinas
    5. Valor 14: representa a Alcalinidade ou Basicidade Máxima;
    6. Valores abaixo de zero ou superiores a 14: podem ser verificados em algumas substâncias, porém ocorrem com certa raridade.

    Exemplos de Soluções e Sustâncias com seus pH

    Algumas substâncias e soluções com seus respectivos valores de pH:

    1. Vinagre: 2,9
    2. Coca-Cola: 2,5
    3. Saliva Humana: 6,5 – 7,4
    4. Água pura: 7,0
    5. Água do mar: 8,0
    6. Sangue: 7,36 – 7,42

    Manutenção do pH do Organismo e sua Importância

    É muito importante saber: um bom estado de Saúde exige que o pH dos líquidos corporais, como Sangue, Linfa, Líquido Encefalorraquidiano e Líquidos Intra e Extracelulares sejam sempre levemente alcalino.

    Para manter o equilíbrio do pH no organismo é importante evitar alimentos acidificantes, como refrigerantes, doces, farináceos, etc. e consumir alimentos alcalinizantes como hortaliças e frutas in natura.

  • Polissacarídios

    São compostos macromoleculares (moléculas gigantes), formadas pela união de vários monossacarídios. Os três polissacarídios mais importantes dos seres vivos são: amido, glicogênio e celulose.

    Amido: polissacarídio de reserva dos vegetais;
    – Glicogênio: polissacarídio de reserva dos animais;
    – Celulose: polissacarídio estrutural dos vegetais.

  • Prebióticos ou Alimentos Prebióticos: Protetores Intestinais

    Os Prebióticos são Alimentos ricos em Fibras Prebióticas, de forma natural ou por adição industrial.

    Estes Alimentos são ricos em Carboidratos não digeríveis por enzimas Gastrintestinais Humanas que, ao atingirem o Cólon (Intestino Grosso) são fermentados por Bactérias Probióticas da Flora Intestinal.

    Importância dos Alimentos Prebióticos para a Saúde

    O consumo regular de Alimentos Prebióticos auxilia na manutenção de uma Flora Intestinal saudável, por proteger o meio contra a proliferação de Bactérias Patogênicas, que danificam a Mucosa Intestinal.

    Os benefícios deste consumo regular advêm da interação entre as Fibras Prebióticas presentes nesses alimentos, que são fermentadas pelas “bactérias do bem” presentes na Flora Intestinal.

    Isto é: as Fibras Prebióticas presentes nos Alimentos Prebióticos “servem de comida”, alimentando as Bactérias Probióticas: Bifidubactérias e Lactobacillus, as bactérias benéficas da Flora Intestinal.

    Ao serem alimentadas, as Bactérias Probióticas se fortalecem, proliferam (aumentando sua população), expulsando as Bactérias Patogênicas, que são putrefativas e poderiam danificar a Mucosa Intestinal, tornando o meio Intestinal vulnerável a desenvolver doenças.

    Benefícios do Consumo de Alimentos Prebióticos

    No Cólon, ao fermentar (“comer”) as Fibras presentes nos Alimentos Prebióticos, as Bactérias Benéficas da Flora Intestinal produzem Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC).

    Estes AGCC vão acidificar o meio, tornando o pH intestinal inadequado à sobrevivência de Bactérias Patogênicas e, dessa forma, evitar o desenvolvimento de Disbiose, além de trazer outros benefícios para a Saúde Humana, entre os quais, destacam-se: 

    1. Aumento do tempo de saciedade: leva-se mais tempo para sentir fome;

    2. Bom Funcionamento Intestinal: por garantir Saúde à Mucosa que reveste o Intestino;

    3. Combate à Flatulência: reduzir os gases por promover o equilíbrio entre as Bactérias Intestinais;

    4. Auxílio para Absorção de Minerais: por acidificação do meio intestinal;

    5. Prevenção de Doenças: Inflamatórias Intestinais e Câncer Intestinal;

    6. Controle de Distúrbios Intestinais: envolvendo diarreias ou problemas de motilidade;

    7. Combate à Obstipação: por favorecer a formação do bolo fecal e a motilidade intestinal;

    8. Redução dos níveis sanguíneos de gordura: reduz os níveis de Colesterol e Triglicerídios;

    9. Estimulo o Sistema Imune: por favorecer desenvolvimento de Bactérias Benéficas na Flora Intestinal;

    10. Retardo na absorção da glicose: evita “picos” na Secreção Pancreática de Insulina, trazendo melhora da resposta glicêmica e prevenção contra o desenvolvimento do Diabetes Mellitus do Tipo 2.

    Como Incluir Alimentos Prebióticos na Dieta

    O consumo regular de Alimentos Prebióticos pode ser de grande utilidade para a prevenção (Doenças Inflamatórias Intestinais e Disbiose) e o controle (Dislipidemias e Diabetes Mellitus) de doenças de forma natural, sem uso de medicamentos e antibióticos inclusive, combinados com Probióticos.

    1. Probióticos ricos em Inulina: alho, alho poró, almeirão, chicória, cebola e Yacon;

    2. Probióticos ricos em Fruto-Oligossacarídios (FOS): raízes de Chicória e Yacon;

    3. Probióticos ricos em Betaglucanaservilha, grão-de-bico, lentilha, e Farelo de Aveia;

    4. Probióticos ricos em Amido Resistente: batata doce e Polpa da Banana Verde;

    5. Probióticos ricos em Pectina: berinjela, cenoura, frutas cítricas, maçãs, maracujá e pera;

    6. Consumo de Probióticos Especiais: fórmulas nutricionais enriquecidos com Fibras Prebióticas;

    7. Consumo de Ingredientes Funcionais:  Farelo de Aveia, Farinha de YaconFarinha de Alfarroba;

    8. Suplementos de Fibras Prebióticas: facilmente encontrados à venda, podem ser acrescentados à dieta, permitindo um melhor controle sobre as quantidades ingeridas, uma vez que esses produtos apresentam valores pré-determinados. Podem ser muito úteis tanto para a prevenção quanto para o controle natural (sem uso de medicamentos) de diversas doenças.

  • Probióticos ou Alimentos Probióticos: Protetores da Saúde

    Probióticos ou Alimentos Probióticos são alimentos que contêm micro-organismos vivos. 

    Quando estes alimentos são consumidos em quantidades adequadas, resistem à digestão, chegando intactos ao Cólononde irão se fixar, proliferar e beneficiar a Saúde do organismo hospedeiro.

    Portanto, os Probióticos são alimentos promotores de vida, por colonizarem o meio intestinal, estimulando o aumento da população de Bactérias Benéficas da Microbiota ou Flora Intestinal,

    Esse aumento leva à redução do número de bactérias prejudiciais à Saúde humana e causadoras de doenças.

    Importância dos Probióticos para o Organismo

    O termo Probiótico origina do grego: “pró-vida”. Alimentos Probióticos são promotores de vida.

    Alimentos Probióticos são obtidos por fermentação de bactérias selecionadas, as Bactérias Probióticas.

