O Que São Alimentos Funcionais?
Os Alimentos Funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na década de 1980, por meio de um programa do Governo, cujo objetivo era desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia com grande expectativa de vida.
Assim, a partir de 1991, o Japão iniciou um processo de regulamentação específica para os Alimentos Funcionais, criando uma categoria de alimentos designados por Foods for Specified Health Use (FOSHU): “Alimentos para Uso Específico de Saúde”.
Em 1993, os FOSHU foram qualificados e receberam um selo com a aprovação do Ministério de Saúde e Previdência Social do Governo Japonês.
Principais Características dos Alimentos Funcionais
Os Alimentos Funcionais são aqueles que, por apresentarem Nutrientes Bioativos, vão muito além de nutrir o corpo, exercendo funções fisiológicas ligadas à prevenção de doenças.
Isto é, os Alimentos Funcionais podem “funcionar”, promovendo a Saúde do organismo, e para isso:
- Atuam na correção de distúrbios metabólicos;
- Resultando em redução dos riscos para o desenvolvimento de Doenças Crônicas,
- Por isso, são oficialmente reconhecidos como Protetores e Promotores da Saúde.
Os Nutrientes Bioativos presentes neste tipo de alimentos são apresentados como os agentes promotores da Saúde, dentro dos conceitos mais atuais das Ciências da Nutrição.
Estes conceitos vieram evoluindo ao longo do tempo, à medida que aconteciam as confirmações de inúmeros Estudos Científicos realizados, especialmente, de 1970 a 1980.
Foram identificadas várias classes de substâncias químicas biologicamente ativas, coletivamente conhecidas como Nutrientes Funcionais, Bioativos ou Fitoquímicos, que podem reduzir o risco para desenvolver doenças crônicas, especialmente Câncer e Doenças Cardiovasculares.
Entre estas substâncias químicas biologicamente ativas, encontram-se:
- Carotenoides: betacaroteno, licopeno, luteína e outros;
- Flavonoides: polifenóis, taninos e outros:
- Fito-hormônios: isoflavonas, lignanas, saponinas esteroidais e outros;
- Fibras Funcionais: amido resistente, pectinas, betaglucanas e outras;
- Ácidos Graxos Essenciais: ômegas 3 e 6.
A Evolução do Conceito de Alimentos Funcionais
A partir de 1980, intensificaram-se Estudos e Pesquisas, em importantes Universidades do Mundo.
Estas constatações foram assumindo maiores proporções e sempre relacionando os resultados dos Estudos com os hábitos alimentares correlatos até que, em 1990 criou-se a Nutrição Funcional e, em 1992, estabeleceu-se um modelo alimentar a ser recomendado como o mais saudável.
Dessa forma, chegou-se aos dias atuais: a era dos Alimentos Funcionais.
O Comitê de Alimentos e Nutrição do Institute of Medicine, Estados Unidos, em 1994, definiu alimentos funcionais como “qualquer alimento ou ingrediente que, além dos nutrientes tradicionais nele contidos, possa proporcionar um benefício à saúde”.
No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define alimento funcional como “aquele alimento ou ingrediente que, além de cumprir as funções nutricionais básicas, quando consumido, como parte da dieta habitual, produz efeitos benéficos à saúde”.
Para ser classificado e registrado como um funcional, o alimento deverá obedecer à Legislação: MS (ANVISA: Res. 19 de 1999) e estará sempre baseado em evidências obtidas a partir dos dados de Estudos Epidemiológicos, in vivo, in vitro e Ensaios Clínicos.
O Conceito de Alimento Funcional vem evoluindo bastante nos últimos trinta anos, e a lista desses alimentos e de seus Nutrientes Bioativos, tem se tornado cada vez mais extensa.
Contudo, o que torna estes alimentos significativos, tanto para a comunidade científica quanto para a população em geral, é o seu potencial para mitigar e prevenir doenças crônicas, promovendo Saúde e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos que os consomem regularmente.
Entretanto, deve-se enfatizar, que os alimentos funcionais não são uma bola mágica ou uma panaceia universal para mitigar maus hábitos de vida!
Não existem alimentos perfeitos, milagrosos ou proibidos e sim práticas alimentares “boas e ruins”.
A ênfase deve ser dada à prática alimentar, lembrando que a dieta é apenas um dos componentes do Estilo de Vida, que pode exercer forte impacto sobre a Saúde.
Não basta alimentar-se bem e esquecer os outros componentes do Estilo de Vida que inclui:
- Prática regular de atividades físicas,
- Ausência de tabagismo;
- Controle do consumo de bebidas alcoólicas;
- Combate diário ao stress;
- Boas noites de sono;
- Bons relacionamentos;
- Prazer de Ser, Estar, Sentir e Viver.
Afinal, Longevidade e Qualidade de Vida são consequências de um Estilo de Vida Saudável, do qual uma Boa Alimentação é apenas um dos fatores fundamentais.
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