Ser vegetariano vai muito além de não comer carne, uma vez que o Vegetarianismo não é uma mera prática alimentar, e sim um Estilo de Vida que conta com dois mil anos de história. Atualmente, o movimento em busca de um “Estilo de Vida Mais Saudável e de Ser um Consumidor Mais Consciente” está mostrando às pessoas os benefícios de se tornar vegetariano e vem encorajando consumidores de carne a abster-se dessa prática em pelo menos um dia por semana e, dessa forma, esta opção de Estilo de Vida vem aumentando bastante a sua popularidade, mundo a fora.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos demonstram que 1 em cada 5 universitários já aboliu a carne de sua dieta. No Brasil, segundo uma Pesquisa realizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), que considerou a população de brasileiros com mais de 18 anos, chegou aos seguintes resultados: 10% dos homens e 9% das mulheres desse grupo etário declararam-se vegetarianos.

Mas, o Que Leva um Indivíduo a se Tornar Vegetariano?

Os motivos que levam os indivíduos a se tornarem vegetarianos são diversos. Entretanto, segundo a grande maioria dos Estudos e Pesquisas realizadas sobre esse Tema, os principais motivos, em ordem de importância, são: Éticos, de Saúde, Ambientais e Sociais.

Do ponto de vista da Ética, a motivação, advém da alegação de que, no Brasil, por exemplo, são abatidos mais de 10 mil animais terrestres por minuto para produzir carnes, leite e ovos. Esses animais são “sencientes” (Senciência é a capacidade de sofrer, sentir prazer e felicidade) e, por isso: a escolha vegetariana é de não compactuar com a exploração, o confinamento e o abate desumano desses animais.

Do ponto de vista da Saúde, há concordância com inúmeros Estudos Científicos, cada vez mais frequentes e publicados por Instituições Idôneas, demonstrando que o consumo de carnes está diretamente associado ao risco aumentado para o desenvolvimento de doenças crônicas como, as Cardiovasculares, Obesidade, Hipertensão Arterial, Dislipidemias e alguns Tipos de Câncer.

Do ponto de vista Ambiental, a ONU (Organização das Nações Unidas) estima que 14,5% das emissões de gases do efeito estufa oriundas de atividades humanas, originam-se no Setor Pecuário que é declarado pela própria organização, como o maior responsável pela erosão de solos e pela contaminação de mananciais aquíferos do mundo.

Do Ponto de Vista Social, a produção de alimentos através da atividade pecuária (admite-se que o Setor Pecuário concentra a maior parte da mão-de-obra escrava rural brasileira) não é apenas ambientalmente degradante, mas também contribui significativamente para o desperdício global de alimentos:em um mundo que há 1 bilhão de pessoas passando fome, jogar comida fora é socialmente inaceitável.

Organizações internacionais, como: Americam Heart Association (AHA), Food and Drug Administration (FDA), Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), dentre outras têm parecer favorável ao Vegetarianismo afirmando, inclusive, que os profissionais de Nutrição deveriam incentivar e orientar aqueles que expressam a intenção de se tornarem vegetarianos.

As Diferentes Formas de Vegetarianismo

Do ponto de vista Nutricional, ser Vegetariano significa não se alimentar de nenhum tipo de carne seja de gado, aves, peixes, carneiro, avestruz, escargot, frutos do mar, entre outros, nem de produtos feitos à base de carne, os chamados embutidos, como presunto, salsicha, salame, hambúrguer, atum e sardinhas enlatados e muitos outros. Alguns Estudos Científicos utilizam a definição Semivegetariano para aqueles que consomem carne às vezes, no máximo uma ou duas refeições por semana, para comparar a Saúde dos indivíduos. No entanto, convém enfatizar que o Semivegetariano não é Vegetariano, uma vez que inclui carnes no cardápio, ainda que ocasionalmente.

A inclusão ou exclusão de produtos derivados de animais no cardápio diário é o que determina o Tipo de vegetarianismo adotado, conforme segue:

1. Vegetariano Estrito – também chamado de Vegetarianismo Verdadeiro,  é uma dieta que exclui todos os produtos de origem animal; não consome nenhum tipo de carne, aves, peixes, crustáceos, ovos, mel, laticínios, nem produtos que incluam derivados animais entre os seus ingredientes, como gelatina, albumina, proteínas do soro do leite (Whey Protein), alguns corantes e espessantes.

2. Lactovegetariano – não consome nenhum tipo de carne nem ovos, mas utiliza laticínios;

3. Ovovegetariano – não consome nenhum tipo de carne nem laticínios, mas utiliza ovos;

4. Ovolactovegetariano – não consome nenhum tipo de carne, mas utiliza ovos e laticínios.

Considerações Finais

Os benefícios, para a Saúde, advindos da prática de uma dieta vegetariana (ou de dietas mais restritivas em alimentos de origem animal) já estão amplamente documentados. Logo, um “Estivo de Vida Mais Vegetariano”, certamente, poderia contribuir imensamente para a preservação do Meio Ambiente e, consequentemente, para uma Vida Melhor.

Dessa forma, ideologias à parte, nós da MGT Nutri apoiamos e incentivamos a “adoção de dietas mais vegetarianas” (abster-se de carnes, em especial, das carnes vermelhas, pelo menos dois ou três dias na semana: trocando-as por peixes, aves e ovos, de preferência orgânicos), por considerá-las excelente prática rumo à Promoção da Saúde, Prevenção de Doenças e conquista de maior Qualidade de Vida.