    Entre os Alimentos Probióticos mais conhecidos estão:

    1. Leites Fermentados;
    2. Queijos Fermentados;
    3. Conservas: como os picles de legumes.
    4. Iogurtes;
    5. Kefir: de leite e de água.
    1. Ação dos Probióticos no Organismo Humano

    Quando os Alimentos Probióticos são ingeridos, ocorre a seguinte sequência de passos, no organismo:

    1. As Bactérias Presentes no Probióticos: colonizam o Cólon; isto é, vão morar no Intestino Grosso. 
    2. Essas Novas Bactérias: aumentam o número de Bactérias Probióticas da Microbiota, no Cólon.
    3. No Cólon: estas Bactérias Probióticas precisam receber nutrientes adequados, as Fibras Prebióticas;
    4. Ao Receberem Fibras Prebióticas: essas Bactérias Probióticas “comem”, isto é, fermentam.
    5. Ao Fermentarem: essas Bactérias Probióticas produzem Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC).
    6. Esses AGCC Produzidos: irão acidificar o meio intestinal, baixando o pH local, tornando-o mais ácido.
    7. Meio Intestinal Mais Ácido: o pH do ambiente se torna insuportável para Bactérias Patogênicas.
    8. Bactérias Patogênicas: acabam morrendo, o que mantém o equilíbrio da população bacteriana local.
    9. O Equilíbrio Bacteriano no Cólon: favorece as Bactérias Probióticas, o que previne a Disbiose.
    10. Ao Prevenir a Disbiose Intestinal: o corpo terá sua Imunidade aumentada.
    2. Importância do Consumo Regular de Probióticos

    consumo regular de Alimentos Probióticos auxilia a manutenção de uma Flora Intestinal equilibrada.

    A importância do consumo regular destes alimentos pode ser percebida na sequência de passos que descreve sua ação dentro do organismo, que foi listada acima, e pode ser resumida da seguinte forma:

    São alimentos ricos em Bactérias Probióticas: classe de Bactérias Benéficas da Microbiota Intestinal.

    Quando estes alimentos são consumidos de forma regular, contribuem para aumentar e reforçar esta população de bactérias no Intestino Grosso. Isso irá aumentar a proteção do organismo todo.

    Por que, ao serem alimentandas, as Bactérias Probióticas se fortalecem e proliferam, aumentando a sua quantidade no Cólon. Ao mesmo tempo, as Bactérias Probióticas produzem AGCC que acidificam o meio intestinal, expulsando as “Bactérias Maléficas” do Cólon. Isso aumenta a Imunidade do organismo.

    Desta forma, as Bactérias Probióticas presentes nos Alimento Probióticos irão reforçar os mecanismos naturais de defesa do organismo. Assim, trarão vários benéficos para a Saúde humana.

    Benefícios dos Probióticos para a Saúde Humana

    A atividade probiótica é fundamental para a Saúde Humanauma vez que a manutenção de uma Flora ou Microbiota Intestinal Saudável é dependente da presença e atuação das Bactérias Probióticas.

    A Atividade Probiótica é fundamental para a Saúde por que as Bactérias Probióticas:

    1. Garantem a Saúde da Mucosa Intestinal: evitam permeabilidade da mucosa e previnem Disbiose;
    2. Protegem o Intestino Grosso: contra a colonização de Bactérias Patogênicas;
    3. Previnem a Proliferação de: bactérias nocivas e causadoras de doenças;
    4. Reforçam as Defesas Naturais: evitam a formação e a entrada de substâncias tóxicas no Cólon;
    5. Fortalecem a Atuação: e o Funcionamento do Sistema Imune;
    6. Garantem: e adequada absorção de nutrientes.

    Por isso, a Indústria Alimentícia adiciona Bactérias Probióticas aos alimentos, produzindo: 

    1. Iogurtes;
    2. Queijos Fermentados;
    3. Leites Fermentados;
    4. E Outros Alimentos Probióticos.

    Estes alimentos são produzidos com o objetivo de promover a ingestão de Bactérias Probióticas. Dessa forma os benefícios dos Alimentos Probióticos para a Saúde podem ser resumidos em:

    1. Restauração do Equilíbrio: da Microbiota Intestinal.

    2. Restauração da Permeabilidade Intestinal: recuperando a integridade da Mucosa Intestinal.

    3. Proteção Contra Distúrbios Intestinais: Síndrome do Intestino Irritável, Disbiose Intestinal.

    4. Combate à Disbiose: prevenindo Infecções, Doenças Inflamatórias Intestinais e Câncer.

    5. Proteção Contra Distúrbios: Distúrbios do humor, Irritabilidade, Depressão.

    6. Inibição da Proliferação: de bactérias causadoras de doenças, pela fermentação e produção de AGCC.

    7. Bom Funcionamento Intestinal: combate à Obstipação ou “prisão de ventre”.

    8. Restauração da Imunidade: pelo fortalecimento das defesas naturais e do Sistema Imunológico.

    Como Incluir Alimentos Probióticos no Cardápio

    Para garantir a Imunidade do organismo é essencial manter a Saúde da Microbiota Intestinal, através de:

    1. Prática Alimentar Preventiva;
    2. Rica em: Fibras Prebióticas;
    3. Inclusão de: Alimentos Probióticos;
    4. Eliminação do Uso de: antiácidos, laxantes, anti-secretores e antibióticos.

    Alimentos Probióticos para Incluir no Cardápio

    Entre os principais Alimentos Probióticos, encontram-se:

    1. Leites Fermentados e Iogurtes: feitos a partir da fermentação do leite de origem animal.

    2. Queijos Fermentados: feitos a partir do leite de origem animal fermentado; alguns queijos, como gouda, cheddar e suíço são feitos com bactérias ácido-lácticas em quantidade variável. Porém, queijos produzidos com o leite cru, normalmente, são ricos em bactérias probióticas.

    3. Leites e Queijos Fermentados, e Iogurtes: feitos a partir da fermentação de sementes e oleaginosas.

    4. Kefir de Leite: bebida probiótica feita a partir de leite de origem animal (historicamente, o de cabra, originário do Cáucaso, Rússia). Uma fermentação feita com Lactobacillus e Leveduras ácido-láticas,  presentes nos chamados “grãos de Kefir” (do Russo: “sentir-se bem”).

    5. Kefir de Água: bebida probiótica fermentada a partir do açúcar mascavo e água, por uma cultura de bactérias e leveduras distintas (esses “grãos de Kefir” são de aparência gelatinosa e amarelada).

    6. Kombucha: bebida feita a partir da fermentação de algum tipo de chá rico em cafeína, (chá preto ou chá verde) pela adição de leveduras e bactérias acéticas entre outras.

    7. Kvass de Beterraba: bebida fermentada (Rússia), feita a partir da beterraba crua.

    8. Vegetais Crus Fermentados: como o Chucrute, feito a partir do repolho cru fermentado.

    9. Missô: feito a partir da fermentação de arroz, cevada e soja, usado em especial para fazer sopa.

    10. Coalhada: um coagulado de leite de origem animal, fermentado com bactérias ácido-láticas.

    11. Formulações Manipuladas: com probióticos específicos; são ideais e indicados em casos específicos.

    12. Formulações que incluem os Prebióticos adequados para os Probióticos: receitados (formando Simbióticos), que podem trazer benefícios mais rápidos e eficazes.

