Óleo de Coco Versus Manteiga de Coco e Saúde
O coqueiro (Cocos nucifera L) pertence à Família Arecaceae (Família das Palmeiras) e origina-se do Sudeste Asiático, de onde seu cultivo estendeu-se pela América Latina, Caribe e África Tropical. Graças à sua facilidade de dispersão e adaptabilidade, esta palmeira é cultivada de forma expressiva em todo o mundo e seu fruto: o coco é amplamente utilizado, tanto sob a forma in natura quanto industrializada. O consumo varia em: água de coco, leite de coco, óleo de coco, farinha de coco, manteiga de coco…
No Brasil, a cultura do coqueiro foi introduzida na região do Recôncavo Baiano, pelos portugueses, em 1553, trazida da Ilha de Cabo Verde. Da Bahia, essa cultura espalhou-se por toda a costa brasileira, provavelmente, por dispersão natural, através das correntes marítimas. O coqueiro é muito importante na sustentabilidade de ecossistemas frágeis. Na grande maioria dos países, o coqueiro apresenta um grande papel como: produtor de óleo, gerador de divisas e como cultura de subsistência para os pequenos agricultores, fornecendo alimentos, bebidas, combustíveis, ração para animais e abrigo.
Coco: Propriedades Nutricionais e Benefícios à Saúde
O coco é rico em proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e fitoquímicos importantes para a Saúde, como os Ácidos Graxos Láurico, Mirístico e Palmítico. Seu Valor Nutricional varia de acordo com seu estado de maturação, pois “à medida que a polpa amadurece o teor de gorduras aumenta”.
Entre os principais Nutrientes, encontram-se: os Minerais: fósforo, sódio, cloro e, em especial o potássio, que presente em sua água e a polpa branca, auxilia no bom funcionamento do coração, auxilia na regulação dos níveis da Pressão Arterial e protege o Sistema Neuromuscular; as Vitaminas: A, B1, B2, B5 e C, reguladores do Metabolismo; e um alto teor de Fibras, que estimulam a atividade intestinal.
Os benefícios do coco para a Saúde são decorrentes de Fitoquímicos presentes, especialmente, em sua gordura e incluem: hidratação e rejuvenescimento da pele, redução do “mau” Colesterol, controle da Pressão Arterial Sistêmica, reposição de energia, depuração do Sangue, auxilio no tratamento de Úlcera Estomacal, redução da febre e combate à Verminose.
Das “Gorduras Hidrogenadas” ao Óleo de Coco
O óleo de coco é um derivado da massa do coco, rico em gorduras saturadas. A Gordura Bruta de Coco foi muito utilizada pela Culinária do passado, até meados da década de 1970.
A partir de 1974, com o advento dos óleos vegetais industrializados e das margarinas, a Gordura de Coco foi estigmatizada e quase esquecida. Época em que “todos os alimentos ricos em gorduras saturadas” foram “sumariamente condenados” por serem considerados capazes de promover elevação do colesterol, bloqueio das artérias e Doenças Cardiovasculares.
Nesta época, difundiu-se uma verdadeira “mania anti-gordura”, como se estas fossem as vilãs da Boa Alimentação. Foi a “Era das Gorduras Hidrogenadas”, que por interesses da Indústria dos Óleos que emergia, anunciava as margarinas como “salvadoras” da Saúde e colocava a manteiga e “todos os alimentos ricos em Gorduras Saturadas no banco dos réus”.
Hoje, a Ciência já provou que, ao contrário, “as margarinas são as verdadeiras vilãs”. Assim, a manteiga, emerge como mais saudável que as margarinas, e a Gordura de Coco ressurge e, desta vez, como o “Herói” Óleo de Coco. O que mudou? É simples: as Pesquisas sobre as Gorduras demonstraram dois fatos muito importantes, que revolucionaram os conceitos anteriores sobre estes Nutrientes:
1. A Hidrogenação dos Óleos Vegetais (que produz as margarinas) e o Processo de Industrialização dos Óleos Vegetais (que produz todos os óleos: soja, milho, girassol, canola e outros) “formam Gorduras Nocivas para a Saúde Humana.
2. Nem todas as Gorduras Saturadas fazem Mal à Saúde: depende do tamanho da cadeia de carbonos. Isto se aplica à Manteiga e ao Óleo de Coco, que será explicado em seguida.
