A Reeducação Alimentar é um processo motivador de mudanças cognitivo-comportamentais, exercidas por meio de orientações técnico-científicas específicas. Ao longo do processo, o indivíduo aprende e incorpora novos hábitos de vida visando conquistar mais Saúde e Qualidade de Vida.

Conscientização e Mudanças Comportamentais

O caminho para Viver com Qualidade exige a Prática Alimentar Saudável e Equilibrada.

Por isso, alimentar-se bem é a chave: nem muito, nem pouco. Mas, comer o suficiente para propiciar ao organismo seu funcionamento pleno. Dessa forma, não existem alimentos proibidos ou milagrosos, para a população sadia e que esteja em seu peso ideal.

Portanto, o Segredo reside sempre em: equilíbrio, bom senso e moderação.

Por outro lado, a convivência social e o stress ocasionado pelo cotidiano moderno tornam difícil resistir às tentações ofertadas por bons restaurantes, boa bebida e excelentes sobremesas.

Além disso, há uma imensa diversidade de alimentos derivados que oferecem satisfação e prazer imediatos, porém, trazendo o risco do ganho de peso e outros problemas de Saúde.

Estar acima do peso saudável é um grande fator de risco para desenvolver Doenças Crônicas, como Diabetes Mellitus, Doenças Gastrintestinais, Doenças Cardiovasculares e outras.

Dessa forma, uma Prática Alimentar Saudável reduz esse risco e melhora a Qualidade de Vida.

Mas, “o que” e “como fazer” para melhorar? É nesse ponto que entra a importante atribuição do Nutricionista no manejo de uma grande ferramenta, que é a Reeducação Alimentar!

Aprendizado, Conscientização e Mudanças

Mudar Hábitos Alimentares não é fácil, mas é possível, desde que essa mudança seja entendida como um processo gradual, com erros e acertos, sempre em busca do Equilíbrio.

Esta mudança exige ponderação, discernimento e tomada de consciência, sem preconceitos ou culpas sobre o que se come, visando sempre o Bem-estar e os Prazeres de Ser e Viver.

Uma vez que, “comer é um dos grandes prazeres da vida” e está inserido na base da Sociedade e do relacionamento humano, mudanças alimentares devem ocorrer de forma gradual e crescente. Este é um processo definitivo e conhecido como Reeducação Alimentar; um programa motivador e promotor de: aprendizado e mudanças cognitivo-comportamentais.

Neste processo, as mudanças acontecem de forma gradual, crescente e profunda; e, assim, aos poucos, vão se tornando parte do indivíduo. Por isso, os resultados obtidos a partir da aplicação da Reeducação Alimentar são muito diferentes daqueles obtidos pela adoção de dietas e modismos, nos quais as mudanças não são internas e, portanto, apenas superficiais e passageiras.

Portanto, a Reeducação Alimentar é uma ferramenta de Conscientização e Aprendizagem a ser utilizada, como grande aliada na Promoção das Mudanças Alimentares.

Durante o processo, destacam-se os papéis de Nutricionista e Cliente:

1. Nutricionista experiente, com know-how em Nutrição Clínica, que se predispõe a transmitir, ao cliente, conhecimentos científicos, orientações técnicas e suas experiências adquiridas ao longo da jornada diária, junto aos diversos clientes assistidos: o Educador; um Professor.

2. Cliente que busca por uma Educação Nutricional necessária para mudar seu comportamento alimentar; é o Educando; um aluno que busca por aprendizado e mudanças.

Por tratar-se de um processo de aprendizagem, o “educando”, aos poucos, vai:

1. Conscientizando-se de seus equívocos, mitos, crenças e erros alimentares;

2. Entendendo e incorporando conceitos sobre alimentos, alimentação saudável, Bem-estar, Nutrição, Saúde e Prevenção de Doenças Crônicas, através da Boa Prática Alimentar;

3. Aprendendo, experimentando e introduzindo no seu cotidiano práticas e receitas saudáveis;

4. Compreendendo o que precisa ser mudado em quantidade e qualidade, sem deixar de incluir os prazeres que, desde a infância, fazem parte de sua Cultura e História Alimentares.