    13. Comprimidos e Cápsulas: que contêm as bactérias sob a forma liofilizada, que não necessitam de refrigeração para se mantê-las vivas.

    14. Sachês: probióticos solúveis também contêm as bactérias sob a forma liofilizada; seu preparo se dá como os sucos instantâneos, basta misturar o conteúdo do sachê em 200 ml de água.

  • Propriedades Organolépticas ou Propriedades Sensoriais

    Propriedades Organolépticas ou Propriedades Sensoriais são características específicas de substâncias puras e de alimentos, que podem ser percebidas pelos sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato.

    Estas Propriedades Organolépticas são muito importantes em Marketing de Alimentos, para orientar o consumidor em sua escolha e, em especial, para avaliação e verificação do bom Estado para o Consumo.

    Exames organolépticos ou sensoriais são essenciais, para que se possa garantir Segurança do Alimento.

    Propriedades Organolépticas: Identidade do Alimento

    As propriedades da Matéria constituem ferramentas utilizadas para auxiliar na identificação de uma dada substância ou alimento. Entre as principais propriedades de um Alimento ou Alimento Derivado, tem-se:

    1. Propriedades Nutricionais;
    2. Propriedades Físicas;
    3. Propriedades Químicas;
    4. Propriedades Funcionais;
    5. Propriedades Organolépticas;
    6. Entre outras.

    Importância das Propriedades Organolépticas em Alimentos

    Os alimentos ocupam uma posição central na vida do ser humano, uma vez que são fonte de Nutrição e prazer, cumprem função social e cultural, além de terem uma participação relevante em suas despesas.

    A preferência do consumidor pelos alimentos e seus derivados é afetada por uma complexidade e diversidade de influências, no momento da escolha e do consumo, como:

    1. Percepções Sensoriais;
    2. Considerações Monetárias;
    3. Condições Culturais;
    4. Mitos e Crenças;
    5. Preocupações com a Nutrição e a Saúde;
    6. Conveniências;
    7. Relações Sociais, entre outros.

    A qualidade de um alimento derivado é um conceito complexo, que varia conforme a região geográfica, a cultura local e pode ser determinada como o conjunto de atributos que:

    1. Satisfaçam o consumidor e
    2. Superem suas expectativas iniciais.

    Consumidores estão se tornando cada vez mais maduros, influentes, informados, específicos e exigentes.

    O consumidor atual busca por alimentos saborosos e deseja que sua experiência ao consumir e comprar produtos alimentícios seja fácil, conveniente e segura, avaliando-os, com base em dois grupos de atributos:

    1. Propriedades Organolépticas ou Sensoriais: facilmente percebidos pelos consumidores e que irão determinar as características físicas do produto, como, aparência, cor, sabor, aroma e textura.
    2. Atributos Adicionados aos Produtos: como etiquetas, rótulos, ambiente de compras, preços, origem, os processos de produção, alegações de saúde, status, conforto, marca e selos de qualidade.

    Estas características são determinantes na percepção e escolha dos alimentos pelos consumidores.

    Propriedades Organolépticas: Atributos da Percepção

    A palavra Organoléptica origina do Grego: organon = organismo e letpos = que impressiona.

    Os Atributos da Percepção podem fornecer pistas de origem, estilo, complexidade e qualidade dos produtos alimentícios, expondo o consumidor a um fascinante espectro de sensações: 

    1. Visuais;
    2. Olfativas;
    3. Gustativas.
    1. Sensações visuais

    A Visão é extremamente sedutora e atrai pela aparência. Por isso, as marcas procuram cada vez mais explorar imagens visualmente atrativas em seus anúncios, para atrair consumidores pelos olhos.

    O Sistema Visual tem como função processar os padrões de luz transformando-os em informações úteis ao organismo, como cor e brilho. A visão está totalmente relacionada com a luz, a percepção sobre as imagens tende a mudar quando estão expostas à luz do dia ou a diferentes intensidades de luz.

    Visão também facilita a função dos outros quatro sentidos. Torna-se muito mais fácil sentir aromas e sabores ou distinguir texturas e sons, depois de enxergar o produto alimentício do qual se trata.

    2. Sensações Olfativas

    As Propriedades Organolépticas dos Alimentos são:

    1. Aparência: Cor, Brilho;
    2. Cheiro: Odor, Aroma, Fragrância, Perfume;
    3. Sabor;
    4. Crocância: som;
    5. Textura.
  • Pseudocereais

    Os Pseudocereais são Alimentos Naturais não pertencentes à Família dos Cereais (Gramíneas), mas que, por também produzirem sementes ricas em amido, foram chamados de “pseudocereais: falsos cereais”. Os mais importantes são: Amaranto, Quinoa, Canihua e Trigo Sarraceno.

    Frutos dos Pseudocereais assemelham-se aos dos Cereais: que são grãos nutritivos que contêm amido envolvido por fibras, diferenciando-se por pertencerem a diferentes famílias, todas distintas entre si.

    O cultivo e o consumo de Pseudocereais encontram-se atualmente em grande expansão, como alternativas aos Cereais formadores de Glúten (Trigo, Centeio e Cevada), graças à sua riqueza nutricional.

    Propriedades Nutricionais dos Pseudocereais

    Os grãos dos Pseudocereais, como nos Cereais possuem uma semente presa em toda a extensão de sua camada externa, conhecida como pericarpo; uma característica típica da Família das Gramíneas. 

    Os Pseudocereais constituem uma importante fonte de:

    1. Aminoácidos: por seus elevados teores proteicos, especialmente Amaranto e Quinoa;
    2. Ácido Fólico (Vitamina B9): de altamente biodisponibilidade, com destaque para a Quinoa;
    3. Ferro, Cálcio, Potássio e Magnésio: altamente biodisponíveis, destacando-se o Amaranto;
    4. Fibras Funcionais: em quantidades, com destaque para o Amaranto.

    Quanto à biodisponibilidade de Nutrientes após cozimento dos Pseudocereais, tem-se:

    1. Quinoa: é o pseudocereal de maior resultado para todos os seus nutrientes.

    2. Trigo Sarraceno: o cozimento, tradicional ou a vapor são as formas de processamento mais eficazes para o aproveitamento de suas proteínas, folatos e minerais.

    3. Amaranto: é o pseudocereal de melhor aproveitamento de fibras alimentares após cozimento, de acordo com Estudos realizados, mantendo também um bom resultado para os demais nutrientes.

    4. Canihua: rápido cozimento, alta digestibilidade e ótima biodisponibilidade pós processamento.

    Os excelentes resultados de biodisponibilidade dos nutrientes dos Pseudocereais, em especial após os processamentos, fazem com que estes produtos representem uma importante opção como ingredientes integrados em produtos alimentícios destinados a fins medicinais específicos e produtos isentos de Glúten.

