Nutrição Funcional: Conceitos e Origens
A Nutrição Funcional aplica a Ciência dos Nutrientes, associada à Individualidade Bioquímica de cada indivíduo, para rastrear sintomas físicos e clínicos, e associá-los às inadequações, distúrbios metabólicos, carências nutricionais e excessos oriundos de sua prática alimentar.
Para a Nutrição Funcional, estar Bem Nutrido depende de um conjunto único de fatores genéticos de um indivíduo, que controla seu metabolismo, suas necessidades nutricionais e sensibilidades ambientais. Dessa forma, não existem alimentos perfeitos, completos ou superalimentos e sim alimentos com “bom perfil nutricional” a serem, ou não, combinados com a Bioquímica de cada um.
A Nutrição Funcional centra-se na promoção da Saúde, geração de Bem-estar e Prevenção de doenças, buscando entender como as diferentes interações entre os genes e a prática alimentar de cada um, podem interferir e contribuir para que os objetivos sejam alcançados.
A busca deste entendimento despertou o interesse das Ciências ao mesmo tempo em que vários Estudos comprovavam a presença e atuação fisiológica de Nutrientes Bioativos em certos alimentos: era a comprovação e reconhecimento científico dos Alimentos Funcionais.
A Nutrição Funcional nasceu da associação entre esses Estudos, que reconhecem a importância de uma prática alimentar saudável, a busca do entendimento sobre a interação entre genes, alimentação e suas consequências para a Saúde de cada indivíduo em questão.
Porque, mesmo aqueles alimentos que possuem excelentes perfis nutricionais, devem ser testados para cada indivíduo e, somente após o devido estudo de compatibilidade, realizado à luz de sua Individualidade Bioquímica, ser considerado “funcionalmente” benéfico ou não.
As Bases da Nutrição Funcional Clínica
Clinicamente, a Nutrição Funcional aplica as Ciências dos Nutrientes associada à Individualidade Bioquímica presente em cada indivíduo, baseando-se em cinco princípios básicos:
1. Individualidade Bioquímica
Cada indivíduo é um mundo bioquímico único e a conexão entre genética, prática alimentar, os fatores emocionais e os fatores ambientais, como toxinas, poluentes, stress mental, atividade física irão modular seus genes, determinando quais destes se manifestarão e quais irão silenciar-se.
O grande desejo de todos é silenciar os genes determinantes de doenças e manifestar aqueles associados à Saúde. Este princípio irá nortear a Terapia Nutricional Funcional, que deverá sempre levar em consideração as necessidades, e os sinais e sintomas apresentados pelo indivíduo.
Boa parte da expressão dos genes de um indivíduo depende do meio em que se encontra, o qual poderá influenciar suas necessidades e carências nutricionais.
2. Tratamento Centrado no Indivíduo
A Terapia Nutricional Funcional não atua focado na doença, mas sim no indivíduo que deve ser abordado como um todo composto por um conjunto de sistemas que se inter-relacionam, sofrendo influências dos hábitos de vida, como prática ou não de atividade física, dos fatores alimentares, ambientais e emocionais, da história de patologias e do uso de medicamentos.
Assim sendo, a Terapia Nutricional Funcional deverá analisar estas inter-relações para detectar os desequilíbrios geradores de doenças e corrigi-los, guiado pelas Ciências dos Nutrientes.
3. Equilíbrio Nutricional e Disponibilidade de Nutrientes
A simples ingestão de alimentos não é suficiente para garantir que o organismo esteja bem nutrido. É preciso certificar-se de que os processos de digestão, metabolização, absorção e utilização dos nutrientes contidos nos alimentos ingeridos ocorram de forma adequada e satisfatória.
A Terapia Nutricional Funcional utiliza os alimentos, visando a ingestão de nutrientes específicos, em quantidades adequadas e equilibrada, criando uma sinergia positiva, para que haja otimização na absorção e verdadeiro aproveitamento desses nutrientes pelas células do organismo.
4. Inter-relações com Fatores Fisiológicos
O organismo é um todo que apresenta todas as funções do corpo interligadas, formando uma “teia”, que considera a inter-relação mútua de todos os processos bioquímicos internos, de forma que um influencia no outro, gerando desordens que abrangem os diversos Sistemas Orgânicos.
Isto significa que, quando uma parte do corpo adoece, irá afetar o corpo todo irá produzir um “efeito dominó”. Ou seja, um órgão doente causa sobrecarga em outros órgãos que por sua vez, irão alterar outros órgãos e assim por diante.
Por exemplo, sabe-se hoje que: disfunções imunológicas podem promover doenças cardiovasculares; desequilíbrios nutricionais provocam desequilíbrios hormonais; e exposições ambientais podem precipitar síndromes neurológicas, como a doença de Parkinson.
Essa “Teia” da Nutrição Funcional deverá conduzir o raciocínio do Nutricionista, em busca da compreensão dos desequilíbrios que estão nas bases funcionais do desenvolvimento das condições clinicas apresentadas pelo indivíduo (doenças), para que a Terapia Nutricional Funcional possa atuar corrigindo a causa, e não apenas os sintomas gerais observados.
5. Saúde como Vitalidade Positiva
Saúde não é a mera ausência de distúrbios e doenças, e sim o resultado de diversas relações entre os Sistemas Orgânicos. Por isso, a Terapia Nutricional Funcional deverá analisar sinais e sintomas físicos, mentais e emocionais, que provavelmente possam estar presentes nas bases funcionais dos problemas apresentados pelo indivíduo.
Afinal, o objetivo principal da Nutrição Funcional é fazer com que todo o organismo do indivíduo sob tratamento funcione como uma orquestra, cujos instrumentistas tocam de forma harmônica e sincronizada, para que assim, a Saúde seja garantida.
A MGT Nutri e a Nutrição Funcional
Entendemos que a Nutrição Funcional é uma maneira dinâmica de abordar, prevenir e tratar desordens crônicas complexas, através de uma detecção e correção dos desequilíbrios geradores das doenças. Para nós, a Nutrição Funcional explica, por exemplo, porque:
1. Alguns são alérgicos a certos alimentos, como leite, trigo… enquanto outros não;
2. Para uns, o café pode gerar dor de cabeça e insônia, para outros não;
3. Alguns são intolerantes à lactose, outros não;
4. Alguns engordam “só de olhar para a comida”, outros comem de tudo e não engordam;
5. Enquanto um necessita de 2g/dia de ômega 3 para manter os triglicerídios e o HDL-colesterol em níveis adequados, o outro necessita de menos ou de nenhum;
6. Alguns consomem linhaça e garantem um bom funcionamento intestinal, outros “ficam com o intestino preso ou solto demais”; e assim por diante.
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