Reeducação Alimentar: Um Caminho Definitivo

Para promover mudanças em sua Prática Alimentar é preciso mudar Comportamentos, os quais são formados por Hábitos. Muitos imaginam estar no controle, usando sempre a Mente Racional, para decisões rotineiras. Mas, a verdade é que repetimos vários Hábitos Automáticos.

1. A Interferência dos Hábitos Automáticos no Cotidiano

De acordo com diversos Estudos Neurocientíficos realizados pelo Mundo, um Hábito sempre apresenta três grandes dimensões: Comportamento, Recompensa e Gatilho.

  1. Comportamento: repetido automaticamente;
  2. Recompensa: gerada pelo comportamento automático;
  3. Gatilho: “algo” que leva ao comportamento automático de imediato.

Portanto, a formação ou criação de determinado hábito ocorre sempre pela transformação de uma sequência de comportamentos em uma rotina automática; é a evolução do aprendizado, que:

  1. Inicia na Incompetência;
  2. Passa pela Competência Consciente;
  3. Levando à Competência Inconsciente, que gerou o comportamento automático.

Um bom exemplo dessa evolução de aprendizado é o ato de aprender a dirigir. Aqueles que dirigem há algum tempo, devem se lembrar das primeiras vezes em que pegaram no volante. Elas precisavam lembrar-se de colocar o cinto de segurança, de verificar o câmbio, de ajustar espelhos, colocar a primeira marcha, verificar o freio de mão, tirar o pé da embreagem devagar…

Tudo isso era complicado para o Cérebro que precisava “pensar muito” e, assim, gastava muita energia. Hoje, tudo tornou-se automático, por ter havido a formação ou criação de um hábito.

Portanto, é essencial formar bons hábitos, uma vez que, traduzem sequências de comportamentos que programam, facilitam e agilizam o nosso cotidiano e, assim, podem conduzir nossa vida ao sucesso.

A qualidade dos nossos hábitos influencia todas as nossas ações: o nosso relacionamento com os outros, os tipos e as quantidades de alimentos que consumimos, se praticamos ou não exercícios físicos, nossa situação financeira, a qualidade da vida que vivemos… a nossa Felicidade.

Dessa forma, Nossos Hábitos controlam a maior parte de nossa vida. Por isso, para viver com qualidade, precisamos ter cuidado e estar muito atentos aos Nossos Hábitos Negativos.

Contudo, a boa notícia: é possível transformar Nossos Hábitos, desde que os tornemos conscientes.

2. Muito Cuidado com a Zona de Conforto!

De um modo geral, as pessoas preferem permanecer em sua Zona de Conforto porque querem viver de certezas, ou na certeza. Isto é, têm medo de variar, pois, acreditam que variar é arriscar-se.

Assim, ao iniciar a implementação de mudanças, é importante lembrar-se de que o Cérebro pode tentar sabotá-lo. Isso acontece porque para mudar hábitos é preciso sair da Zona de Conforto, o que faz com que certos mecanismos de proteção interna sejam disparados, por medo do Novo.

O disparo desses mecanismos acontece porque o Cérebro “não aceita” que você pare de “fazer algo”. Entretanto, permite que “esse algo” seja substituído por “outro algo”.

Ou seja, não é possível simplesmente deixar de fazer algo, é preciso substituí-lo!

Entretanto, esta substituição acontece, somente de forma consciente.

Esta substituição é conhecida como a Transformação do Hábito.

Contudo, é importante entender que, ao formar determinado hábito, o indivíduo deixa de usar sua capacidade racional plena para decidir, passando a ser “conduzido” automaticamente.

Por isso, para transformar determinado hábito, é essencial tornar consciente qual é o gatilho que está deflagrando aquele comportamento automático para, a seguir, transformá-lo.

Somente, a partir dessa conscientização, será possível aprender novas rotinas neurológicas. Isto é: estabelecer rotinas neurológicas mais poderosas, que sejam capazes de transformar velhos hábitos indesejáveis em “novos hábitos”, para formar comportamentos e uma rotina de sucesso.