    Pseudocereais Versus Cereais

    Quando comparados com os Cereais, os Pseudocereais se destacam nutricionalmente por:

    1. Possuírem elevado teor em proteínas de alta qualidade nutricional;

    2. Não serem formadores de Glúten;

    3. Possuírem algumas Vitaminas e Minerais em maior quantidade do que os Cereais; e

    4. Possuírem Fitoquímicos importantes para a prevenção de determinadas doenças.

    Principais Pseudocereais

    Entre os Pseudocereais mais conhecidos e utilizados na Culinária Brasileira, encontram-se:

    1. Trigo-sarraceno (Fagopyrum esculentum)

    Também conhecido como Trigo Mourisco, é uma planta pertencente à família Polygonaceae, originária da Ásia Central e Norte da Europa de onde se propagou. A partir do Século X até o XIII, o Trigo Sarraceno passou a ser amplamente cultivado na China, de onde se estendeu por toda a Europa e à Rússia, nos Séculos XIV e XV. No Século XVII, os Holandeses estenderam a cultura do Trigo Sarraceno aos EUA.

    Muito consumido no Japão e na China, a alimentação com Trigo Sarraceno é associada à redução do risco de Câncer, graças à presença de antioxidantes, como Rutina e Quercetina, que podem dificultar a ligação de células cancerígenas à células saudáveis, reduzindo os danos ao DNA.

    O Consumo regular de Trigo Sarraceno é associado também a um menor risco para o desenvolvimento de Doenças Cardiovasculares, pela sinergia Rutina e Magnésio, que previne a formação de trombos e auxilia no controle de lipídios sanguíneos, reduzindo riscos de Infartos e Acidentes Vasculares Cerebrais.

    2. Quinoa (Chenopodium quinoa)

    A Quinoa é uma planta pertencente à família Chenopodiaceae nativa da Região Andina do Peru, Bolívia, Equador e Colômbia, onde foi domesticada há cerca de 7.000 anos. Este pseudocereal possui excelente perfil nutricional e certos Fatores Antinutricionais, o que exige cuidados para o preparo.

    3. Amaranto (Amaranthus cruentus)

    O Amaranto Kiwicha é uma planta também originária da Região Andina do Peru, pertencente à família  AmaranthaceaeNo Peru, é considerado o trigo andino e usado como farinha no preparo de pães e massas.

    No Brasil, é muito consumido por adeptos da alimentação saudável e aqueles que visam emagrecimento, pelo aumento que confere à sensação de saciedade. Entre Atletas e Esportistas, o Amaranto é muito utilizado visando a recuperação muscular e o reforço do Sistema Imunológico.

    4. Canihua (Chenopodium pallidicaule)

    Canihua ou Kañiwa é outra Amaranthaceae nativa da Região Andina de Peru e Bolívia, onde é consumida há mais de 4.000 anos; considerada “prima da Quinoa” e conhecida também por “Quinoa do Bebê”.

    Ao ser comparada à Quinoa, a Canihua mostra que: é menor em tamanho; mais rica em aminoácidos essenciais e minerais, como cálcio, ferro, fósforo e magnésio; muito rica em Betaglucanas: contém menos Fatores Antinutricionais dentre os demais e apresenta melhor digestibilidade.

    Na Culinária Andina, a Canihua é o pseudocereal menos conhecido no Brasil e o mais apreciado no Peru e Bolívia, sobretudo em meses mais frios, quando é consumido em: pratos principais, bebidas frias ou quentes, pratos doces, saladas e farinhas para pães, bolos, biscoitos e bolachas, dentre outros.

    Na Região dos Andes, a Canihua serve como base ao “chocolate andino”, uma bebida parecida com o chocolate quente que, nos dias mais frios, é muito apreciado e consumido para nutrir e aquecer o corpo.

    Importância dos Pseudocereais para a Alimentação

    Os Pseudocereais vêm atraindo a atenção da população com interesse em alimentação saudável, que passou a consumi-los e a utilizá-los como Ingredientes Funcionais para enriquecer suas receitas. 

    A difusão do consumo destes Pseudocereais é de grande importância, especialmente para portadores de alergias e intolerâncias alimentares relacionadas ao Glúten do trigo e à Caseína do leite.

    I. Importância pelo Perfil Nutricional

    A ascensão dos Pseudocereais se deve ao excelente perfil nutricional de seus grãos, que inclui: 

    1. Ótimo teor proteico;
    2. Ausência de Glúten;
    3. Presença de Vitaminas, Minerais e Nutrientes Bioativos,

    Nos últimos anos, o cultivo de Quinoa e Canihua vêm sendo aprimorados tanto pelo seu alto valor nutricional quanto pela sua inclusão em um programa da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), que visa contribuir com a Segurança Alimentar.

    O grande interesse da FAO nestes Pseudocereais se deve ao fato de esses grãos serem bem resistentes ao clima, adaptando-se facilmente a áreas do planeta com difícil acesso a alimentos de alto valor nutricional.

    II. Importância pelo Aumento da Consciência em Bem-estar

    O crescente aumento da consciência da população sobre a importância do papel da alimentação na Saúde, elevou o interesse da indústria alimentícia quanto ao emprego destes novos alimentos. Estudos sobre os Pseudocereais têm atraído o interesse da indústria de alimentos, comprovando:

    1. A composição química;
    2. As propriedades nutricionais
    3. Os benefícios que estes alimentos podem conferir à Saúde.

    III. Estudos Científicos Realizados em Todo o Mundo

    1. Diversos Estudos vêm sendo desenvolvidos no Mundo todo, sobre a incorporação de farinhas de Pseudocereais na formulação de pães, biscoitos, massas e similares.

    2. Os resultados obtidos têm demonstrado o grande potencial de utilização desta matéria-prima, em combinação com a farinha de trigo na elaboração de diversos produtos convencionais.

    3. No Brasil, vêm sendo gerados produtos de boa aceitação sensorial que contribuem para difundir novos alimentos com alto valor nutricional, no país. É o caso de: Amaranto, Quinoa e Trigo Sarraceno.

  • Radicais Livres

    São moléculas instáveis que apresentam um elétron desemparelhado, o que as tornam capazes de se associar, de forma imediata, a outras moléculas com carga positiva, dando início a uma série de reações em cadeia (cascata reativa), nocivas ao organismo humano.

    Apresentam grande poder oxidante, podendo emparelhar seu elétron com moléculas fundamentais do organismo, como os lipídios de membrana, o DNA e diversas enzimas importantes do Metabolismo.

    Dessa forma, os radicais livres podem danificar as células do corpo e contribuir para o surgimento de problemas de Saúde, como enfraquecimento do Sistema Imune, destruição e morte das células, e envelhecimento precoce do organismo, bem como promover graves distúrbios geradores de doenças como artrite, arteriosclerose, desequilíbrios vasculares e catarata, dentre outros.

  • Raquitismo e Osteomalácia: Deficiência de Vitamina D

    Raquitismo e Osteomalácia são doenças resultantes de defeitos da mineralização óssea.

    O Raquitismo é uma doença que acomete crianças e se caracteriza por anormalidades na formação da placa epifisária de crescimento, com ossos mal mineralizados, encurvados e propensos a deformações.

    A Osteomalácia é caracterizada pela mineralização deficiente da matriz do osso cortical e trabecular que também resulta em ossos frágeis, mal mineralizados, mal formados e quebradiços.

