6 Erros Comuns que Prejudicam o Emagrecimento
Muitos se engajam em um tratamento para perda de peso, com força de vontade e determinação, mas por influência de informações equivocadas ou mal elaboradas, ou por desconhecimento de fatos importantes, acabam cometendo erros que podem atrapalhar o Emagrecimento.
São listados a seguir, alguns dos erros mais comuns e frequentes, que podem atrapalhar, e muito, o desempenho daqueles que desejam emagrecer e de muitos praticantes da Boa Alimentação.
1. Pular Refeições
Não tomar o café da manhã, deixar de jantar ou passar longos períodos em jejum ativa os sistemas de emergência do organismo, fazendo com que o cérebro consuma a glicose presente na corrente sanguínea. Por sua vez, a queda abrupta da glicemia ativa o fígado para que este forneça glicose para o sangue. Como as reservas de glicogênio (presentes no fígado) são rapidamente consumidas, o Fígado “se vê obrigado” a “fabricar” energia a partir de outra fonte: as proteínas presentes nos músculos.
As proteínas, assim destruídas, irão para o Fígado, onde serão transformadas em glicose, a fim de manter a Glicemia (os níveis sanguíneos de glicose) estável. Como os recursos estão escassos (pelos longos períodos em jejum), o corpo passa a restringir o gasto energético, o que vai tornando o Metabolismo cada vez mais lento, causando fraqueza, apatia, cansaço, preguiça, irritabilidade e improdutividade, além de “acumular fome” para as próximas refeições do dia.
A tendência será, assim que houver fornecimento de alimentos, o organismo se recupera e passa a elevar o peso, tentando fazer reserva de energia (armazenada sob a forma de gordura) para “se prevenir contra um próximo jejum”. Dessa forma, as calorias ingeridas são desviadas para as células adiposas, aumentando a gordura corporal em detrimento da massa muscular.
A Dica é: distribuir de forma inteligente os alimentos no decorrer do dia, fazendo como manda a Medicina Tradicional Chinesa, que diz: “seu café da manhã é ‘seu’: usufrua dele; o almoço: divida com um amigo; mas, o jantar: dê a um inimigo”.
2. Dormir Pouco ou Dormir Mal
Nos últimos anos, muitos estudos têm demonstrado como um hábito de sono ruim pode interferir na perda de peso ou ajudar no estoque de gordura corporal, principalmente na região abdominal. Um estudo do Instituto Francês para a Nutrição (IFN) revelou que dormir pouco influi diretamente no aumento de peso e no surgimento de doenças metabólicas e cardiovasculares.
Diversos estudos revelaram que, o débito de sono, diminui a formação de melatonina, provocando baixos níveis de Leptina, hormônio responsável pela saciedade, e altos níveis de Grelina, hormônio responsável pela sensação de fome. O desequilíbrio desses hormônios, leva à opção por alimentos ricos em gorduras e açúcar, em detrimento dos mais saudáveis e pouco calóricos, além de gerar Compulsão Alimentar.
Noites mal dormidas, normalmente, fazem com que as pessoas fiquem mais estressadas ao longo do dia, levando ao aumento dos níveis de Cortisol, um hormônio do stress, responsável pela transformação de proteínas em energia. O aumento desse hormônio causa a destruição de proteínas dos músculos e do colágeno da pele, além de estimular a produção e o acúmulo de gordura no corpo. O fato é que o Cérebro, além de fazer com que os músculos sejam usados como combustível, ativa um sistema de poupança de energia, que: causa fadiga, exaustão mental, baixa na capacidade intelectual, além de reduzir a velocidade do metabolismo, favorecendo o acúmulo de gordura e, consequentemente, prejudicando a manutenção do peso ideal e o emagrecimento. Além disso, a sensação de cansaço trará indisposição para a prática de atividades físicas, que são grandes aliadas para a perda de peso.
Por outro lado, Estudos demonstram que hormônios liberados durante o sono (como o GH: hormônio do crescimento) produzem o efeito contrário, repondo as energias, diminuindo o grau de ansiedade, geralmente relacionado às compulsões alimentares e aos hábitos irregulares de alimentação, além de melhorar a capacidade para queimar gorduras durante as atividades físicas.
A Dica é: Relaxar, Combater o Stress e Dormir Bem!
3. Consumir Habitualmente Alimentos Zero/Diet/Light
Em geral, quem opta por tomar um refrigerante zero ou por um chocolate diet está tentando emagrecer ou proteger a Saúde do excesso de açúcares ou gorduras, prevenindo ou controlando a Hipertensão, o Diabetes Mellitus ou o Colesterol elevado. Entretanto, muitos alimentos light possuem redução de gordura, mas contêm açúcar. Outros do tipo zero ou diet excluem o açúcar, porém apresentam altas quantidades de sódio. Muitas vezes, alguns produtos contêm maior quantidade de gordura para compensar a redução do açúcar, como é o caso dos chocolates diet.