Portanto, sair da Zona de Conforto exige atenção e consciência constantes para identificar e transformar sequências de hábitos nocivos que geram Comportamentos Estagnadores e Acomodação.

3. Reeducação Alimentar e Mudança Alimentar

No decorrer do processo da Reeducação Alimentar, a Educação Nutricional as orientações, as práticas alimentares, as receitas e as novas rotinas propostas irão auxiliar o cliente a entrar em ação, de forma definitiva, para “tornar-se consciente a sua verdadeira relação com a comida”.

Por isso, este é um processo essencialmente prático e gradativo, uma vez que as informações, práticas, receitas e orientações transmitidas pelo Nutricionista deverão ser experimentadas e vivenciadas pelo cliente, para que este possa transformá-las em Conhecimento.

Porque, somente o Conhecimento é capaz de transformar, mudando definitivamente o ser humano!

A partir do Conhecimento incorporado, o cliente tornar-se-á apto a entender como situações normais “o comer em”: festas, dias especiais e feriados; saídas com amigos; viagens e períodos de férias; passando a encará-las com responsabilidade, sem exageros, culpas e desculpas.

Afinal, estes acontecimentos são prazeres que fazem parte da vida e sempre farão!

A Reeducação Alimentar promove mudanças cognitivo-comportamentais definitivas e esse processo vai acontecendo de forma natural, gradativa e crescente

Isso ocorre sempre com respeito e atenção aos fatores fundamentais: Condições Socioeconômicas, Relações Humanas, Convívio Social, Hábitos Alimentares, Cultura e História Alimentar individual.

1. A História Alimentar do Indivíduo

Ao longo da vida, desde a infância, vamos construindo uma História Alimentar relacionada a certos alimentos e pratos que possuem um significado familiar e emocional, para cada um de nós.

Tratam-se daqueles fatos e momentos que nos trazem muitas memórias que nos são caras e preciosas, como por exemplo: “aquela receita da vovó”, “aqueles pratos que nos remetem à infância”, “as comidinhas da mamãe”, “momentos prazerosos entre familiares e amigos”…

Uma mudança verdadeira, não pode deixar de incluir esses “prazeres”!

2. Ninguém Consegue Viver Eternamente “em dieta”

Mudança definitiva deve ser baseada em uma alimentação coerente, viável, prática, adequada à rotina de cada um e, principalmente, promotora de Mudanças Comportamentais para a vida toda.

Não adianta “fazer dieta”, é preciso aprender a se alimentar de forma saudável e equilibrada!

3. Tudo é Comemorado à Mesa

Uma Mudança Alimentar legitima entende que fazemos parte de uma Sociedade que incorporou o ato de se alimentar a todas as manifestações de hospitalidade, eventos e comemorações.

Portanto, “nossa nova forma de nos alimentar” deverá ser tão prazerosa para nós quanto para nossos familiares e amigos. Isto é, a verdadeira mudança alimentar deve estar baseada em pratos que também possam ser apresentados e oferecidos “aos outros”.

4. Há uma Relação Direta entre Alimentação e Emoções

O ato de se alimentar está fortemente conectado às nossas emoções: come-se para satisfazer as necessidades fisiológicas, e também para satisfazer “o apetite da alma”. Essa relação inicia-se cedo: às vezes, bebês choram por desejarem atenção, carinho e afeto e não por sentirem fome.

A partir do momento em que um alimento venha a ser oferecido para “acalmar uma criança”, para esta criança, aquele alimento, deixa de cumprir apenas a função de nutrir e passa também a adquirir “um sentido emotivo”. Dessa forma, pode-se aprender desde cedo a valer-se da comida como uma forma de aliviar, confortar e consolar momentos de tristeza e stress emocional.

A partir de então, o alimento poderá passar a representar consolo e um prazer imediato!

Este problema surge quando o ato de se alimentar de forma emotiva deixa de ser um consumo saudável e resulta em um “hábito compensatório ou compulsivo”.