    Raquitismo e Osteomalácia são processos que, de modo um geral, ocorrem associados. Após o final do crescimento, com o fechamento da cartilagem epifisária, apenas a Osteomalácia permanece.

    Logo, apesar de estas condições, em geral, estarem associadas, o Raquitismo se manifesta na infância, especificamente durante a fase de crescimento, enquanto a Osteomalácia acompanha a vida adulta.

    Na grande maioria dos casos, Raquitismo e Osteomalácia estão associados a uma deficiência de Vitamina D. Entretanto, há situações mais raras, em que o Raquitismo é causado por um defeito genético.

    Raquitismo e Osteomalácia: O Papel da Vitamina D

    A formação e o crescimento ósseo são dependentes de:

    1. Produção da Matriz Óssea: composta principalmente por colágeno,
    2. Mineralização da Matriz Óssea: pela deposição dos cristais compostos de Cálcio e Fósforo.

    Portanto, para que os ossos se tornem firmes e resistentes, sobretudo na vida adulta, é necessário que ocorra sua Calcificação, caracterizada pelo depósito de Sais de Cálcio e Fósforo nos tecidos ósseos.

    A Vitamina D ou Calciferol é responsável pela absorção e utilização desses nutrientes e sua deficiência no organismo pode provocar alterações ósseas estruturais, resultando em ossos fracos e sujeitos a deformidades.

    A Vitamina D pertence às Vitaminas Lipossolúveis e sua importância para o organismo está associada a:

    1. Metabolismo Ósseo;
    2. Aumento na Função Imunológica;
    3. Melhora na Força Muscular. 

    Desde que essas causas foram estabelecidas pela Medicina, o Raquitismo vem se tornando cada vez mais raro, especialmente nos países desenvolvidos. Atualmente, a suplementação com vitamina D vem se tornando comum para recém-nascidos, já nos primeiros dias de vida, como medida preventiva desta doença.

  • Sangue

    É Tecido Conjuntivo vivo, que circula pelo corpo, através de artérias e veias, sob a forma de um líquido vermelho e viscoso, o qual é bombeado pelo coração, para transportar gases, nutrientes e elementos necessários à defesa da vida do organismo.

    A quantidade de sangue que circula no corpo corresponde a 1/12 do peso corporal de cada pessoa.

    É importante ter em mente que: o Sangue é o líquido contido dentro dos Vasos Sanguíneos (Artérias e Veias de vários calibres) e circula nos dois sentidos: do Coração (considerado como o centro do corpo) para a Periferia (considerado como as extremidades do corpo), conhecido como Sangue Arterial; e da Periferia para o Coração, conhecido como Sangue Venoso.

    Mas, qual a diferença entre Sangue Venoso e Sangue Arterial? 

    O Sangue Arterial é rico em oxigênio e geralmente circula através de Artérias, enquanto o Sangue Venoso é pobre em oxigênio, rico em gás carbônico e geralmente circula através de Veias.

    Nos mamíferos, o Sangue passa pelos Pulmões, onde capta oxigênio, tornando-se Sangue Arterial. A partir de então, o Sangue Arterial se dirige ao Coração, entrando pelo átrio esquerdo e passando para o ventrículo esquerdo, de onde sai pela Artéria Aorta, sendo bombeado para outras artérias, de onde será enviado para todas as partes do corpo.

    Este Sangue, rico em oxigênio chega aos capilares dos tecidos, distribui o oxigênio a todas as células do corpo, das quais recolhe o gás carbônico, tornando-se, assim: Sangue Venoso.

    Nesse momento ocorre a chamada Hematose Celular: o sangue troca o oxigênio por gás carbônico, transformando-se em Sangue Arterial: pobre em oxigênio e rico em gás carbônico.

    Com pouco oxigênio e rico em gás carbônico, o Sangue Venoso retorna ao Coração através das Veias, que entregam esse Sangue às Veia Cava Superior e Veia Cava Inferior. A partir de então, o Sangue penetra no Coração pelo átrio direito e passa ao ventrículo direito, de onde será bombeado aos Pulmões através da Artéria Pulmonar: única situação em que o Sangue Venoso circula por uma Artéria. 

    Nos Pulmões, o Sangue Venoso recebe oxigênio e retorna ao Coração. O agora Sangue Arterial entra no Coração, através das Veias Pulmonares: única situação em que o Sangue Arterial circula por uma Veia.

    Nesse momento, ocorre a chamada Hematose Pulmonar: processo em que, mediando o Sistema Respiratório e o Sistema Circulatório, o Sangue Venoso, rico em gás carbônico é convertido em Sangue Arterial, rico em oxigênio, para ser distribuído às células e tecidos do organismo, onde irá prover todas as reações metabólicas para o funcionamento do corpo.

    já oxigenado nos Pulmões, o Sangue Arterial que chegou ao Coração através das Veias Pulmonares, entrará pelo átrio esquerdo e passando para o ventrículo esquerdo, sairá através da Artéria Aorta, de onde será bombeado e novamente distribuído para todas as células do corpo.

    Principais Funções do Sangue 

    1. Transportar o oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo, oxigenando as células e promovendo a respiração celular, que viabiliza a Vida do organismo.

    2. Transportar o gás carbônico, a partir das células – dessa forma, o Sangue “carrega“ o gás carbônico até os pulmões, de onde este será excretado para fora do corpo.

    3. Nutrir todo o organismo – o sangue recebe os alimentos já assimilados, isto é: sob a forma de Nutrientes, transporta-os e os distribui para as todas as células, tecidos e órgãos do corpo. Dessa forma, todo o organismo é nutrido, possibilitando e mantendo a vida do corpo.

    4. Defender o organismo contra infecções – o corpo é “bombardeado” o tempo todo por vírus, bactérias, fungos e vermes (parasitas), que também “lutam para viver”, se não houvesse a defesa promovida pelo Sangue: a Vida não seria possível.

    5. Promover a coagulação, quando necessário, por exemplo em casos de cortes, acidentes e outros.

    6. Transportar o “lixo” para ser eliminado do corpo – o Sangue também recolhe todos os resíduos, toxinas e substâncias nocivas e indesejáveis, que se formam em células, tecidos e órgãos, e transporta-os até os Rins para serem eliminados do corpo, através da urina.

    Componentes do Sangue

    O Sangue é composto por uma parte líquida, o Plasma: constituída por sais minerais, vitaminas, água e fatores de coagulação, na qual estão misturadas as partes sólidas: Hemácias, Leucócitos e Plaquetas.

    1. Plasma: líquido amarelo claro que representa mais de 50% do volume total do Sangue, e formado por 90% de água, onde estão presentes: as partes sólidas do Sangue (Hemácias, Leucócitos e Plaquetas), e dissolvidos: aminoácidos (provenientes das proteínas dos alimentos ingeridos), açúcares (glicose e frutose, provenientes dos carboidratos dos alimentos ingeridos), ácidos graxos (provenientes das gorduras dos alimentos ingeridos), vitaminas, sais minerais e fitoquímicos provenientes dos alimentos.

    Portanto: através do Plasma circula, por todo o organismo, os Nutrientes e todas as substâncias essenciais à vida das células e, consequentemente, à Vida do Organismo.