Tipos de Gorduras Saturadas Quanto à Cadeia Carbônica
As Gorduras Saturadas (GS) são classificadas de acordo com o tamanho da cadeia carbônica dos seus ácidos graxos (número de átomos de carbonos) em:
1. GS de Cadeia Curta – composta por ácidos graxos que têm de 2 a 6 átomos de carbono; apresentam propriedades antimicrobianas, (protegem contra vírus, fungos, parasitas e bactérias patogênicas do intestino) e contribuem para a Saúde do Sistema Imune; não precisam sofrer a ação dos sais biliares e são absorvidos diretamente, para geração rápida de energia; são menos propensos a serem estocados no organismo para causar aumento de peso; são encontrados principalmente na gordura da manteiga;
2. GS de Cadeia Média – composta por ácidos graxos com 8 a 12 átomos de carbono; como os ácidos graxos de cadeia curta, possuem propriedades antimicrobianas e contribuem para a Saúde do Sistema Imune; também são absorvidos diretamente (não precisam sofrer a ação dos sais biliares), para produção rápida de energia; são menos propensos a serem estocados no organismo; são encontrados principalmente na manteiga de mamíferos e nos óleos tropicais, como o coco e o dendê.
3. GS de Cadeias Longas – composta por ácidos graxos que têm de 14 a 22 átomos de carbono; precisam sofrer a ação dos sais biliares; movendo-se da mucosa intestinal para o Sistema Linfático, de onde saem para a corrente sanguínea e são transportados para os músculos e tecido adiposo. Isto é: não são metabolizados para produzir energia e são estocados no corpo sob a forma de gordura (triglicerídios); são encontradas principalmente na carne de gado e no sebo de ovelha; esta é a GS prejudicial à Saúde!
O Óleo de Coco e Seus Benefícios para a Saúde
O óleo de coco é rico em GS composta por ácidos de Cadeia Média (com teor semelhante ao do Leite Materno), que apresentam propriedades antimicrobianas, contribuem para a Imunidade e são de fácil metabolização com rápida geração de energia que confere saciedade. Geralmente, os óleos vegetais são compostos basicamente por ácidos graxos de cadeias longas, que são armazenados no organismo como gordura corporal, ao contrário do Óleo de Coco, que é utilizado como energia para o metabolismo.
Por tratar-se de uma GS, não apresentam insaturações na molécula e possuem baixa capacidade de oxidação, tanto no meio ambiente quanto dentro do organismo. Isto é: um tipo de gordura mais estável quanto à geração de Radicais Livres (nocivos para o Sistema Cardiovascular). Logo: “as GS presentes no Óleo de Coco não são causadores de doenças cardiovasculares”.
Pesquisas recentes constataram que uma dieta rica em Óleo de Coco não aumenta os níveis sanguíneos de colesterol nem o risco para desenvolver doença cardíacas, como se imaginava e que, ao contrário, este óleo pode aumentar o “bom” Colesterol. Além disso, a gordura do coco leva à normalização das gorduras corporais, protege o fígado dos efeitos de toxinas e melhora a Resposta Imune, por sua ação antifúngica, antibacteriana, antiviral e antiprotozoária, protegendo contra microrganismos, como: Candida albicans (candidíase), Giárdia (verminose) e Helicobacter pylori (infecção intestinal).
A Manteiga de Coco e Seus Benefícios para a Saúde
A manteiga de coco é um alimento obtido a partir da polpa do coco que, recentemente, vem ganhando popularidade e já pode ser adquirida em lojas de produtos naturais. Mas, qual a diferenças entre ambos?
A principal diferença entre a manteiga de coco e óleo de coco consiste no fato de o óleo ser a gordura extraída da polpa do coco, ao passo que a manteiga é a gordura extraída da polpa do coco sem excluí-la. Isto é; a manteiga além da gordura, inclui a polpa do coco sob a forma seca, com suas fibras e proteínas, conferindo-lhe, assim, uma vantagem nutricional sobre o óleo de coco, que é constituído apenas pela gordura da fruta. Além do consumo tradicional, essa manteiga pode enriquecer vitaminas e receitas.
Como Incluir a Manteiga de Coco no Cardápio
- Para agregar Valor Nutricional em lanches e sobremesas: como cobertura em lanches à base de frutas e saladas de frutas; cobertura de abóbora assada com canela;
- Em lanches para atletas, esportistas, convalescentes e desnutridos: misturada com cacau em pó (ou alfarroba em pó) e mel ou melado; como cobertura de batata doce assada;
- Para finalização de sobremesas leves: preparo de mousses, gelatinas e sorvetes à base de iogurte natural com essência de baunilha;
- Para elevar o Valor Nutricional e aumentar o tempo de Saciedade: sucos, shakes ou smoothies;
- Para conferir cremosidade em: cafés, cappuccino, bebidas lácteas quentes;
- Para agregar gorduras de boa qualidade em: granola e mix de cereais integrais matinais;
- Use sua criatividade: e Bom Apetite!
CELIA
3 de março de 2018 @ 02:23
OLA ,
SOBRE A AMEIXA SECA É BOA PRA SACIAR A VONTADE DE COMER DOCE ?
DESDE JÁ AGRADEÇO .