É fundamental ter em mente que o fato de um alimento ser zero, light ou diet, não o torna um alimento saudável. O essencial é estar atento aos rótulos de alimentos para verificar qualidade e quantidade de gorduras, teor de sódio, tipos de aditivos químicos e quais os ingredientes presentes presentes.
Refrigerantes Zero e bebidas light: apesar de não conterem açúcar e calorias, estas bebidas apresentam elevadas doses de aditivos químicos (corantes, edulcorantes, estabilizantes, acidulantes e outros), gás carbônico (distende o estômago, faz seu consumidor comer mais do que habitualmente e acidifica o sangue), não possuem nenhum valor nutricional e são bons contribuintes para a formação de celulite (inflamação das células). Além disso, essas bebidas também estão entre os campeões em teor de sódio.
Lembre-se, o alto teor de sódio pode levar à retenção de líquidos, provocando o “falso inchaço”. Portanto, o excesso de sódio é inimigo não somente dos hipertensos, cuja pressão arterial já é elevada, mas também daqueles que sofrem com a retenção hídrica e que, além de temerem chegar à hipertensão arterial, precisam preservar sua função renal, evitando a insuficiência desse órgão vital.
A Dica é: não exagerar, pensando que esses alimentos “são inocentes” ou saudáveis. Além disso: olho nos rótulos e muita cautela, ao consumir!
4. Comer Exageradamente nos Finais de Semana
Muitos fazem exercícios físicos e praticam uma alimentação equilibrada durante a semana, e de sexta a domingo, “comem porcarias” o dia todo e “esquecem” de se exercitar.
Não significa que quem precisa emagrecer nunca possa comer algo um pouco mais calórico ou tirar um dia de descanso da atividade física. Algumas “escapadas” mais conscientes não colocam o emagrecimento em risco e ainda evitam “ataques de fúria à geladeira”. Porém, não adianta se esforçar durante 4 ou 5 dias e colocar tudo a perder em outros 2 ou 3. Por outro lado, escapes excessivos, fazem as pessoas sucumbirem, minam sua resistência em continuar se empenhando por seus objetivos e, muitas vezes, levam à ingestão de alimentos pouco apreciados: “comer por comer”.
Lembre-se, mesmo durante um processo de Emagrecimento é possível ter-se uma refeição diferente nos finais de semana, como tomar um café da manhã “mais caprichado”, almoçar em uma churrascaria ou jantar em uma pizzaria. Entretanto, não seria possível associar as três opções, pois não haveria compensação alguma capaz de evitar o ganho de graminhas a mais, que acumulados nos vários finais de semana poderiam render cerca de uns 2 Kg extras, no final do mês.
A Dica é: Discernimento! “Devagar e sempre”…
5. Contar Calorias
Emagrecer não é simplesmente uma questão de ingerir menos alimentos e gastar mais calorias´fazendo exercícios físicos. Se assim fosse, todas as dietas garantiriam 100% de satisfação. O corpo assimila e aproveita de modo diferente as calorias ingeridas: depende da origem de cada nutriente. Isto é, o alimento ingerido é fonte de: carboidratos, proteínas ou gorduras?
Logo: 200 kcal de doces e massas, 200 kcal de carnes, e 200 kcal de verduras e frutas, para o corpo humano, são absolutamente distintos. Ou seja: o resultado das reações químicas entre o corpo e esses alimentos é diretamente proporcional às características genéticas e à capacidade bioquímica de cada indivíduo que os ingeriu: a Individualidade Bioquímica.
Na matemática: 2 + 2 = 4. Mas, o Metabolismo dos Alimentos Dentro do Organismo não é uma Ciência Exata: depende da Individualidade Bioquímica de cada um; Não adianta contar calorias!
A Dica é: Selecionar Muito Bem os Alimentos!
6. Praticar Dietas de: Revistas, Famosos e Amigos
Algumas chamadas de certas revistas podem parecer tentadoras: “Perca 5 kg em uma semana”, “Perca 10 centímetros de cintura comendo chocolate”, “A dieta da princesa que promete uma barriga sequinha em 15 dias”, “Minha amiga está emagrecendo, vou fazer a dieta dela”. Se essas “fórmulas” funcionassem, não existiria ninguém insatisfeito com seu peso, no mundo.
Cuidado! Dietas muitos restritivas e “malucas” causam depleção de massa magra, levando à perda de proteínas musculares e não de gordura. Além disso, muitas vezes, essas dietas propõem condutas difíceis de serem mantidas por longo período de tempo, cansando rapidamente seus seguidores, trazendo-lhes frustrações e levando-os à desistência. O resultado poderá ser flacidez, por ter havido perda de massa muscular, e a recuperação do peso (em gordura) em muito breve espaço de tempo, uma vez que “o indivíduo volta, com tudo, à sua rotina normal e engorda o dobro”.
A Dica é: Procurar um Nutricionista e fazer uma Reeducação Alimentar, que respeite seu Metabolismo e Individualidade Bioquímica, seu Estilo e Hábitos de Vida, sua Condição de Saúde e seu Estado Nutricional.