    2. Hemácias: são as células vermelhas ou glóbulos vermelhos do Sangue. Cada hemácia possui uma vida média de 120 dias no organismo, sendo encontradas em torno de 4,5 mil hemácias por milímetro cúbico de Sangue.São responsáveis por transportar: o oxigênio dos pulmões para as células do organismo, e o gás carbônico das células para os pulmões, de onde este será eliminado do corpo.

    3. Plaquetas: são os fragmentos de células que participam do processo de coagulação, que possuem vida curta e circulam na proporção de 200 a 400 mil por milímetro cúbico de Sangue. As plaquetas são muito importantes, uma vez que sua principal função é a obstrução das lesões ocorridas nos vasos sanguíneos que dariam origem às hemorragias: sem as plaquetas, por exemplo, através de um simples corte, o sangue poderia “escapar” do corpo levando o organismo à morte.

    4. Leucócitos: São as células brancas ou glóbulos brancos do Sangue, que variam de 5 a 10 mil por milímetro cúbico de Sangue, os quais também possuem vida curta. Possui formas e funções diversificadas, sempre ligadas à defesa do organismo contra a presença de micro-organismos (vírus, bactérias, fungos e vermes) e de substâncias e elementos estranhos ao organismo, protegendo-o inclusive contra a formação de células cancerosas.

  • Simbiose

    Em Biologia, Simbiose é uma associação entre dois seres vivos, duas plantas ou uma planta e um animal, na qual ambos os organismos recebem benefícios, mesmo que em proporções desiguais. Logo, Simbiose significa a vida em comum: uma associação entre dois seres vivos, que levam a vida juntos.

    As Orquídeas vivem em árvores e rochedos, locais com bastante matéria orgânica, porém pobre em minerais. Contudo, suas raízes “esponjosas” abrigam fungos que decompõem a matéria orgânica, transformando-a em sais minerais, os quais são assimilados pelas plantas. Por outro lado, as Orquídeas realizam a Fotossíntese e, assim, sintetizam os nutrientes necessários à sobrevivência dos fungos.

    O Líquen é o resultado da Simbiose  entre o fungo e a alga, na qual o fungo fornece abrigo e umidade, e a alga fornece carboidratos. Vivem como se fossem um único ser; são considerados por alguns biólogos como parasitas, como se os fungos cultivassem as algas em benefício próprio.

  • Simbióticos: Combinação entre Probióticos e Prebióticos

    Alimentos Simbióticos ou Eubióticos são produtos alimentares que associam probióticos e prebióticos.

    Produtos Simbióticos são compostos formados pela combinação entre Bactérias Probióticas e Fibras Prebióticas que, quando administrados em doses adequadas, podem trazer benefícios à saúde do hospedeiro.

    Os Simbióticos são desenvolvidos em laboratórios sob forma de Suplementos Alimentares.

    Simbióticos: as Combinações Mais Empregadas

    O termo Simbiótico está relacionado ao conceito de sinergismo, uma vez que Probióticos e Prebióticos  consumidos juntos na mesma fórmula resulta em uma vantagem competitiva para o probióticoo que favorece sua sobrevivência no organismo, pois o prebiótico fornece o seu substrato específico.

    Neste caso, a Interação Simbiótica entre o probiótico e o prebiótico in vivo pode ser favorecida, por haver uma adaptação do probiótico ao substrato Prebiótico, anteriormente ao consumo.

    Entre as Combinações Simbióticas mais utilizadas para seres humanos tem-se:

    1. Bifidubactérias + FOS (Fruto-oligossacarídeos);
    2. Bifidubactérias + GOS (Galacto-oligossacarídeos);
    3. Lactobacillus + Lactitol (Galactose e Sorbitol);
    4. Lactobacillus + GOS (Galacto-oligossacarídeos).

    Efeitos Fisiológicos pelo Consumo de Simbióticos

    O Efeito Simbiótico pode ser direcionado às regiões “alvo” do Trato Gastrointestinal (Intestinos Delgado e Grosso) e bem selecionados podem beneficiar a modulação de funções fisiológicas chaves:

    1. Absorção de Micronutrientes Importantes, como vitaminas, minerais e fitoquímicos;

    2. Prevenção de Cálculos Renais, por melhora na absorção de cálcio;

    3. Metabolismo Lipídico por combater as inflamações internas;

    4. Fortalecimento do Sistema Imunológico, com repercussão na proteção do organismo todo;

    5. Composição da Microbiota Intestinal, que exerce um papel primordial na funcionalidade intestinal;

    6. Saúde da Mucosa Intestinal pela melhora da permeabilidade da membrana;

    7. Fisiologia Intestinal, conferindo proteção e redução do risco de Câncer de Cólon.

    Importância do Emprego de Simbióticos

    A importância do emprego terapêutico de Simbióticos vem sendo comprovada com sucesso em diversas situações clínicas, cujo intuito é maximizar as funções fisiológicas e possibilitar a recuperação da Saúde.

    I. Principais Objetivos do Emprego de Simbióticos

    O emprego terapêutico das Combinações Simbióticas tem como principais objetivos:

    1. Promover aumento do número de Bactérias Benéficas;
    2. Auxiliar no Controle Glicêmico;
    3. Propiciar redução dos níveis sanguíneos de colesterol;
    4. Promover o balanceamento da Microbiota Intestinal;
    5. Auxiliar na redução da Obstipação e/ou Diarreia;
    6. Melhorar a permeabilidade intestinal;
    7. Prevenir o desenvolvimento de Disbiose;
    8. Estimular a atuação do Sistema Imunológico;
    9. Potencializar a Imunidade do organismo.

    II. Principais Empregos Terapêuticos dos Simbióticos

    Estudos vêm sendo realizados com comprovação da eficácia do uso das Combinações Simbióticas, tanto na melhora quanto na prevenção de variados sintomas gastrointestinais, conforme segue:

    1. Portadores da Síndrome do Intestino Irritável (SII)

    Indivíduos portadores de SII, de forma geral, são pacientes mal nutridos, uma vez que têm dificuldade para absorver os Nutrientes, por apresentarem alguns distúrbios como:

    1. Intestino Dilatado;
    2. Mucosa Intestinal: danificada e com Permeabilidade;
    3. Desequilíbrio da: Microbiota ou Flora Intestinal.

    Este desequilíbrio da Flora Intestinal leva à permeabilidade da Membrana Intestinal, com entrada de substâncias nocivas e multiplicação exacerbada de bactérias patogênicas, caracterizando uma Disbiose.

    Pesquisas demonstram que a Combinação Simbiótica de Bactérias Probióticas Bifidobacterium brevis Lactobacillus casei com as Fibras Prebióticas Galacto-oligossacarídeos, durante, dois anos de tratamento resultou em melhora significativa de motilidade e absorção intestinais nesses pacientes.

    2. Emprego de Simbióticos em Medicina Veterinária

    Os Simbióticos vêm sendo empregados na Medicina Veterinária, em frangos de corte, que estão sujeitos à contaminação por certos fungos causadores de doenças que afligem a produção granjeira, como:

    1. Aspergillus flavus e Aspergillus fumigatus: causadores de Aspergilose;
    2. Candida albicans: causador de Candidíase.