Isto é uma tentativa de fuga e, ao mesmo tempo, uma busca por acolhimento, carinho e afeto, para que se possa sobreviver àquilo que perturba os pensamentos e os sentimentos.

Neste caso, deve-se entender e se conscientizar de que comida não é solução para problemas emocionais e que, comer de forma compulsiva pode trazer ganho de peso. O que favorece o surgimento de diversos problemas que prejudicam a Saúde, além de expor o organismo às doenças crônicas.

Logo, é essencial buscar auxílio para identificar as causas dos desequilíbrios orgânico e emocional, e restabelecer a Saúde Metabólica, Clínica e Emocional… Recuperando o Equilíbrio Corpo-Mente.

5. Somos Aquilo que Comemos

Ao mesmo tempo em que “comer é um dos grandes prazeres da vida”, o ato de se alimentar não pode ser realizado apenas por sentirmos fome ou apetite.

Isso ocorre porque o ato de se alimentar deve cumprir sua função mais nobre que é para nutrir as unidades que formam e mantêm o nosso corpo: as nossas células.

Isso significa: nossos Neurotransmissores, Hormônios, Anticorpos, Enzimas e o corpo todo “são feitos” a partir dos Nutrientes presentes nos alimentos que consumimos. Precisamos também que esses Nutrientes forneçam a Energia necessária para fazer a nossa vida acontecer…

É exatamente por “sermos o que comemos”, que a alimentação tanto pode nos trazer Energia, Boa Disposição, Bem-estar, Saúde e Beleza de dentro para fora, quanto pode gerar em nós intolerâncias, alergias e compulsão alimentares, baixa produtividade, ansiedade e excesso de peso.

Dessa forma, é essencial aprender como adotar uma Prática Alimentar Saudável e a entender a Nutrição em seu sentido mais amplo: “alimentar-se para promover a Saúde, obtendo Bem-estar, Vitalidade, Produtividade e Qualidade de Vida”; o que exige: mudança nos hábitos!

Reeducação Alimentar: Atribuição do Nutricionista

A Reeducação Alimentar é um processo motivador de aprendizagem e mudanças cognitivo-comportamentais, durante o qual o indivíduo aprende, conhece e incorpora hábitos alimentares saudáveis, tendo como objetivo a conquista da Qualidade de Vida. 

Estar fora do Peso Saudável desequilibra o Metabolismo e expõe o corpo às doenças crônicas e carenciais. Logo, é preciso transformar hábitos, para viver com Saúde e Qualidade!

Por meio da Reeducação Alimentar, é possível alcançar mudanças definitivas, que ocorrem de forma gradual e profunda, tornando-se parte do indivíduo. Isto é completamente diferente de “fazer dietas”, um processo no qual as mudanças são superficiais e passageiras.

A relevância deste processo está no respeito às características socioeconômicas, culturais e preferências alimentares do indivíduo. Não há imposições ou proibições: as mudanças ocorrerem de forma gradativa e natural, pelo discernimento e bom senso que são incorporados.

Torna-se, então, essencial a atuação do Nutricionista, que é fundamentalmente um educador, além de ser o profissional capacitado e qualificado para trabalhar a Relação Homem-Alimento.

Por isso, a Reeducação Alimentar é uma ferramenta desenvolvida pelo Nutricionista para conduzir e orientar este processo, baseando-se no respeito: à Individualidade Bioquímica, ao Metabolismo, às Condições Clínicas de Saúde, ao Estado Nutricional, aos Hábitos Alimentares e de Vida, às Condições Socieconômicas, à História Alimentar e à Cultura de cada indivíduo.

Portanto, se você deseja melhorar sua Vitalidade, obtendo Produtividade e Qualidade de Vida, transforme sua Alimentação em Saúde, através da Reeducação Alimentar!

Para auxiliar você neste processo, a MGT Nutri indica a leitura consciente de um breve livro: 16 Passos para uma Alimentação Saudável. Para baixá-lo, basta clicar aqui. Boa Leitura!

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