    Os Simbióticos vêm sendo empregados nestas situações e têm se mostrado bastante úteis e viáveis quando comparados com grupos tratados com os antifúngicos tradicionais.

    Como Incluir Simbióticos na Alimentação

    Como os Simbióticos são desenvolvidos em laboratórios, o consumo desses produtos deve ser orientado por Nutricionistas e Médicos, uma vez que sua ingestão inadequada pode causar:

    1. Flatulência;
    2. Diarreia;
    3. Hemorragia.

    Entretanto, preventivamente, é possível incluir Alimentos Simbióticos na alimentação, de três formas:  

    1. Através de Prescrição: sob acompanhamento com Nutricionistas ou Médicos;
    2. Iogurtes Simbióticos: especialmente desenvolvidos pela indústria alimentícia (de olho no rótulo!);
    3. Em Combinações Caseiras: por exemplo, Iogurte Probiótico com frutas e flocos de aveia.

    Neste exemplo, a Combinação Simbiótica está representada por:

    1. Probióticos: devem estar presentes no iogurte; essencial buscar no rótulo alguma Bactéria Probiótica;
    2. Prebióticos: as Betaglucanas presentes na aveia e as Fibras Funcionais presentes nas frutas.

    Baseando-se neste exemplo, você poderá desenvolver outras Combinações Simbióticas.

  • Sistema Imune ou Imunológico

    É o nome dado ao conjunto de células, tecidos e órgãos encarregados de defender o organismo contra invasores e o desenvolvimento de doenças. Sistema de defesa do corpo humano.

  • Sucos Funcionais

    Os Sucos Funcionais são ideais para limpar, desintoxicar, revigorar e rejuvenescer o organismo, graças a uma combinação entre limão, hortaliças selecionadas e frutas específicas, todos com propriedades funcionais.

    Estes Sucos Funcionais são formulados a partir da combinação de hortaliças frescas com limão e frutas específicas, baseando-se em Estudos Científicos sobre alimentos ricos em Fitonutrientes

    Embasamento e Objetivos dos Sucos Funcionais

    Os Sucos Funcionais são preparados com base em resultados de Estudos Científicos, tendo como componentes básicos hortaliças frescas e limão, que podem ser combinados com frutas específicas.

    Entretanto, tanto a combinação entre as hortaliças quanto a adição de frutas na formulação de Sucos Funcionais deve respeitar a compatibilidade química entre seus componentes e visar a união de Nutrientes Bioativos, que possam reequilibrar o organismo e auxiliá-lo a maximizar seu funcionamento pleno. 

    A combinação entre os componentes básicos para formular bons Sucos Funcionais visa à composição de sucos dotados de efeitos fisiológicos específicos para a solução de Sinais e Sintomas que estejam interferindo no Bem-estar do indivíduo em tratamento, centrando-se na sua Individualidade Bioquímica.

    Objetivos dos Sucos Funcionais

    Os objetivos da formulação de Sucos Funcionais são os Efeitos Fisiológicos buscados pelo Nutricionista Clínico Funcional, para solucionar Sinais e Sintomas apresentados pelos seus clientes, entre os quais: 

    1. Promover Harmonia Corporal: manutenção de alcalinidade e regulação de pH dos líquidos corporais;

    2. Prevenir e Reverter Retenção Hídrica: combate a “inchaços”, edemas e distensão abdominal;

    3. Auxiliar Funções Hepáticas: reduz a sobrecarga do Fígado, auxiliando as Reações Metabólicas;

    4. Auxiliar Funções Renais: reduz a sobrecarga dos Rins, auxiliando os Processos de Excreção Corporal;

    5. Desintoxicar o Organismo: eliminando as toxinas, limpando: Sangue, Fígado e Sistema Circulatório;

    6. Propiciar Bom Funcionamento Intestinal: combate à Obstipação, conhecida como “Prisão de Ventre”;

    7. Promover Bem-estar Geral: contribuição para a manutenção da Homeostase Corporal;

    8. Outros Efeitos Fisiológicos: efeitos centrados na  Individualidade Bioquímica de cada um em questão.

    O Que São e o Que Não São Sucos Funcionais?

    Os Sucos Funcionais são definidos, com base em seus objetivos e embasamentos científicos, como um tipo de Suco especialmente elaborado para promover Saúde, Bem-estar e solucionar Sintomas e Sinais Clínicos apresentados por indivíduos, utilizando os conhecimentos da Ciência dos Nutrientes.

    Contudo, é essencial ter sempre em Mente que: tão importante quanto saber O QUE SÃO Sucos Funcionais é também entender, com toda clareza, O QUE NÃO SÃO Sucos Funcionais!

    Sucos Funcionais NÃO SÃO sucos preparados à base de frutas e também NÃO SÃO “sucos detox”!

    1. Os Sucos à Base de Frutas: Não são Funcionais!

    Sucos que misturam frutas diferentes ou combinam indiscriminadamente frutas com hortaliças, não são Funcionais, pois a combinação deve respeitar a compatibilidade química entre os componentes da mistura e estar embasada em Conhecimento sobre sua composição química e funcionalidade nutricional.

    É fundamental entender ainda, que sucos de polpas de frutas não são saudáveis: as frutas são ricas em carboidratos denominados Frutose, os quais isolados de suas fibras provocam súbita elevação da glicose sanguínea, causando picos na secreção de Insulina pelo Pâncreas e gerando Hiperglicemia.

    Portanto: frutas não foram feitas para beber e sim para comer e misturá-las exige Conhecimento!

    2. Os Sucos Conhecidos como “detox”: Não são Funcionais!

    É muito importante também entender que Sucos Funcionais nada têm a ver com a “onda de sucos detox”que foram totalmente deturpados e cujas receitas são facilmente encontrados na internet.

    Vários sucos conhecidos como “detox” são receitas deturpadas, que misturam frutas e hortaliças de forma indiscriminadasendo várias destas receitas desequilibradas e até nocivas para a Saúde.

    Infelizmente, pessoas mal informadas e a mídia sensacionalista acabaram misturando tudoo que confundiu sucos que misturam tudo com Sucos Funcionais sob a nomenclatura errônea de “sucos detox”.

    Esta confusão “gerou dúvidas e falsas crenças”, que transformaram sucos detox em *PANACEIA!

    *Panaceia é uma palavra de origem grega: panákeia (pan = “todo” e ákos = “remédio”).

    Logo, a palavra Panaceia indica um “remédio” que cura todas as doenças.

    Na Mitologia GregaPanaceia era a deusa da Cura e irmã de Hígia, que era a deusa da Saúde e Higiene. 

    Portanto: os Sucos Funcionais são preparados com base em Ciência, utilizando hortaliças frescas e limão, que podem ser combinados com frutas específicas, objetivando compor sucos dotados de efeitos fisiológicos.

    Como Preparar Bons Sucos Funcionais?

    Para formular Sucos Funcionais “de verdade”, deve-se ter em mente dois pontos fundamentais: a combinação adequada entre os componentes e focar nos efeitos fisiológicos desejados, conforme segue.

    I. Apresentam Combinação Adequada de Alimentos

    As bases de um Suco Funcional estão em uma boa combinação de hortaliças e a inclusão de limão. A partir desta base, é importante: selecionar as hortaliças e adicionar frutas de forma adequada.

    A seleção de hortaliças e a adição de frutas nesta formulação deve respeitar a compatibilidade química entre os componentes e visar a união de Nutrientes Funcionais, que auxiliem o organismo a maximizar seu funcionamento pleno e possam gerar efeitos fisiológicos promotores de Saúde.

    1. Quanto à Seletividade das Hortaliças

    As Hortaliças Folhosas Escuras são sempre de grande importância para compor Sucos Funcionais. Entre as Hortaliças Folhosas mais indicadas estão: Couve Manteiga, Salsinha, Salsão, Alfaces e Dente de Leão.

    Outras hortaliças também podem ser utilizadas, com muita atenção ao teor de Antinutrientes, para não gerar elevadas concentrações de Oxalatos. Neste caso, evitar: Espinafre e folhas de Beterraba.

    Cuidado: elevadas concentrações de oxalatos podem ser responsáveis pela formação de sais insolúveis, como o Oxalato de Cálcio, que é um dos principais geradores de Litíase Renal (formação de pedras nos Rins).

    2. Quanto à Adição de Outras Hortaliças

    Hortaliças Não Folhosas também podem formular excelentes Sucos Funcionais, sempre que possuírem Fitonutrientes geradores de Propriedades Terapêuticas, muitas destas já há muito tempo vêm sendo utilizadas com sucesso pela Medicina Natural, como por exemplo: o Inhame e o Yacon ou “batata dos diabéticos”.

    3. Quanto à Adição de Frutas

    As frutas mais indicadas são as Ácidas, sendo o Limão a mais importante. Sendo dotado de inúmeras Propriedades Terapêuticas, o Limão é incluído em todo Suco Funcional, fazendo parte de sua base. Todavia, não são todas as frutas ácidas que podem ser incluídas no preparo deste tipo de sucos: muito cuidado! 

    Salvo casos especiais, as frutas mais indicadas para compor bons Sucos Funcionais são abacaxi e maçã.

    1. Abacaxi: rico em Bromelina: anti-inflamatória, antioxidante, desintoxicante, dentre outras;
    2. Maçã: rica em ácido málico com ação descongestionante e desintoxicante em Fígado e Vesícula Biliar.

    II. Possuem Bases Científicas e Composições Específicas

    Os Sucos Funcionais baseiam-se em Ciência, são importantes na promoção de Saúde e Bem-estar, e muitos destes sucos são formulados com objetivos específicos voltados a exercer esfeitos fisiológicos para:

    1. Auxiliar o organismo nos processos de

    • Regeneração;
    • Limpeza;
    • Desintoxicação;
    • Reequilíbrio;
    • Harmonização.

    2. Contribuir para os processos de detoxificação do Fígado;

    3. Combater a retenção hídrica;

    4. Regular o funcionamento intestinal;

    5. E para os mais diversos Efeitos Fisiológicos. 

  • Trato Gastrintestinal

    O Trato Gastrintestinal ou Tubo Gastrintestinal (TGI) é um tubo oco que se estende da cavidade bucal até o ânus, também chamado de Canal Alimentar ou Trato Digestório. As estruturas do TGI incluem:

    1. Cavidade Bucal ou Boca; 
    2. Faringe;
    3. Esôfago;
    4. Estômago; 
    5. Intestino Delgado, que se divide em: Duodeno, Jejuno e Íleo;
    6. Intestino Grosso, que se divide em 4 partes principais: 
    – Ceco (onde se localiza o Apêndice);
    – Cólon (dividido em quatro porções: C. Ascendente, C. Transverso, C. Descendente e C. Sigmoide);
    – Reto;
    – Ânus.
    7. Glândulas Acessórias ou Anexas, que compreendem:
    – Glândulas Salivares;
    – Glândulas Gástricas: situadas na parede interna do Estômago;
    – Glândulas Intestinais: situadas na parede interna do Intestino Delgado;
    – Pâncreas
    – Fígado

  • Tremoços

    Tremoços são as Sementes ou Grãos de plantas Leguminosas (Leguminosae), pertencentes à Subfamília Papilionoideae, conhecidas como Tremoceiro (especialmente, o “tremoceiro-comum”: Lupinus albus), pertencentes ao Gênero Lupinus e usadas na fixação de nitrogênio nos solos.

    As sementes, de cor amarela, não têm aproveitamento agrícola, sendo, geralmente, vendida e consumida em conserva para aperitivos. Os Tremoços são muito comuns e apreciados em cervejarias de Portugal, podendo ser encontrados em determinadas cervejarias do Brasil.

    Principais Características dos Tremoços

    Os Tremoços in natura são impróprios para o consumo, por conterem um Aminoácido Neurotóxico e uma série de Alcaloides dotadas de efeitos neurotóxicos e hepatotóxicos.

    Esses Alcaloides pertencem ao grupo da Quinolizidina e o mais conhecido é a Lupanina ou Lupinina, que torna os grãos frescos ou secos impróprios ao consumo humano, em grandes quantidades e por longos períodos.

    Para tornar o consumo dos tremoços sem risco à Saúde, é necessário cozinha-los e depois cobri-los com água fresca e sal. Este remolho em água salgada deverá ser trocado com frequência por diversos dias até os grãos perderem o seu amargor original, pela eliminação dos alcaloides.

    Assim preparados, os tremoços são nutritivos e não oferecem nenhum risco à Saúde Humana. Por isso o ideal é consumi-los preparados industrialmente.

REFERÊNCIAS:

  1. BENNETT, J. C.; PLUM, F. Cecil – Tratado de Medicina Interna. 20.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1997.
  2. BRAUNWALD, E.; et al. Harrison – Tratado de Medicina Interna. 15.ed vol. 1 e 2. Rio de Janeiro: Editora Mac Graw Hill, 2002.
  3. BURTIS, C. A.; ASHOOD, E. R. Tietz Fundamentos de Química Clínica. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
  4. ESCOTT-STUMP, S. Nutrição Relacionada ao Diagnóstico Clínico e Tratamento. 4. ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 1999.
  5. REY, L. Dicionário de Termos Técnico de Medicina e Saúde, 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
  6. ROBBINS, S. L. et al. Patologia Estrutural e Funcional. 5.ed. RJ: Guanabara Koogan, 1996.
  7. SHILS, M. E.; et al. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9.ed. v. 1 e 2. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2002.
  8. THOMAS, C. L. Dicionário Médico Enciclopédico Taber. 17.ed. SP: Editora Manole Ltda, 2000.
  9. WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na Prática Clínica, Atheneu, v. 1 e 2, 2000.
  10. WILLIAMS, L. WILKINS, D.; Stedman Dicionário Médico, 27.ed. RJ: Guanabara Koogan, 2000.
  11. WILLIAMS, S. R. Fundamentos de Nutrição e Dietoterapia. 6.ed. P Alegre: Editora Artmed, 1997.
Desenvolvido por: